Com a receção de calcanhar, o público saudita levantou-se. Quando João Félix passou pelo defesa do Osasuna com um malabarismo que abriu um túnel, quem ainda estava sentado deixou de estar. O português deu ao lado em Lamine Yamal e o jovem da formação do Barcelona fez o segundo golo dos catalães no Al Awal Park.

Parecia ser mais uma noite para João Félix esquecer. O extremo começou no banco e, pior do que isso, Raphinha saiu lesionado ainda na primeira parte, sendo que a opção para substituir o brasileiro foi Lamine Yamal. Seria natural que Xavi Hernández, o treinador blaugrana, quisesse optar por lançar um esquerdino no lugar de outro esquerdino, mantendo a lógica de ter extremos de pé trocado dentro do campo, mas a troca significou que o português teve que aguardar até aos 61 minutos para entrar no lugar de Ferran Torres.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

15 perdas de bola, zero recuperações, zero dribles: a exibição de João Félix que faz soar alarmes em Espanha

Depois de um jogo como titular para a Taça do Rei que não correu particularmente bem, mesmo contra um adversário do quarto escalão, João Félix tinha como desafio contribuir a partir do banco, situação através da qual foi utilizado pela quinta vez esta época. Missão cumprida. Nos 29 minutos em que esteve em campo, numa fase em que o Osasuna procurava o empate e, por isso, se expunha mais, o extremo conseguiu, não só colocar colegas na cara do golo, como forçar o guarda-redes Sergio Herrera a uma das defesas da noite. A exibição positiva ajudou o Barcelona a avançar para a final, onde vai encontrar o Real Madrid.

Apoio a todos os jogadores do Real exceto para um: Kroos tornou-se o vilão dos adeptos sauditas na Supertaça

“O João Félix esteve muito bem, entrou bem. O Lamine e o Pedri [também]… as substituições favoreceram-nos. Estamos em mais uma final”, disse Xavi. “As três substituições foram fenomenais. É para isso que servem, contamos com os suplentes quando é necessário”.

O diretor desportivo do Barcelona, Deco, concordou com o treinador. “A primeira parte foi muito dividida. Todos sabemos que o Osasuna é uma equipa que compete muito bem. Na segunda parte, com a entrada do Pedri e do João Félix, a equipa teve mais desequilíbrio e talento”, afirmou, relegando para Xavi as decisões relacionadas com a gestão do plantel. “É Xavi quem decide. Temos muitos jogadores de qualidade nessas posições e é lógico que ele queira contar com todos eles”.