O jogo entre Chaves e Estoril este domingo foi interrompido por largos minutos já nos descontos, devido à invasão do terreno de jogo por um adepto da equipa da casa, dirigindo-se a Marcelo Carné, guarda-redes do Estoril.

O adepto entrou no relvado do Estádio Municipal de Chaves e tentou agredir Marcelo Carné, que reagiu, seguindo-se uma invasão de campo de outros adeptos e a agressões entre jogadores. Na sequência do sucedido, Marcelo Carné e Pedro Álvaro, do Estoril, foram expulsos.

Os elementos das duas equipas técnicas ainda entraram em campo para serenar a confusão, mas a polícia acabaria mesmo por ter de intervir. De acordo com o jornal O Jogo, um adepto foi identificado e seis foram detidos.

A Liga já reagiu, apelando às autoridades que sejam “implacáveis” quanto ao sucedido. “A Liga Portugal condena de forma veemente os incidentes hoje ocorridos durante o jogo entre o GD Chaves e o Estoril Praia e exorta os adeptos à adoção de comportamentos responsáveis, condizentes com o espetáculo que deve ser, sempre, um jogo de futebol”, lê-se num comunicado enviado às redações. “A Liga Portugal exorta também as autoridades competentes a serem implacáveis com quem, graças a atitudes inadmissíveis, perturbou o normal desenrolar do encontro em questão.”

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O Sindicato dos Jogadores também se pronunciou para “expressar a sua solidariedade com os jogadores do Estoril” e “condenar uma inaceitável invasão de campo por adeptos da equipa da casa, que comprometeu a segurança e integridade física dos protagonistas”. Em comunicado, o sindicato diz que “esta situação não pode ser tolerada, em especial no principal escalão do nosso futebol, e demonstra os perigos a que os futebolistas estão sujeitos, independentemente do nível de risco que o jogo apresenta”.

O organismo revela confiança “na ação célere das entidades competentes para a aplicação das medidas que se revelem necessárias ao sancionamento destes adeptos, desde logo a proibição de acesso aos recintos desportivos”. Já sobre o comportamento dos profissionais em campo de ambas as equipas, o Sindicato dos Jogadores refere que “a tensão gerada e a natural reação dos jogadores em defesa da sua integridade física devem também ser relevadas na apreciação das consequências que resultam das expulsões dos jogadores Marcelo Carné e Pedro Álvaro”.

Se o Estoril-Praia estava a vencer (1-2), os dois jogadores expulsos (entre eles o guarda-redes, o que levou a que o avançado João Carlos ocupasse o lugar na baliza) acabaram por permitir o empate aos flavienses e o jogo terminou com uma igualdade (2-2). Segundo o Jornal de Notícias, houve jogadores do Estoril a pedir para o encontro ser dado dado como finalizado quando este foi interrompido. No entanto, foi retomado alguns minutos depois, culminando na mudança do marcador.

Notícia atualizada a 21 de abril, às 20h50, para incluir o comunicado do Sindicato dos Jogadores.