O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social está a exigir um plano de reestruturação urgenete à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). De acordo com o jornal Público, a entidade obteve resultados líquidos positivos de 10 milhões de euros em 2023, mas no primeiro trimestre as receitas ficaram abaixo do orçamentado em mais de 20 milhões de euros — uma situação que preocupa a ministra, Maria do Rosário Palma Ramalho, e que levou a uma reunião no dia 12 de abril.

A provedora da SCML, Ana Jorge, foi recebida na sede do Ministério nessa data, conheceu os membros da nova tutela e foi-lhe pedido um ponto de situação, designadamente com a apresentação de documentos e contas. Ao Observador, fonte do Ministério confirma a preocupação com a trajetória financeira da Santa Casa, ainda que assegure que o programa de reestruturação já estava previsto no plano de atividades para este ano e, por esta altura, já devia estar a ser aplicado.

Além disso, a mesma fonte garante que a ministra não recebeu quaisquer documentos, nem o Relatório e Contas de 2023, nem a execução do primeiro trimestre deste ano, e no momento de transição do anterior governo não foi apresentado qualquer dossiê relativo à Santa Casa.

Apesar das contas de 2023, o cenário financeiro não está a melhorar, tendo em conta que 85% da receita da SCML depende dos jogos sociais, que têm perdido mercado para os jogos online, e quando os resultados positivos do ano passado terão sido alcançados sobretudo com a ajuda de uma transferência de 34,06 milhões de euros, feita em Agosto, pelo Instituto da Segurança Social (ISS).

Santa Casa passa de lucros a prejuízos em 2022. Contas já foram aprovadas por Ana Mendes Godinho

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