O piloto finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris) terminou esta sexta-feira o primeiro dia completo da 57.ª edição do Rali de Portugal na frente da classificação, mas com apenas um segundo de vantagem para a concorrência.

O bicampeão mundial fechou esta sexta-feira, disputada no centro do país, com o tempo de 1:25.00,4 horas, com um segundo de vantagem para o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris), que é segundo classificado, com o japonês Takamoto Katsuta (Toyota Yaris) na terceira posição, a 4,7.

“Foi um dia bastante divertido, mas, infelizmente, o ritmo não foi aquele que deveria ter sido”, lamentou o campeão mundial, após a derradeira especial, em Mortágua.

Rovanperä queixou-se das temperaturas elevadas, que comprometeram o desempenho dos pneus.

No entanto, salta à vista uma grande diferença para as duas anteriores edições da prova lusa, em que os furos eram uma constante com o passar das especiais.

Este ano, entre os pilotos da frente, apenas o britânico Elfyn Evans se pode queixar da sorte, pois furou o pneu dianteiro direito do seu Toyota Yaris na segunda passagem por Góis.

Evans, segundo classificado à partida desta quinta ronda do Campeonato do Mundo (WRC) teve uma tarde para esquecer, pois nesse mesmo troço cedeu 52,6 segundos, uma vez que o seu navegador, Scott Martin, esqueceu-se do livro de notas no controlo anterior, sendo obrigado a recorrer a fotografias que tinha no telemóvel.

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Este foi um dos momentos insólitos do dia, pois também Sébastien Ogier tinha já tinha tido problemas na primeira passagem por Arganil: uma falha no sistema de comunicações no Toyota Yaris impedia-o de ouvir as notas ditadas pelo seu navegador, Vincent Landais, que teve de recorrer a linguagem gestual.

Ainda assim, Ogier cedeu apenas três segundos nesse troço, terminando o dia a um segundo exato do comandante da prova.

A secção da tarde foi também nefasta para Takamoto Katsuta, que terminou a manhã na liderança, mas foi incapaz de suster a cavalgada dos seus dois companheiros de equipa.

Rovanperä assumiu o comando logo na primeira especial da tarde, em Lousã 2, com apenas 0,1 segundos de vantagem sobre o japonês. O campeão duplicou a vantagem no troço seguinte, em Góis 2, passando para 0,2 segundos de pecúlio, chegando a ter um segundo de avanço sobre o japonês após Arganil 2.

Na derradeira especial, contudo, Katsuta perdeu 6,9 segundos para Ogier e 3,7 para Rovanperä, descendo à terceira posição.

O dia ficou ainda marcado pelos ‘capotanços’ do piloto espanhol Pepe Lopez (Ford Fiesta) e do japonês Yuki Yamamoto (Toyota Yaris), ambos no primeiro troço, em Mortágua, que acabou cancelado, do português Lucas Simões (Ford Fiesta), em Góis 1, e Teemu Suninen (Hyundai i20), em Arganil 1.

Em todos os acidentes as tripulações saíram ilesas.

No sábado disputa-se a segunda etapa do Rali de Portugal, a mais longa da prova, com 145,02 quilómetros cronometrados, divididos por nove especiais.

O dia começa com Felgueiras 1, a partir das 08:05, terminando em Lousada, a partir das 19:05.

Pelo meio, haverá passagens por Montim, Amarante e Paredes, por duas vezes, e por Felgueiras 2.