Carlos Moedas vai assumir o pelouro da Cultura na Câmara Municipal de Lisboa. Esta foi a solução encontrada para responder à saída de Diogo Moura, até aqui vereador com a pasta, que suspendeu o mandato em virtude do processo judicial em que se viu envolvido. No lugar do vereador, assumirá funções Joana Oliveira e Costa, eleita pelo CDS.

De resto, o processo de substituição de Diogo Moura não foi fácil para o executivo de Carlos Moedas. Diogo Moura foi eleito pelo CDS no âmbito da coligação Novos Tempos. Segundo o acordo que esteve na origem da aliança, só alguém do partido agora liderado por Nuno Melo poderia substituir o democrata-cristão.

Maria Teresa Nogueira Pinto seria a escolha imediata, mas há muito que a Professora Universitária estará desligada do CDS, tendo-se aproximado do partido de André Ventura. Nuno Correia, que chegou a exercer funções de vereação na autarquia, era o seguinte na listam, mas recusou o convite para suceder a Diogo Moura alegando razões profissionais. Francisca Seabra, independente e quadro Hill+Knowlton Strategies, fez o mesmo.

Sobrou então Joana Oliveira e Costa, que era já quinta na lista dos suplentes que se candidataram pelos Novos Tempos. Sem qualquer experiência executiva, com apenas 21 anos e a concluir o curso de Direito na Universidade Católica, foi entendimento do executivo de Carlos Moedas que seria uma tarefa demasiado exigente assumir já a pasta da Cultura em Lisboa. Ficará vereadora, mas os pelouros ainda não estão distribuídos.

Recorde-se que Diogo Moura suspendeu o mandato a pedido de Carlos Moedas, dias depois de ter sido acusado do crime de fraude em eleições internas do CDS. Numa declaração escrita enviada à Lusa, Moedas revelou que pediu a Diogo Moura “que suspendesse o seu mandato, pedido que o próprio acedeu de imediato” e por considerar “não haver condições para o vereador continuar a desenvolver o seu trabalho em prol dos lisboetas”.

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