Ao longo das últimas temporadas, tanto na Tech3 como na KTM e já na Aprilia RNF e na Trackhouse, não foi difícil perceber que o grande obstáculo de Miguel Oliveira passava pela qualificação. O piloto português tem um bom desempenho em corrida, em pista e em saída largada, mas o facto de arrancar muito atrás de forma constante obriga-o a ter provas de recuperação todos os fins de semana — ou seja, deixa-o frequentemente afastado das posições cimeiras.

O Falcão abriu as asas e promete não ficar por aqui: Miguel Oliveira é o quarto mais rápido nos treinos em Itália e passa direto à Q2

Ora, este fim de semana, Miguel Oliveira procurou contrariar essa ideia. Depois de ter sido 10.º na Catalunha, no passado domingo, o piloto português alcançou o quarto melhor tempo nas primeiras sessões do Grande Prémio de Itália e garantiu o apuramento direto para a Q2. Aí, assegurou a 11.ª posição na grelha de partida do sprint deste sábado e da corrida de domingo — ou seja, a melhor qualificação de toda a temporada.

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“Correu bem. É obviamente um bom sentimento estar no top 10 no final da sessão de treino. Demos um bom passo com as afinações da moto e pude sentir isso imediatamente, que existia um bom potencial para fazer uma volta rápida. Consegui juntar tudo no final e estou feliz. Contudo, não me senti fantástico e não pilotei de forma limpa como costumo fazer, mas de qualquer forma o tempo por volta apareceu, fui rápido. Ainda necessitamos de continuar a trabalhar e encontrar mais alguns décimos”, disse o piloto natural de Almada, no rescaldo de uma qualificação em que Jorge Martín garantiu a pole-position, seguido de Pecco Bagnaia e Maverick Viñales.

Assim, já este sábado e no circuito de Mugello, Miguel Oliveira arrancou com a intenção de registar um bom resultado já na corrida sprint. O piloto português não começou bem, tocou em Álex Márquez e caiu para 16.º logo na primeira volta, mas tudo ficaria pior: a 10 voltas do fim, Oliveira envolveu-se numa queda com Fabio Quartararo e abandonou desde logo, assim como o francês da Yamaha.

Mais à frente, Pecco Bagnaia assumiu a liderança logo no arranque, com Enea Bastianini a subir ao segundo lugar e Jorge Martín a cair para terceiro. Bastianini acabou por cair pouco depois, permitindo a subida de Martín ao segundo lugar, mas também o espanhol abandonou na sequência de uma queda e quando já tinha sido ultrapassado por Marc Márquez.

Pecco Bagnaia beneficiou das lutas atribuladas que iam ocorrendo nas suas costas e não deixou fugir a vitória em casa, carimbando o primeiro lugar na corrida sprint do Grande Prémio de Itália. Marc Márquez e Pedro Acosta completaram o pódio em Mugello, seguidos de Franco Morbidelli e Maverick Vinãles.