A startup portuguesa Musiversal, que gere uma plataforma online que dá acesso a sessões de gravação para produção musical com a possibilidade de colaboração com artistas e técnicos em tempo real, fechou uma ronda de investimento de três milhões de dólares (2,8 milhões de euros). O financiamento foi liderado pela gestora de private equity Iberis Capital e contou com a participação da Lince Capital e da Shilling, que anteriormente já tinham investido na empresa.

André Miranda, cofundador e CEO da Musiversal, adianta que o financiamento vai “ajudar a empresa a ter um go to market mais agressivo” para “adquirir novos clientes, maioritariamente nos Estados Unidos”, e também permitirá implementar “novos serviços na plataforma”, tornando a “subscrição mais valiosa” para aqueles que a pagam. Foi no ano passado que a startup lançou o serviço de subscrição Musiversal Unlimited, que tem um custo de 186 euros por mês, para permitir aos assinantes terem acesso ilimitado a profissionais como engenheiros de mistura, compositores e produtores.

Questionado pelo Observador acerca dos “novos serviços” que a Musiversal pretende oferecer, André Miranda diz apenas que servirão para “ajudar os criadores de música a fazer mais e melhor música, com mais facilidade e mais qualidade”. Ainda assim, opta por não avançar com mais detalhes, uma vez que pretende guardar segredo até 27 de julho, dia em que as novidades serão oficialmente apresentadas num evento em Lisboa.

A plataforma da startup portuguesa, que regista mais de 300 mil minutos de sessões musicais por mês, triplicou nos últimos 12 meses o número de subscritores. A empresa quer, indica o CEO ao Observador, repetir o feito e voltar a triplicar o número de utilizadores ao longo do próximo ano, passando de um total de 1.000 para 3.000.

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A Musiversal foi fundada em 2018, tendo nascido de uma ideia que André Miranda teve quando vivia nos EUA. Atualmente, conta com cerca de 80% dos seus clientes nesse país. No futuro, o foco manter-se-á nesse mercado, que “tem uma indústria musical super forte e que tem também um rendimento per capita adequado”.

A ronda de investimento esta quarta-feira anunciada pela Musiversal, que tem uma equipa composta por 18 trabalhadores de “escritório” e 75 músicos (na plataforma), surge depois de em 2021 a startup ter captado um financiamento de 1,36 milhões de euros. De acordo com André Miranda, em 2022 a empresa fechou também uma “ronda muito pequenina”, que não foi divulgada publicamente. “Não foi notícia porque não vale a pena estar a anunciar”, afirma o líder da plataforma de produção musical, que não partilha dados acerca do montante desse investimento.

Musiversal. Site que contrata músicos angariou 1,36 milhões de euros