Os acidentes de circulação do Metro do Porto estão a aumentar desde 2021, tendo sido registados 93 no ano passado face a 79 em 2022, mas o número de mortes tem vindo a diminuir.
“Relativamente a 2023, verificaram-se mais 14 acidentes de circulação (93 versus 79)”, depois de terem sido registados 47 em 2021, ano ainda marcado pela pandemia de Covid-19, pode ler-se no Relatório e Contas de 2023 da Metro do Porto, disponibilizado recentemente pela empresa.
Em 2020 tinham-se registado 47 acidentes de circulação e em 2019, ano anterior à pandemia e segundo melhor de sempre da empresa em termos de validações (mais de 71 milhões), foram registados 111 acidentes, o maior número de sempre.
Também o número de feridos tem vindo a aumentar (198 em 2023, 188 em 2022 e 118 em 2021), ao contrário do número de mortes (três em 2021, duas em 2022 e uma em 2023).
Dos acidentes registados em 2023, de acordo com os dados da empresa, 20 deveram-se a colisões com automóveis, um tipo de acidente que aumentou face a 2022 (13 colisões) e a 2021 (seis).
Já este ano, segundo fonte da Metro do Porto, já se registaram 13 colisões com automóveis, tantas como na totalidade de 2022.
Também os acidentes com clientes no veículo aumentaram em 2023, ainda que ligeiramente (61, face a 58 em 2022), mas significativamente face a 2021, ano ainda marcado pela pandemia, em que se registaram 30 acidentes com clientes no veículo.
Já os acidentes com peões registaram também um aumento em 2023 (12) face a 2022 (oito), ano em que se registou uma diminuição face aos acidentes em 2021 (11).
Segundo a Metro do Porto, em 2024 já se registaram 11 acidentes com peões, quase tantos como no ano passado, dos quais pelo menos três se deveram ao uso de auscultadores por parte de transeuntes.
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Além dos acidentes, no relatório e contas de 2023 a Metro do Porto aponta que o “progressivo envelhecimento” dos veículos EuroTram, os primeiros ao serviço da empresa (desde 2002), “coloca desafios crescentes na manutenção”.
“O desempenho do material circulante, no ano de 2023, avaliado através do indicador ‘Distância média entre falhas’, situou-se abaixo do requerido”, segundo a empresa, com os veículos EuroTram a registar “um desempenho pior do que no ano anterior”.
Em causa está “uma distância média entre falhas próxima de 5,6 mil km (inferior aos 6,1 mil km alcançado em 2022 e inferior aos 10 mil km que são o objetivo de referência)”.