A Polícia Judiciária deteve, na madrugada desta quinta-feira, quatro adolescentes envolvidos na morte de Gonçalo Lima, de 18 anos, morto à facada no NorteShopping no final do mês passado. A notícia foi avançada pelo Jornal de Notícias e numa conferência de imprensa ao final da tarde a PJ revelou que um dos menores detidos foi o autor da facada que vitimou o jovem.
No final de junho, o jovem tinha sido agredido com uma arma branca, na sequência de um “desentendimento” na zona de restauração do centro comercial. Gonçalo Lima ainda foi transportado para o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, mas não resistiu aos ferimentos graves, na zona do pescoço.
Jovem de 18 anos morre após ser agredido com arma branca em rixa no NorteShopping
Numa conferência de imprensa, que decorreu esta quinta-feira ao mesmo tempo que os quatro jovens eram ouvidos no Tribunal de Família e Menores, no Porto, a inspetora-chefe da Polícia Judiciária disse que um “motivo fútil” esteve na origem da discussão que resultou no crime. “Os quatro jovens são amigos. Sendo que uma parte deles é do bairro da Pasteleira”, revelou Carla Pinto, apontando que um dos menores “teve uma intervenção maior nos factos”.
A inspetora-chefe explicou que “o processo está dividido em dois, sendo que um corre termos no Tribunal de Família e Menores, para os quatro jovens de 15 anos, e outro no Tribunal Criminal de Matosinhos, que abrange os outros seis envolvidos nos desacatos, todos com mais de 16 anos”.
Sobre os restantes seis, informou que na “sequência das 10 buscas domiciliárias hoje efetuadas, alguns foram constituídos arguidos e outros já o tinham sido”. “Alguns dos acima dos 16 anos estão referenciados pela polícia por situações anteriores, mas por nada de grave”, disse.
Questionada sobre se tinha sido encontrada a arma do crime, respondeu que foram recolhidas algumas armas brancas. “Vamos verificar se são ou não a arma do crime”, apontou. Carla Pinto acrescentou que a investigação vai continuar e que “ainda há pessoas que irão ouvir” e que os “intervenientes nas agressões não se conheciam”.
Explicando que “os menores não podem ser interrogados pela polícia, apenas em tribunal, e na companhia de uma familiar e advogado”, admitiu que os quatro sejam “internados num centro de detenção juvenil durante um período de tempo”.
Atualizado às 19h50