A Carris informou que a adesão à greve parcial, que decorreu entre segunda-feira e esta sexta-feira, foi em média de 3,3% e que se registaram supressões no serviço público entre os 5,5% e os 10%.

Numa resposta enviada à agência Lusa, a Carris divulgou que “apurados os números relativos à adesão à greve parcial”, que decorreu entre os dias 15 e 19 deste mês, “a adesão média foi de 3,3% no universo global” da empresa.

Sindicato: greve parcial dos trabalhadores da Carris com “adesão elevada”

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Segundo a Carris, entre os tripulantes a adesão “foi de 27,6%, o que determinou supressões no serviço público, em média, entre os 5,5% e os 10%”.

Os trabalhadores da Carris iniciaram na segunda-feira uma greve parcial, convocada pelos sindicatos afetos à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações — FECTRANS, para reivindicar aumentos salariais e 35 horas semanais de serviço.

A paralisação termina esta sexta-feira com “uma balanço positivo” por parte Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), disse à Lusa o sindicalista Manuel Leal, contabilizando “uma adesão superior a 90%” e “algumas situações de paralisação de turnos, na ordem dos 100%”.

Trabalhadores da Carris com adesão de 90% em greve parcial

A greve abrangeu inicialmente motoristas e guarda-freios, aos quais se juntaram os trabalhadores das oficinas da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, operador de transportes públicos da capital.

O STRUP espera que a “adesão seja lida da parte do conselho de administração [da Carris] como uma forma de dar respostas positivas às reivindicações que estão colocadas em cima da mesa”.

O sindicato exige o “aumento real dos salários”, pedindo mais 40 euros mensais na tabela, depois de a empresa feito uma atualização de 60 euros — de forma a corresponder à reivindicação inicial de 100 euros.

Simultaneamente, os trabalhadores exigem 35 horas semanais de serviço, incluindo os tempos de deslocação no horário de trabalho, e a atualização dos valores do subsídio de refeição para “valores aceitáveis que possam cobrir aquilo que são os custos”.

Outra das reivindicações do STRUP é “a integração definitiva” dos trabalhadores da Carrisbus, que assegura a manutenção e reparação de autocarros e elétricos, e da Carristur, que presta serviços de turismo e formação, ambas detidas a 100% pela Carris.

O STRUP espera que a reunião marcada com o conselho de administração da Carris para dia 23, às 15:00, “corresponda a estas reivindicações” e que a empresa “mostre disponibilidade para dar continuidade ao processo de negociação”.

Caso isso não aconteça, o STRUP — mandatado para o efeito no último plenário de trabalhadores — desencadeará um pré-aviso de greve de 24 horas para 18 de setembro.

Esse pré-aviso — adiantou Manuel Leal — abrange todos os setores da empresa.