O Ministério Público constituiu dois novos arguidos na Operação Pretoriano, que investiga a agressão de sócios numa Assembleia Geral extraordinária do Futebol Clube de Porto. A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias (JN), que apurou que os dois suspeitos são adeptos ligados aos Super Dragões e tidos como cúmplices de Fernando Madureira, ex-líder da claque.

A acusação da Operação Pretoriano deverá ser deduzida até ao início do mês de agosto, altura em que faz seis meses que Madureira foi colocado em prisão preventiva. Neste momento, o inquérito está na reta final e os suspeitos estão a ser novamente interrogados pelas autoridades. Esta quinta-feira foi a vez de Fernando Saúl, ex-funcionário do FC Porto, que foi confrontado com novas provas.

Em declarações ao JN, Cristiana Carvalho, advogada de defesa de Fernando Saúl, disse que as provas apresentadas não são “nada de mais”: “Não houve nada que já não estivesse no primeiro interrogatório judicial, portanto foi só mesmo esclarecer algumas coisas.”

Na quarta-feira, também o arguido Vitor Catão já tinha prestado esclarecimentos após ter sido confrontado com novas mensagens e novos depoimentos que surgiram na sequência da investigação das autoridades. Os restantes suspeitos deverão ser ouvidos no DICAP do Porto nos próximos dias, com exceção de Fernando Madureira, que será interrogado na Polícia Judiciária.

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A Operação Pretoriano, que investiga agressões e intimidação a sócios do FC Porto, foi instaurada após a detenção, em janeiro, de 12 pessoas, incluindo o à época líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, e dois funcionários do clube. Em causa estão crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com fenómeno desportivo, mas também coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e atentado à liberdade de informação.

Vitor Catão esclarece novos factos no âmbito da Operação Pretoriano