A Câmara Municipal de Cascais anunciou este sábado que a última contra-análise realizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) nas praias da Poça e das Moitas demonstrou que as águas estão com padrões normais e podem ser frequentadas.
“A contra-análise foi realizada quinta-feira última e ontem [sexta-feira] o resultado veio demonstrar que a qualidade das águas destas duas praias do concelho de Cascais está dentro dos parâmetros normais”, anunciou a autarquia.
No comunicado de imprensa, o Município de Cascais, no distrito de Lisboa, reforçou que, “estas praias nem precisavam de ter sido interditadas”.
“Apesar disso, a interdição da água balnear das praias da Poça, em São João do Estoril, e das Moitas, no Monte Estoril, continuava ontem registada no ‘site’ da APA e só após os alertas feitos ontem [sexta-feira], ao final da tarde, pela autarquia junto da APA é que a informação do site foi alterada”, sublinhou.
A Câmara de Cascais criticou esta sexta-feira a APA por manter a interdição em duas praias do concelho, apesar de uma última contra-análise revelar “padrões normais” na qualidade da água.
A interdição da água balnear das praias da Poça, em São João do Estoril, e das Moitas, no Monte Estoril, no concelho de Cascais, devido a “contaminação microbiológica”, estava registada no ‘site’ da APA, desde quinta-feira.
O vice-presidente da Câmara de Cascais, Nuno Piteira Lopes, disse à agência Lusa que a última contra-análise realizada pela APA demonstra “que as águas de Cascais estão com a qualidade de acordo com os padrões que são necessários”.
“Aquilo que nos espanta é como é que se existe uma análise com a data de hoje da APA a dizer que as águas têm qualidade, como é que pode haver notícias a ser veiculadas a dizer que as praias do concelho de Cascais, nomeadamente as Moitas, vão estar interditadas até segunda-feira”, questionou o autarca.
No comunicado de hoje, Nuno Piteira Lopes afirmou que a autarquia “vai passar a fazer análises bidiárias à qualidade das águas no concelho e a publicá-las no seu ‘site'” para que os cascalenses, e quem visita o concelho, “saibam que estão seguros nas praias” do município.
Atualmente, refere-se no documento, “a APA realiza análises mensais e a autarquia realiza análises semanais, ou seja, estas praias nem precisavam de ter sido interditadas” já que “os valores que a autarquia recolhe semanalmente demonstraram que todos os índices se encontram dentro da normalidade”.
Ainda esta sexta-feira, Nuno Piteira Lopes dizia à agência Lusa que pedia à APA “a mesma celeridade” que a autarquia tem em “disponibilizar a informação ao minuto daquilo que é a verdade sobre a qualidade das águas” no concelho.
“Nós temos mais de 2500 análises feitas durante o ano todo de 2023. Não podem ser três análises no mês de junho, julho e agosto que vão contrariar ou contradizer aquilo que são os dados coesos regulares constantes de toda uma monitorização que é feita durante todo o ano pelo município de Cascais”, defendeu.