O Governo da Madeira está disponível para apoiar as comunidades emigrantes espalhadas pelo mundo e está a acompanhar o evoluir da situação na Venezuela, disse esta quarta-feira o diretor regional com a tutela.

Todos os madeirenses que residem fora da Madeira são tão madeirenses como nós. Se alguma vez algum deles necessitar de algum apoio, o Governo Regional estará sempre presente para prestar esse apoio”, disse o diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Sancho Gomes, citado numa nota divulgada no final de um encontro com os conselheiros da diáspora madeirense que representaram as comunidades na África do Sul, Austrália, Brasil, Venezuela e na Europa.

No encontro, que decorreu esta quarta-feira no Salão Nobre do Governo Regional, no Funchal, foi discutido o futuro das comunidades espalhadas pelo mundo, tendo Sancho Gomes salientado que o executivo madeirense “está a acompanhar o evoluir da situação na Venezuela”.

Também citado na nota, o porta-voz do encontro, o conselheiro da Diáspora Madeirense na Europa, Maurício Cysne, assegurou que “se algum madeirense necessitar de apoio, o Governo [Regional] estará presente”. “Na Venezuela ou em qualquer outra comunidade”, acrescentou.

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Sobre o problema da falta de segurança na África do Sul, o responsável apontou que as expectativas são que “o novo governo que tomou posse em junho último consiga encontrar uma solução efetiva para esta questão”.

No caso do Brasil, Maurício Cysne realçou o “trabalho extraordinário realizado pelas Casas da Madeira” e a importância da nova Associação Luso-Brasileira de Beneficência Madeirense.

Quanto à comunidade na Austrália, o conselheiro destacou a importância de continuar a apoiar a Casa da Madeira, que é “uma instituição com 50 anos e que atualmente sofre algumas pressões para a fusão com a Casa de Portugal na Austrália”.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um “ciberataque” de que alegadamente foi alvo.

Violência pós-eleitoral fez 25 mortos e 192 feridos na Venezuela

Os resultados eleitorais têm sido contestados com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo oficial de mais de 2.220 detenções, 25 mortos e 192 feridos.