Num campo tradicionalmente difícil, o FC Porto até começou melhor, mas rapidamente sofreu o primeiro aviso e, não fosse Diogo Costa, o Santa Clara podia ter feito o golo logo aos 5 minutos. Contudo, os dragões fizeram por parecer fácil, mesmo num relvado longe do ideal e com um calor abrasador a fazer-se sentir em São Miguel. A boa entrada, porém, não se fez sentir na segunda parte e mereceu as críticas de Vítor Bruno.

O dragão foi bravo com os mesmos protagonistas e continua a sorrir (a crónica do Santa Clara-FC Porto)

“A equipa foi muito séria no jogo. É verdade que a primeira oportunidade foi do Santa Clara, numa abordagem em que eles têm mérito em como a conquistaram. A partir daí [o jogo] é totalmente nosso. Com posse, a identificar as zonas onde poderíamos tirar vantagem. Fizemos dois golos. A segunda parte tornou-se enfadonha. Não sendo aceitável, acaba por ser entendível. Mas não fiquei satisfeito. A equipa tem de ter argumentos para não perder a sua identidade, procurar a baliza, ver golo. Entendo, porque o jogo teve nuances que nos levaram para um grau de dificuldade elevado, como o campo, o sol e o calor”, começou por dizer o novo treinador azul e branco.

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“O resultado é inteiramente justo, não tem discussão. A equipa sentia-se que estava cómoda. Não gosto quando o comodismo começa a entroncar em algum facilitismo. Não gosto. Gosto sempre [de jogar] em red line [ndr: no limite], em alta rotação. Não tem que ser sempre a chegar à baliza em dois ou três toques, mas tem de ser sempre com o objetivo de ver a baliza adversária, e isso não aconteceu na segunda parte”, acrescentou.

Olhando para o plano individual, Iván Jaime e Wenderson Galeno voltaram a faturar e chegaram aos três jogos consecutivos a marcar, numa altura em que estão disputados… três jogos. Estes registos permitem que o espanhol e o brasileiro tenham atingido a melhor série a marcar da sua carreira, algo que, naturalmente, agrada a Vítor Bruno.

Sobre o avançado internacional brasileiro que tem atuado um pouco mais recuado na lateral esquerda, Bruno destacou o seu “grau de maturidade assinalável”. “Poderá estar chateado comigo porque está numa posição que não lhe dá visibilidade. Adoro este tipo de jogadores, que dá tudo. Fico apaixonado, tem uma bravura e uma forma de competir é ímpar e quando me dão isso vou com eles até à morte”, concluiu.