O diretor-geral e a diretora-geral adjunta da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vão deixar o organismo após o fim do mandato de Fernando Gomes. Ao que o Observador apurou, Luís Sobral e Mafalda Urbano comunicaram esta sexta-feira à Direção da Federação que não vão manter-se em funções no próximo mandato, seja qual for a lista vencedora, e que vão deixar os cargos que assumiram em abril de 2022.
As eleições para os órgãos sociais da FPF ainda não estão marcadas, sendo que os estatutos indicam que têm de acontecer até seis meses depois dos últimos Jogos Olímpicos — ou seja, até 11 de fevereiro de 2025. Fernando Gomes é o presidente do organismo desde dezembro de 2011, tendo no palmarés a conquista do Euro 2016 e da Liga das Nações 2019, mas também vários troféus internacionais no futsal e no futebol de praia, para além das primeiras presenças de sempre da Seleção Nacional feminina no Campeonato da Europa e no Campeonato do Mundo.
Processo de eleições da FPF arrancou com constituição da Comissão Eleitoral
A Comissão Eleitoral da FPF foi constituída esta segunda-feira, dando início à primeira fase do processo eleitoral para os órgãos sociais. Ainda sem a oficialização de qualquer candidatura, já surgem vários nomes associados à corrida: José Couceiro, atual diretor técnico do organismo que seria uma opção de continuidade em relação ao mandato de Fernando Gomes, Pedro Proença, atual presidente da Liga de Clubes, Nuno Lobo, presidente da Associação de Futebol de Lisboa (numa eventual lista com o apoio de Luís Figo) e ainda José Fontelas Gomes, atual presidente do Conselho de Arbitragem.
O processo eleitoral da FPF será composto por duas fases, primeiro com a composição da sua Assembleia-Geral, constituída por 29 delegados por inerência das funções que exercem e que correspondem aos presidentes dos sócios ordinários da FPF e 55 delegados que deverão ser eleitos nas associações distritais e regionais, Liga de Clubes, Sindicato de Jogadores e associações de treinadores e árbitros (APAF) até ao dia 30 de setembro.
Estes 55 delegados terão de corresponder a 20 em representação dos clubes que participam em competições profissionais, oito dos clubes nacionais não profissionais, sete dos clubes distritais e regionais, cinco dos jogadores profissionais, cinco dos jogadores amadores, cinco dos treinadores e cinco dos árbitros.
Validado o cumprimento dos critérios de capacidade, elegibilidade e idoneidade aplicáveis aos delegados indicados, em cumprimento dos estatutos da FPF, a Comissão Eleitoral marcará o dia para a tomada de posse dos delegados eleitos e também a data das eleições para os órgãos sociais.