A Benfica SAD apresentou este domingo resultados líquidos negativos de 31,36 milhões de euros (ME) no exercício 2023/24, segundo a informação económica e financeira este domingo comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A sociedade benfiquista voltou às contas no vermelho, depois dos lucros em 2022/23 (4,2 ME) e 2019/20 (41,7 ME) e dos prejuízos nos exercícios de 2020/21 (17,4 ME) e 2021/22 (35 ME).

Numa época em que o Benfica terminou a I Liga de futebol no segundo lugar, atrás do rival Sporting, o resultado negativo dos encarnados compara com os 4,2 ME de lucro do período homólogo, representando um decréscimo de 35,6 ME, causado, segundo a SAD encarnada, pela redução dos rendimentos operacionais e dos resultados com transações de direitos de atletas.

Estes rendimentos totalizaram 179 ME na época passada, menos 16 ME do que em 2022/23, enquanto as receitas já com as transferências de jogadores ascenderam a 256,37 ME, mesmo assim menos 28,3 ME do que no período homólogo.

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Já os gastos operacionais sem direitos de atletas subiram 0,5%, de 206,36 ME para 207,3 ME, com a Benfica SAD a explicar que “o aumento verificado nos fornecimentos e serviços externos foi compensado pela redução registada nos gastos com o pessoal”.

O passivo da sociedade encarnada subiu 8,7%, de 444,6 ME para 483,4 ME, representando, após este último exercício 85,5% do ativo, que é calculado em 565,2 ME, mais 7,4 ME do que em 2022/23 e mais 157,4 ME do que em 2019/20.

As transferências de futebolistas valeram à Benfica SAD 58,4 ME na época passada, menos 8,3% do que no período homólogo, quando os encarnados faturaram 63,7 ME no mercado de jogadores.

“O equilíbrio económico do exercício poderia ter sido facilmente alcançável se as movimentações de mercado tivessem avançado mais cedo, ao invés de proteladas para depois do Campeonato da Europa. Caso contrário, teria sido natural um resultado positivo, em linha com o primeiro semestre, a reforçar a robustez da Benfica SAD, cujos capitais próprios continuam elevados e num patamar sem paralelo no futebol nacional”, lê-se na mensagem assinada pelo presidente Rui Costa, no referido Relatório e Contas.

Maior queda registou-se nos capitais próprios da sociedade, de 27,7%, de 113,2 ME para 81,8 ME no referido período.

Estas contas da Benfica SAD vão ser votadas em Assembleia Geral da sociedade, este domingo convocada para 30 de setembro, dia em que vai ainda ser ratificada a cooptação dos novos administradores, casos de Jaime Antunes, Eduardo Stock da Cunha, José Gandarez, Lopes da Costa e Nuno Catarino.