Depois da calma, chegou a tão aguardada tempestade. Cumprida a fase de grupos do Campeonato do Mundo que, para os favoritos, serve apenas para cumprir calendário e fazer as últimas afinações, chegaram os playoffs. Entre sexta-feira e domingo oito seleções vão lutar pelo título de campeão do mundo em Novara. E o calendário da Seleção portuguesa não podia ser mais difícil depois do empate contra a Argentina (4-4) e o consequente segundo lugar no Grupo A. Primeiro França, depois Espanha e, caso chegue à final, um expectável embate com a campeã do mundo ou Itália.
Terminada a primeira fase, as equipas tiveram um dia de descanso que, no caso de Portugal, serviu para isso mesmo. A Seleção Nacional recusou treinar no Pala Igor Gorgonzola e ficou pelo hotel em recuperação. “É uma França muito forte, com uma dimensão física muito forte, que normalmente coloca muitas dificuldades sobre esse ponto de vista. Temos de ter a capacidade e inteligência para não levarmos o jogo para essa dimensão, onde eles claramente saem a ganhar”, assumiu o selecionador Paulo Freitas.
Curiosamente este foi o terceiro embate entre portugueses e franceses nos últimos 176 dias e serviu para “desempatar”, depois de França ter levado a melhor no Torneio de Montreaux (6-5, com o golo da vitória a surgiu a 15 segundos do fim) e Portugal ter triunfado na Golden Cat (0-3), competição que serviu de preparação para este Mundial. Depois do terceiro lugar no Mundial-2022, na Argentina, a super geração francesa, agora comandada por Nuno Lopes, queria repetir o feito e contava com a experiência dos irmãos Di Benedetto (Carlo, Roberto e Bruno) e Rémi Herman, e a juventude de Marc Rouze.
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???????? ???????????????????????????????? x França | ⌚ 14:45H | ???? RTP 1#HóqueiEmPatins #WSG2024 #MundialHP #UmSéculoDeEmoções #VesteAHistória #PortugalSobreRodas #100AnosFPP #Intermarchept #KelmePortugal #Toor #EfficiencyMatch pic.twitter.com/um8Olmr4MY
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Neste encontro, Freitas voltou a contar com o cinco habitual, composto pelo sportinguista Ângelo Girão, os benfiquistas Zé Miranda e Gonçalo Pinto e os portistas Hélder Nunes e Gonçalo Alves. Os franceses entraram mais destemidos no jogo, mas depois de um primeiro aviso de Roberto (1′), a Seleção Nacional reagiu e quase marcou por Alves (1′) e Nunes (3′), que acertou no poste. O golo apareceu pouco depois, com Zé Miranda a servir Gonçalo Pinto dentro da área (5′). A seleção gaulesa procurou responder de imediato à desvantagem, mas encontrou pela frente um Girão em grande forma, que defendeu inclusivamente um penálti de Herman (10′).
Quis o destino que, depois de João Rodrigues desperdiçar o segundo golo (14′), França conseguisse empatar o jogo, através de Carlo Di Benedetto (15′). Portugal voltou a criar perigo na parte final do primeiro tempo, mas Xavi Cardoso (20′), Rodrigues (22′) e Gonçalo Alves (25′) não concretizaram. Na derradeira oportunidade, Carlo voltou a aparecer e ficou a centímetros de marcar (25′), permitindo que o empate seguisse para o segundo tempo.
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A Seleção Nacional entrou melhor no retomar do encontro e, depois de um remate de longe de Rafa Costa que Pedro Chambell não segurou, voltou à frente do marcador (28′). Apesar da vantagem, o jogo continuou equilibrado e em aberto, e a fase seguinte foi marcada por várias faltas, que quebraram, a espaços, o ritmo. Os franceses acabaram por atingir as 10 faltas pouco depois, mas Gonçalo Alves perdeu o duelo com Chambell (38′). Nos últimos minutos, Gonçalo Alves beneficiou de um penálti, cujo desfecho foi o mesmo (44′), e, num contra-ataque, João Rodrigues fez o terceiro (46′).
Bruno Di Benedetto viu o azul por palavras na sequência do golo, mas Portugal não aproveitou o power play e… sofreu, através de um grande remate de Carlo Di Benedetto (48′). Com o jogo relançado e a Seleção à beira da décima falta, Paulo Freitas solicitou uma pausa técnica, mas não conseguiu acalmar a equipa que, a 33 segundos do fim, cometeu a décima falta, numa altura em que França já estava em cinco para quatro. Carlo assumiu a responsabilidade e acertou no poste e, na sequência do lance, Hélder Nunes roubou a bola a um adversário e fez o 4-2 final (50′). Portugal vai agora defrontar Espanha nas meias-finais.