Depois de ter terminado a última temporada como uma das grandes figuras do FC Porto que acabou a vencer a Taça de Portugal e de ser chamado ao Campeonato da Europa de seleções com um golo decisivo frente à Rep. Checa, Francisco Conceição não teve propriamente um início de época fácil. Chegou mais tarde, andou sempre apontado a uma saída que nunca mais chegava, teve uma lesão muscular que o deixou de fora dos primeiros encontros, acabou mesmo por deixar o Dragão numa versão de cedência temporária que não tardará a ser a título definitivo para a Juventus. Em Itália, seguindo as pisadas do pai que passou por Lazio, Inter e Parma, sobrava confiança em continuar a projetar a carreira como acontecera no último ano.
“Ser o filho do meu pai traz muitas vezes comparações mas não as ouço. Estou orgulhoso do que ele fez como jogador e treinador mas quero fazer o meu próprio caminho sem pensar no que é dito. Ele disse-me que esta é uma das melhores ligas do mundo, há boa competitividade e que é perfeita para mostrar o meu talento. Ronaldo? Ainda não falei com ele sobre a minha vinda para Turim. Vou falar com ele no futuro. É verdade que há coincidências nas nossas trajetórias. Para mim, ele é uma referência, assim como para todos os jogadores portugueses e para muitos outros. Agradeço ao FC Porto pelo que fizeram por mim e à Juventus por acreditar em mim. Estou aqui para ter sucesso e espero continuar o máximo tempo possível com esta camisola. Quero fazer a diferença e apenas estou focado nisso”, referiu o jovem ala na apresentação.
Pouco depois da chegada, Francisco Conceição foi opção de Thiago Motta a partir do banco, entrando ao intervalo da partida frente à Roma sem conseguiu desfazer o nulo que substituiu até ao fim. No entanto, e mais uma vez, voltou a parar por um problema muscular que o afastou da Seleção no confronto com Croácia e Escócia. Deveria ser uma interrupção curta, foi mesmo uma interrupção curta e o regresso não poderia ser melhor, com o português a voltar a ser opção a partir do banco para selar o triunfo da Juventus.
O Francisco tem muita vontade e qualidade. Está a treinar há dois dias mas parece que está já há muito tempo”, tinha anunciado Thiago Motta na antecâmara do jogo à porta fechada, depois dos confrontos na Taça de Itália a meio da semana entre adeptos de Génova e Sampdória.
Depois do nulo ao intervalo na sempre complicada deslocação a Génova, Vlahovic aproveitou uma grande penalidade para inaugurar o marcador logo aos 48′, bisando apenas sete minutos depois num momento em que a tentativa de reação dos visitados acabou por esmorecer. Motta lançou Francisco Conceição aos 62′, para o lugar de Nico González, e o extremo foi a tempo de fechar as contas do triunfo com um remate na passada de pé esquerdo dentro da área (89′). Com a vitória, a Juventus, que ainda não perdeu esta época, subiu à liderança provisória da Serie A com 12 pontos, mais um do que o AC Milan, Inter e Torino.