A 10.ª edição do ciclo “Museu como Performance”, que celebra formas de arte “inclassificáveis e indisciplináveis”, combinando música, dança, performance e artes visuais, vai desafiar limites entre sábado e domingo no Museu de Serralves, no Porto.

Entre os destaques da programação estão artistas como Darius Dolatyari-Dolatdoust, Davi Pontes & Wallace Ferreira, Xana Novais, com performances espalhadas pelo auditório, biblioteca, entrada e garagem, onde decorrerão cerca de dez intervenções, segundo a organização.

Com curadoria de Cristina Grande, Pedro Rocha e Ricardo Nicolau, o evento mantém o conceito original de convidar artistas cujas práticas cruzam disciplinas para ocupar os espaços do museu de forma inovadora, normalmente dedicados a exposições permanentes.

Este ano, o foco estará no corpo, “desafiando o público a participar em experiências híbridas e experimentais”, com intervenções que colocam a presença física no centro da relação com a arquitetura dos espaços e os espetadores, descreve um texto sobre o evento.

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Estanis Comella, João dos Santos Martins com Joana Sá, Ana Jotta & Filipe Pereira, Eve Stainton, Jefta van Dinter, Karel van Laere, Viola Yip e Tobias Koch são outros dos artistas convidados a apresentar as suas obras durante o fim de semana.

Desde o início, o certame tem vindo a apresentar intervenções que exploram a relação entre o corpo e o espaço, desafiando não só os artistas, mas também os visitantes a repensarem os limites da performance enquanto forma artística, recorda o mesmo texto.

A edição deste ano “explora os limites do corpo e envolve-se politicamente, transformando o visitante num participante ativo e consciente”, contrariando o contexto de crescente mediação digital, da vida absorvida pelos ecrãs.

Nessa linha, o “Museu como Performance” propõe uma experiência multissensorial, onde os participantes são incentivados a explorar as várias dimensões físicas e emocionais das performances, rompendo com o papel passivo do visitante, que se depara com os espaços do museu transformados em palcos.

O objetivo destes trabalhos específicos é produzir “um retorno ao contacto físico, sublinhando a importância da atenção focada no presente e o potencial das artes performativas para desafiar formas tradicionais de fruição artística e reafirmar a relevância do contacto direto com a arte”.