Um foi para o intervalo a perder antes de resolver tudo na última meia hora, outro começou a despachar a missão desde o primeiro minuto (literalmente), ambos acabaram a golear em casa os respetivos adversários alemães na Liga dos Campeões. Na antecâmara do primeiro clássico da temporada, Real Madrid e Barcelona deixaram um cartão de visita como há muito não se via: são capazes de tudo. E se os momentos entre as duas equipas são diferentes, com os catalães a viverem uma temporada bem mais desassossegada e confiante do que os merengues, havia uma certeza que sobrava no Bernabéu: El Clásico voltava a ser o “centro do universo” depois de alguns anos em que deixara de ter o melhor brilho pelo “ocaso” e anos erráticos dos blaugrana em termos institucionais que se foi refletindo na parte desportiva. Agora, tudo voltou ao original.
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Eram muitos os pontos de interesse num encontro com audiência potencial de 650 milhões de pessoas. A estreia de Mbappé em jogos grandes em Espanha, a motivação de Vinícius Jr. a 48 horas de poder receber pela primeira vez na carreira a Bola de Ouro, a aura de um Bernabéu que continua a virar jogos impossíveis (“Tudo tem explicação na vida menos o Real Madrid na Liga dos Campeões”, escreveu na rede X o treinador do Elche, Eder Sarabia). A explosão de Raphinha com um hat-trick num jogo em que foi capitão, a melhoria de Lewandowski, o fenómeno Lamine Yamal que não pára de surpreender, o impacto de Hansi Flick. Um favorito teórico? Era difícil e mais complicado se tornava quando se olhava para números e estatísticas.
????????Lamine Yamal é o mais jovem a marcar no 'El Clasico' com 17 anos, 3 meses e 13 dias. pic.twitter.com/LWQKr3orjq
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A Marca compilou todos os dados das equipas até ao momento. O Barça é uma equipa que em média corre mais do que o Real também pela forma como gosta de pressionar alto os adversários (113-108, mais cinco quilómetros por jogo) ficando muito confortável dando a profundidade nas costas aos adversários a ponto de ter a maior média de foras de jogo dos opositores na última década (6,5 por partida), o Real consegue ter mais posse (51,67%-50,6%), melhor qualidade de passe (88,6%-85,3%) e também maior quantidade de ataques embora pertença aos catalães o registo de oportunidades e golos. Flick traçou uma linha mais vertical no jogo dos catalães sem abdicar da criatividade do meio-campo para a frente, Ancelotti moldou a identidade de jogo às características de um Mbappé a jogar a 9 tendo “sacrificado”o Bellingham goleador. Resumo? De formas diferentes e com armas distintas, cada equipa tinha argumentos para sair por cima.
????✅ ¡Nuestro XI inicial para #ElClásico!
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“Estamos bem, motivados como sempre para um jogo complicado e divertido. O Barça de Flick tem uma ideia de jogo muito claro, é uma equipa com coragem. Torna-se complicado encontrar um favorito porque depende de muitas coisas, da forma como se controla o encontro, dos momentos que cada equipa terá. Controlar os momentos do jogo será muito importante”, dissera Ancelotti no lançamento. “Vamos ter o nosso plano, tal como tínhamos com o Bayern e agora teremos de adaptar ao Real Madrid. Confio nos jogadores, melhorámos nas combinações e no que fazemos com e sem bola mas também temos consciência de que temos de melhorar. Jogar El Clásico é o que toda a gente quer”, comentara também Hansi Flick.
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O início da partida começou por confirmar sobretudo aquilo que o Barça tem feito de bom com Hansi Flick, entre a capacidade de deixar o ataque contrário em fora de jogo e a qualidade para levar bola ao último terço com poucos passes. Foi dessa forma que surgiram os primeiros lances de perigo, com Mbappé a tentar um chapéu que saiu por cima da baliza de Iñaki Peña e logo na resposta Lamine Yamal a rematar para defesa de Lunin quando podia ter feito melhor. Só mesmo por uma ocasião o Real conseguiu “enganar” a linha que estava desenhada pelos catalães atrás, com Vinícius Jr. a surgir em boa posição na área para o remate ao lado (22′). Do outro lado, Lunin voltou a brilhar na baliza a remate de Pedri antes de um corte monstruoso de Éder Militão (28′) mas o intervalo chegaria mesmo sem golos depois de Mbappé ter conseguido mais uma vez surgir nas costas da defesa contrária a rematar com êxito antes de o lance ser anulado pelo VAR (30′).
A vida para o Mbappé não está fácil no 1º ELCLASICO: só na primeira parte foi apanhado 6 vezes em fora de jogo ????#DAZNLALIGA pic.twitter.com/5xqJlOnKYJ
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Lewandowski a calar o Bernabéu ????
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Lewandowski nem deu tempo para assimilar o primeiro e já estava a bisar ????
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Neste vídeo podem ver um dos piores falhanços da carreira de Lewandowski ???? #DAZNLALIGA pic.twitter.com/yPXZxmSlqS
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O segundo tempo começou com menos motivos de interesse, com ambas as equipas a perderem capacidade de risco nas ações do meio-campo para a frente quase à espera daquilo que o jogo poderia trazer, mas bastou um golo para mudar toda essa narrativa. Herói do costume? Lewandowski. Numa época onde recuperou a alegria de jogar e voltou aos números que o notabilizaram na Bundesliga, o polaco aproveitou um erro no desenho da linha defensiva do Real para surgir isolado e bater Lunin (54′). A partir daí, o encontro entrou numa espiral em que uns falhavam e outros pouco ou nada perdoavam: Lewandowski aumentou quase de seguida após um cruzamento de Alejandro Baldé (56′), Mbappé e Bellingham falharam os lances que podiam dar o mote para nova remontada, Lewandowski acertou no poste e Lamine Yamal, após mais uma assistência de Raphinha, apareceu isolado para bater Lunin e sentenciar de vez a partida (77′) antes da goleada que foi assinada por Raphinha, a fazer um chapéu com classe e a reforçar a liderança do Barça (84′).
Yamal: o que tu jogas ????
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Chapelada? Temos ???? Raphinha
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ENTRETANTO EM MADRID…
… O Barça deu "saco cheio" no Bernabéu
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