O líder do PS/Açores, Francisco César, defendeu esta segunda-feira a existência de formação profissional diferenciada nas ilhas do arquipélago de menor dimensão, para diversificar a economia regional.
“Se queremos ter uma região em que todas as ilhas acrescentem ao todo regional, devemos olhar para todas como algo em que devemos investir, trabalhar e diversificar a economia. É para isso que um Governo deve trabalhar, no sentido de avançar“, afirmou o líder dos socialistas açorianos no final de uma reunião com representantes dos empresários da ilha Graciosa.
Segundo um comunicado do partido, no final do encontro Francisco César mencionou a falta de trabalho diferenciado ao nível da construção civil, nomeadamente de alvenaria, eletricistas e carpinteiros, para salientar a necessidade da criação de cursos profissionais “que possam dar respostas” não só na ilha Graciosa, mas em todas as ilhas de menor dimensão.
O presidente do PS/Açores alertou também para a falta de estratégia do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) para a ilha Graciosa, lamentando que o Plano de Investimentos para 2025 “só contemple obras” que “já estavam anteriormente anunciadas”.
“Registamos o empenho dos empresários graciosenses em continuar a produzir riqueza e criar emprego na ilha, mas, o Governo [Regional], por outro lado, parece ter deixado a Graciosa ao abandono”, lamenta.
Segundo Francisco César, além da falta de pagamento do executivo regional a diversos setores da economia local, também falha na criação de uma estratégia para “a formação profissional, para a diversificação da economia, para atrair mais empresas da área da tecnologia e da área das ciências ligadas ao mar, por exemplo”.
“Parece-me que o Governo [Regional] se limita a cumprir calendário“, disse, salientando que no Plano de Investimentos para 2025, em relação a obras na ilha Graciosa, verifica-se “o mesmo que se colocou no ano anterior”.
Apesar da persistência dos empresários, o executivo de coligação “quase que amarra a ilha e não a deixa avançar”, apontou.
Como exemplo referiu o setor do turismo e alertou para o aumento da sazonalidade: “Está pior do que [estava] no passado, porque nada foi feito nessa matéria”.
Ainda a propósito da sazonalidade turística, Francisco César referiu a importância de, na época baixa, ser feita a divulgação e a promoção das ilhas mais pequenas dos Açores.
“Se queremos uma economia que floresça, que consiga dar serviços, ou que seja atrativa para quem nos visita, temos de conseguir combater exatamente o problema da sazonalidade”, concluiu.