As denúncias de mortes por falta de socorro têm vindo a acumular-se ao longo dos últimos dias. Em Cacela Velha, no Algarve, um homem de 77 anos morreu na segunda-feira enquanto aguardava a chegada de assistência médica. A notícia é esta quarta-feira avançada pela SIC, que indica que a família estima que a ambulância tenha demorado cerca de 1h40 a chegar.

Pelo menos quatro pessoas tentaram ligar para o 112 para pedir socorro para a vítima, que foi encontrada caída à beira da estrada enquanto estava a andar de bicicleta. Nessa altura, ainda estava consciente. Entretanto, uma vizinha contactou diretamente os bombeiros, que acionaram o INEM. Quando os meios chegaram ao local, o homem já estava em paragem cardiorrespiratória.

Pedro Rafael, comandante dos bombeiros de Vila Real de Santo António, diz à SIC que segunda-feira “estava a ser um dia com vários constrangimentos” e confirma que “o pedido de socorro chegou através de um popular”, tendo sido “logo acionadas uma ambulância dos bombeiros e a viatura de suporte imediato de vida do INEM”.

Este é mais um caso dos que têm sido denunciado aos longo dos últimos dias. No fim de semana foram relatadas duas mortes, em Tondela e Bragança, por atrasos no atendimento na linha de emergência 112. Na segunda-feira morreu uma utente de um lar em Castelo de Vide após esperar cerca de 1h30 por socorro. Já esta quarta-feira, o Público avançou que uma idosa, cujo pedido de socorro não foi atendido pelo INEM, morreu após se sentir mal no Tribunal de Almada.

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Utente de lar em Castelo de Vide morre após hora e meia de espera por socorro

O INEM tem reagido aos casos ao apontar a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) às horas extraordinárias como fator para as dificuldades na “prestação de cuidados de emergência dos cidadãos”. “O INEM está a implementar medidas de contingência para fazer face a este momento de maior constrangimento”, afirma.