O Ministério Público está a investigar mais três mortes causadas por alegados atrasos na prestação de socorro, devido a demoras no atendimento através da linha 112. Segundo a RTP, a Procuradoria-Geral da República confirmou que, além do caso de Almada, estão também a ser investigados os de Bragança, Cacela Velha e Vendas Novas.
A mesma televisão avança que, relativamente ao caso de Ansião, e perante a falta de indícios de crimes, a investigação já foi arquivadas. “Quanto a outras situações”, a PGR está ainda “a aguardar informação”.
As falhas ou os atrasos na resposta do serviço 112 e no encaminhamento para Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), devido à greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar têm levantado forte polémica e já terão levado à morte de pelo menos sete pessoas.
Os técnicos de emergência pré-hospitalar estiveram em greve às horas extraordinárias para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais, desde 30 de outubro, paralisação que foi suspensa na tarde de quinta-feira depois do sindicato ter assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde.
A situação tem estado a criar vários problemas no sistema pré-hospitalar e na linha de emergência 112. Na segunda-feira, a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar obrigou à paragem de 44 meios de socorro no país durante o turno da tarde, agravando-se os atrasos no atendimento da linha 112.
Pelo menos sete pessoas terão morrido na última semana em consequência dos atrasos no atendimento na linha 112, tendo o INEM já confirmado o impacto da greve.