O Presidente da República insistiu esta sexta-feira que é preciso soluções rápidas para os problemas no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e recusou comentar se a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, tem condições para se manter no cargo.
“Na vida das pessoas o que importa é isto: havendo situações que precisam de socorro, é preciso encontrar soluções que proporcionem resposta, que proporcionem esse socorro”, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, no fim de uma visita ao Bazar Diplomático, no Centro de Congressos de Lisboa.
A comunicação social questionou várias vezes o chefe de Estado sobre o modo como a ministra da Saúde geriu os problemas no INEM e se deve continuar em funções.
“Eu percebo as vossas perguntas, mas eu quero focar no que é essencial. E focar no essencial é: as pessoas que estão doentes e que estão sobretudo numa situação de emergência, esperam respostas de emergência”, argumentou o Presidente da República, insistindo que “o que interessa é encontrar respostas rápidas para os portugueses”.
Confrontado com o facto de no passado ter pedido responsabilidades por casos concretos na área da saúde e interrogado sobre qual é a diferença da situação atual, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Neste momento, concentro-me no essencial. Depois, há momentos para tudo. Este não é o momento para estarmos a falar daquilo que não é essencial”.
Os jornalistas voltaram a pedir-lhe que comentasse as condições da ministra, mas o chefe de Estado recusou: “Eu não acrescento nada àquilo que já disse e que digo, que é: há que encontrar soluções rápidas. Rápidas, quer dizer, se for possível, amanhã, melhor do que depois da manhã, ou daqui a oito dias, ou daqui a 15 ou 20 dias”.
“A mim o que me interessa como decisor político e como alguém que exerce uma função e um magistério é olhar para o problema e dizer: este problema tem de ser resolvido. É isso que me preocupa, é nisso que estou a concentrar a minha preocupação”, afirmou.
Nesta ocasião, Marcelo Rebelo de Sousa voltou também a ser questionado sobre a situação política na Madeira, mas apenas repetiu que há que esperar pela votação da moção de censura do Chega, no dia 18 deste mês: “Vamos esperar”.
Interrogado se pensa que os madeirenses querem novas eleições, retorquiu: “Não sei, francamente, não sei”.
O Presidente da República encontrou no Bazar Diplomático o presidente da Assembleia Legislativa Regional da Madeira, José Manuel Rodrigues, do CDS-PP.
“Ele disse-me que era importante a estabilidade da Madeira, foi isso que disse. E depois já não me lembro o que é que ele disse mais, mas eu não comentei, como é natural, disse só: espero que tudo corra bem na Madeira”, relatou o chefe de Estado.