O Presidente brasileiro, Lula da Silva, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, estiveram reunidos este sábado no Rio de Janeiro, no Brasil, para antecipar a cimeira de líderes do G20.

De acordo com um curto comunicado da presidência, os dois responsáveis “conversaram sobre o G20 Social, a programação da Cimeira do G20, o andamento da COP29 e as negociação sobre clima e meio ambiente que acontecem em Baku (Azerbaijão), em paralelo às atividades do G20”.

O G20 Social foi uma iniciativa promovida pelo Brasil com o objetivo de aumentar a participação de atores não-governamentais nos processos de tomada de decisão do bloco e que acontece pela primeira vez no fórum.

Nas redes sociais, Lula da Silva detalhou que um dos temas discutidos foi a importância da inclusão de medidas delineadas no G20 Social, que reúne organizações e movimentos da sociedade civil dos países membros das 20 maiores economias do mundo, nas próximas reuniões do grupo.

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“Falei ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que vamos dialogar com as próximas sedes do G20 para que adotem como prática a realização do G20 Social, ouvindo as demandas dos movimentos sociais e da sociedade civil”, escreveu o chefe de Estado brasileiro.

Este foi o primeiro encontro bilateral de Lula da Silva no âmbito da cimeira de chefes de Estado do fórum que reúne as maiores economias do mundo, atualmente presidido pelo Brasil e que se realiza entre segunda-feira e terça-feira na ‘cidade maravilhosa’.

Nos próximos dias, Lula da Silva terá vários encontros bilaterais com chefes de Estado, incluindo o Presidente norte-americano, Joe Biden, o líder chinês, Xi Jinping, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entre outros.

Na sexta-feira, o porta-voz do secretário-Geral da ONU, Stéphane Dujarric, indicou que Guterres participará na Cimeira do G20, regressando depois a Baku para assistir à cerimónia de encerramento da cimeira do clima COP29.

Precisamente um dos argumentos mais repetidos por Guterres é que são os países do G20 que mais poluem, já que, segundo dados da ONU, são responsáveis por 78% dos gases com efeito de estufa.

Além disso, o secretário-geral apelou especificamente ao G20 para que se envolva no financiamento de planos de transição energética para os países em desenvolvimento, uma questão que está no centro da cimeira deste ano sobre o clima.

Os líderes das principais economias reúnem-se a partir de segunda-feira no Brasil para a cimeira do G20, na qual vão discutir reformas das instituições internacionais, transição energética e adesão a uma aliança contra a fome.

As reuniões de segunda-feira e terça-feira no Rio de Janeiro serão presididas pelo chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, país que este ano assumiu a liderança do grupo das 20 maiores economias do mundo, que agregam cerca de dois terços da população mundial, 85% do PIB e 75% do comércio internacional.

Para além dos representantes dos países membros plenos do grupo, mais a União Europeia e a União Africana, são esperados representantes de 55 países ou organizações internacionais, entre os quais Portugal – país convidado pelo Brasil e que será representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro -, Angola e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Ao longo dos dois dias serão realizadas três reuniões que correspondem às três prioridades estabelecidas pela presidência brasileira: inclusão social e luta contra a fome e a pobreza, reforma da governação global e transição energética e desenvolvimento sustentável.