Quando foi preciso, ele apareceu. No encontro decisivo para a Suécia confirmar o regresso à Liga B da Liga das Nações, na receção à Eslováquia, Viktor Gyökeres demorou apenas três minutos para marcar e ainda fez a assistência para Isak marcar o 2-1 no final da primeira parte. As contas estavam fechadas, o avançado tinha de novo todos os holofotes em cima de si, nem por isso o discurso humilde do jogador do Sporting caía em desuso quase como se aquilo que continua a fazer na presente época fosse o mais natural do mundo.

“Transferência? Não é algo em que pense. Quero terminar a época no Sporting, estou a gostar de jogar lá. Não tenho pressa numa mudança no futuro. Veremos quando chegar a hora para isso. O mais importante é ter um papel importante na equipa e conseguir jogar. Há outros fatores que podem ter peso mas verei isso quando o tempo chegar”, comentou o avançado à imprensa sueca, falando também da saída de Ruben Amorim, da chegada de João Pereira e daquele que foi o grande momento da temporada até agora.

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“É muito triste que ele esteja a sair mas é claro que entendemos a decisão dele. Ele significou muito para mim, foi ele que me deu oportunidade e fez-me evoluir. Agora, estamos ansiosos por trabalhar com o novo treinador [João Pereira]. Hat-trick na Liga dos Campeões? Têm sido semanas divertidas, com muitos jogos, vitórias e também alguns golos. O jogo com o Manchester City significou muito. Era a Champions e o último jogo em casa do nosso treinador. Foi bom acabar bem, também foi bom para mim marcar três golos”, referiu.

Em paralelo, Gyökeres abordou também a facilidade com que consegue jogar em profundidade, respondendo também a uma pergunta sobre se era atualmente o melhor avançado na Europa. “É algo que me sinto muito confortável em fazer. Sai-me naturalmente, acho que combina muito bem com o meu jogo. Tem também a ver com feeling e timing. Muitas vezes dá resultado… Melhor? Depende de quem se gosta e o que se valoriza, o campeonato em que se joga, o rendimento. É difícil para mim responder. Posso ficar com o primeiro lugar, se me quiserem dar, mas eu não o daria a mim mesmo”, comentou o jogador leonino.

Apesar desse bom momento, havia ainda um encontro por cumprir nesta fase de grupos e com o Azerbaijão, equipa comandada pelo antigo campeão europeu Fernando Santos. Um encontro por cumprir, um encontro para brilhar, um encontro para “esmagar”: ao longo de 90 minutos com pouca ou nenhuma história, Viktor Gyökeres marcou quatro golos (26′, 37′, 58′ e 70′) e esteve envolvido nas jogadas dos outros dois, da autoria de Dejan Kulusevski (10′ e 57′). Mais: caso tivesse apontado uma grande penalidade desperdiçada por Isak no início da segunda parte, o jogador do Sporting podia superar o póquer em 89 minutos de utilização.

“Tenho fome, quero marcar mais, muitos golos. Sinto que estou em boa forma. Estou muitas vezes no sítio certo e tento finalizar na área. Fizemos o que conseguimos. Precisávamos de vencer por uma certa diferença de golos e atingimos esse objetivo. Foi uma boa noite para nós. É bom marcar tantos golos”, comentou no final da partida o dianteiro escandinavo, que aumentou números esmagadores e sem paralelo na presente época: 32 golos em 24 encontros oficiais em 2024/25 entre Sporting e Suécia, 58 golos em 54 partidas em 2024 que o colocam de forma destacada como jogador com mais remates certeiros neste ano.