Cinco estreias absolutas, entre elas “Uma História da Dança”, de Bruno Cochat, integram a nova temporada 2016/17 da Companhia Nacional de Bailado (CNB), que celebra 40 anos em 2017, e inspira-se na poesia de Ana Hatherly.

De acordo com a programação da nova temporada enviada à agência Lusa, serão apresentados 10 programas, cinco deles em estreia absoluta, um em estreia nacional, e quatro reposições, num total de 120 espetáculos, cerca de metade dançados de norte a sul do país, nas ilhas dos Açores e da Madeira.

“Quinze Bailarinos e Tempo Incerto” de João Penalva e Rui Lopes Graça, “Turbulência”, de António Cabrita, Henriett Ventura, São Castro e Xavier Carmo, uma nova versão de “La Bayadére”, de Fernando Duarte e José Capela, e um projeto ainda sem nome de Israel Garván e Carlos Pinillos, serão também projetos em estreia absoluta pela CNB.

Ainda na próxima temporada, que tem início a 15 de setembro, está prevista a apresentação de “ITMOI – In the Mind of Igor”, de Akram Khan, uma estreia em Portugal, e regressarão “A perna Esquerda de Tchaikosvski”, uma criação de Barbora Hruskova, Mário Laginha e Tiago Rodrigues.

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Também está prevista a reposição do programa com quatro coreografias “Treze gestos de um Corpo/Será que é uma Estrela/Herman Schmerman/Minus16” de Olga Roriz, Vasco Wellenkamp, Willima Forsythe e Ohad Naharin.

Está igualmente prevista uma digressão internacional do espetáculo “Tábua Rasa”, uma coprodução CNB/Vo´Arte ao SIDance Festival de Seul, na Coreia do Sul, em outubro deste ano.

Em digressão nacional, este ano, estará “Romeu e Julieta”, de Rui Horta, em setembro, a Montemor-o-Novo, e “La Bayadére” a Almada, em dezembro, e de outras peças coreográficas em 2017, a cidades como Bragança, Castelo Branco, Funchal, Angra do Heroísmo, Beja, Setúbal, entre outras.

O filme de Cláudia Varejão, “No Escuro do Cinema Descalço os Sapatos”, que teve estreia nacional em janeiro deste ano, em Lisboa, e internacional em Paris, no Centro George Pompidou, em março, será também projetado em todos os teatros onde a CNB passar em digressão nacional.

A nova temporada incluirá ainda projetos educativos, comunitários e criativos, ´master classes´, projetos de aproximação à dança, oficinas coreográficas, e cursos de dança de verão.

Sophia de Mello Breyner Andresen deu o mote à temporada de 2014/2015, a temporada que agora termina é inspirada por outra poetisa, Adília Lopes, enquanto a próxima segue a obra da artista plástica, poeta, romancista e tradutora Ana Hatherly (1929-2015).

Foi a 22 de junho de 1977, que o poeta e então secretário de Estado da Cultura, David Mourão Ferreira, assinou o despacho de criação da CNB, que em 2017 irá completar 40 anos, e é, desde 2010 dirigida por Luísa Taveira, reconduzida este ano, pelo Ministério da Cultura, até 2018.