Tóquio, Londres e Nova Iorque lideram o índice da IESE Business School, da Universidade de Navarra, em Espanha, que mediu a sustentabilidade e a qualidade de vida em 135 cidades de 55 países. Fatores como a coesão social, a economia e a inovação tecnológica puxam Lisboa e Porto, as duas únicas cidades portuguesas avaliadas, para longe dos lugares cimeiros.

Entre as vinte melhores cidades do mundo, as chamadas cidades inteligentes, 10 são europeias, seis americanas, três asiáticas e uma fica na Oceania. Apesar dos valores altos em várias categorias, Tóquio, Londres e Nova Iorque têm muito que melhorar no que toca à coesão social. Por exemplo, a capital japonesa, Tóquio, que está em primeiro lugar, é a melhor cidade em termos de capital humano, mas está no 125º lugar em coesão social.

Para ajudar as cidades a desenvolverem soluções mais eficazes, o IESE Cidades em Movimento criou um índice que analisa 50 indicadores de 10 dimensões-chave: governação, gestão pública, ordenamento do território, tecnologia, meio ambiente, alcance internacional, coesão social, transportes, capital humano e economia. A classificação das 135 cidades analisadas resulta das dimensões, que abrangem uma visão ampla e integrada de como uma cidade se está a comportar no geral, e identifica os aspetos fortes e os fracos.

Lisboa e Porto estão habituados a aparecer nos primeiros lugares de qualquer top turístico, mas em termos de funcionamento das cidades ainda há muito a fazer. O Porto surge no 67º lugar da lista. Nos pontos fortes encontram-se o capital humano, que se traduz em investigação ou na atração e manutenção do talento humano, e o ordenamento do território da Invicta. A coesão social, que tem em conta indicadores como a imigração ou a eficiência do sistema de saúde, é o ponto mais fraco, logo seguido pelo desenvolvimento tecnológico.

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A capital portuguesa encontra-se na metade inferior da lista, no 79º lugar. O indicador que mais contribui para o baixo resultado é a coesão social, onde Lisboa ocupa o 100º lugar em 135 países. Capital humano e economia também estão longe de provocar orgulho (lugar 87 e 80, respetivamente). No extremo oposto está o ordenamento do território, onde a cidade alcança o top 10. Outro indicador forte é o alcance internacional, que mede o destaque no cenário mundial, a marca da cidade em termos de planos turísticos estratégicos e atração de investimento estrangeiro.

A cidade de Santo Domingo, na República Dominicana, ficou com o último lugar da lista. Se somarmos valores de todas as cidades de um país, vemos que a Suiça é o país mais bem classificado, com três cidades no top 10: Genebra, Zurique e Basileia.

Admitindo que não existe um modelo de sucesso que possa ser aplicado a todas as cidades, Pascual Berrone, Joan Enric Ricart e Carlos Carrasco, autores do estudo, deixam alguns conselhos para subir no ranking. “A prioridade deve ser a de desenvolver espaços urbanos onde as pessoas possam viver e realizar as suas atividades com a maior oportunidade e probabilidades de sucesso, dentro de um ambiente habitável, criativo e socialmente responsável”. As cidades devem também “trabalhar no sentido de criar espaços mais atrativos e gerar uma vida mais saudável, mais feliz e mais próspera para todos os cidadãos”.

Quais são as 20 melhores cidades?

Tóquio
Nova Iorque
Zurique
Paris
Genebra
Basileia
Osaka
Seul
Oslo
Filadelfia
Los Angeles
Dalas
Copenhaga
Eindhoven
Amsterdão
Sidney
Estocolmo
Chicago
Baltimore