“Tudo à disposição para todos os esclarecimentos”, terá pensado Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Três dias depois de ter visto o seu nome colocado na guerra entre FC Porto e Benfica, por uma alegada monitorização de mensagens SMS dos encarnados, o também antigo líder da Liga, entre junho de 2010 e dezembro de 2011, quis colocar tudo em pratos limpos para que não restassem dúvidas.

Assim, e após as denúncias do FC Porto no programa Universo Porto de Bancada, no Porto Canal, Fernando Gomes, presidente da FPF, terá contactado o diretor da Polícia Judiciária e a Procuradoria Geral da República para disponibilizar todas as classificações, nomeações e relatórios de árbitros desde dezembro de 2011, altura em que trocou a Liga de Clubes pela Federação Portuguesa de Futebol.

“Desde o primeiro dia do seu mandato na FPF, Fernando Gomes tem feito um trabalho silencioso, mas eficaz, para defender a verdade desportiva. Sempre que tem conhecimento de qualquer informação ou facto que possa indiciar irregularidades ou práticas criminais, o presidente da FPF encaminhou esses dados para as entidades policiais, de investigação ou para os órgãos de justiça desportiva. Este combate, que tem sido feito de forma discreta, mas com pulso firme, não é feito na praça pública, mas nas instâncias adequadas, com competência para apurar a verdade dos factos“, tinha explicado à agência Lusa uma fonte oficial da Federação esta sexta-feira de manhã.

O Benfica monitoriza mensagens de Fernando Gomes, atual presidente da Federação e que passou pela Liga. Mensagens pessoais que tinha trocado, centenas de SMS. E agora o que têm a dizer sobre violação de correspondência privada? O que têm a dizer estas virgens ofendidas? Estão enterrados até ao pescoço. Alguém acredita que o Benfica é um competidor sério? E depois andam todos ofendidos. Os adeptos do Benfica não têm culpa nenhuma disto, mas também têm de ter real noção de quem é esta gente que tem no clube. E espero que não venham desmentir porque não quero ter de estar a mostrar as provas das mensagens“, tinha defendido Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, na passada quarta-feira.

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