A greve nacional da função pública, convocada pela Frente Comum, começa às 00h00 de sexta-feira, com os hospitais a serem os primeiros serviços afetados pela paralisação, disse esta quinta-feira a dirigente sindical Ana Avoila.
“Todos os serviços nos hospitais começam a ser afetados a partir da meia-noite, desde as urgências, que têm serviços mínimos, às cirurgias, análises ou enfermarias”, disse a dirigente da Frente Comum, que dará uma conferência de imprensa à meia-noite desta sexta-feira à porta do Hospital de São José, em Lisboa, à agência Lusa.
Ana Avoila, que acredita numa “grande adesão à greve” de sexta-feira, acrescentou que também nas autarquias, a recolha do lixo poderá ser afetada durante esta noite.
A dirigente da Frente Comum antevê ainda que “muitas escolas irão fechar” na sexta-feira por falta de auxiliares, administrativos e docentes.
Os professores também marcaram uma greve, convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em defesa dos direitos, das carreiras, da estabilidade e dos salários.
A greve será cumprida por educadores de infância, professores do ensino básico e secundário, docentes do ensino superior, investigadores e demais trabalhadores científicos que trabalham em serviços públicos ou de resposta social.
Em causa na greve nacional está a falta de respostas às reivindicações da Frente Comum, segundo a mesma, como o aumento dos salários na função pública, o descongelamento “imediato” das progressões na carreira e as 35 horas semanais para todos os trabalhadores.
Esta é a segunda greve nacional dos trabalhadores da administração pública com o atual Governo e a primeira convocada pela Frente Comum de Sindicatos, segundo a listagem cedida pela estrutura sindical.
A primeira greve com o executivo de António Costa ocorreu em 29 de janeiro de 2016 e foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública. Em causa estava a reposição das 35 horas semanais de trabalho.