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Sorri Vialli, sorri. Não faltam razões para isso (a crónica do Turquia-Itália)

Este artigo tem mais de 2 anos

Houve banho turco da Itália a abrir o Euro, entre uma primeira parte de domínio e um segundo tempo de eficácia. No banco, Vialli sorriu. E tem razões para acreditar em mais uma alegria na vida (0-3).

Demiral marcou na própria baliza a abriu caminho a uma vitória que podia até ter outros números entre os golos de Immobile e Insigne
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Demiral marcou na própria baliza a abriu caminho a uma vitória que podia até ter outros números entre os golos de Immobile e Insigne

Chris Ricco

Demiral marcou na própria baliza a abriu caminho a uma vitória que podia até ter outros números entre os golos de Immobile e Insigne

Chris Ricco

Roberto Mancini, Alberico Evani, Attilio Lombardo, Fausto Salsano, Giulio Nuciari. O banco da seleção italiana no primeiro encontro do Europeu era uma constelação de antigas estrelas que jogaram todas juntas na década de 90 na Sampdória – e com uma classe por metro quadrado nos fatos como poucos ou nenhuns. E ainda havia Daniele de Rossi, a grande referência da Roma e da squadra azzurra que teve ainda a inesperada mas pitoresca passagem pelos argentinos do Boca Juniors. Depois, Gianluca Vialli. Ou melhor, o sorriso de Gianluca Vialli.

Itália começa Euro a (con)vencer frente à Turquia, golos surgiram apenas na segunda parte

“Em dezembro completei 17 meses de quimioterapia, com um ciclo de oito e outro de nove. Foi complicado, mesmo para uma pessoa dura como eu, física e mentalmente. Os últimos exames que fiz não mostraram quaisquer sinais da doença. Estou feliz, mesmo que o diga baixinho. Estar saudável significa ver-me bem ao espelho, ver o cabelo a crescer, não precisar de desenhar mais as sobrancelhas com um lápis. Pode parecer estranho, mas sinto-me com muita sorte em comparação com muitas pessoas. Mas tenho vergonha de estar tão feliz”, admitiu o antigo avançado campeão por Sampdória e Juventus, numa entrevista ao La Reppubblica, em abril de 2020. A pandemia fazia milhares de vítimas em Itália mas Vialli tinha ganho mais um jogo. O seu jogo. Aquele bad boy que cresceu no Castelo di Belgioioso, filho de um self made man milionário, voltava a sorrir.

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“Tenho vergonha de estar tão feliz”. A história de Vialli, o bad boy que cresceu num castelo e superou luta de 17 meses contra um cancro

Esta sexta-feira, o agora diretor da seleção transalpina tinha todas as razões para sorrir. A pandemia ainda não passou mas os adeptos voltaram ao estádio (cerca de 20% do Olímpico de Roma), a bola voltou a rolar, a alegria pura de um jogo de futebol entrou em campo. Mais: no caso de Vialli, iriam seguir-se 90 minutos de completo domínio dos transalpinos, a jogar bem, a controlar as operações, a “secar” por completo uma Turquia que só resistiu e a custo na primeira parte. A Itália das experiências táticas voltou ao futebol em 4x3x3, gosta de jogar também com bola e entrou a ganhar por 2-0 no Europeu. E vão nove vitórias seguidas. E vão quase três anos sem consentir sequer uma derrota. Alguém tem mesmo dúvidas que os transalpinos serão candidatos ao título? Depois deste encontro, talvez não. E Ginaluigi Vialli pode acreditar em mais uma grande vitória.

O jogo a três toques

Para recordar

Kanté foi a grande referência do Chelsea nos jogos decisivos da Liga dos Campeões. Com o Real, na final com o Manchester City, antes com o Atl. Madrid. Uma pequena grande máquina que fazia funcionar toda uma equipa e que por ser tão bom ofuscava quem estava à sua volta, tanto que até o facto de Kovacic ter começado a ficar no banco passou ao lado. E não, não foi pelo francês. Jorginho, médio nascido no Brasil mas em Itália desde os 15 anos entre muitas dificuldades nos primeiros tempos, transformou-se o mais discreto dos discretos heróis da equipa de Tuchel e voltou a ter um encontro de afirmação no arranque do Europeu, “empurrando” com a inteligência tática, oe posicionamento e os passes de rutura a Itália para o meio-campo turco. Se Locatelli foi uma aposta ganha de Mancini para este jogo inaugural, Jorginho é a aposta ganha de Mancini para qualquer jogo.

Para esquecer

Só na primeira parte a Itália pediu penálti em três ocasiões. Na primeira não tinha razão, na segunda até podia ter razão, na terceira devia ter razão – embora não fosse essa a decisão do VAR, que considerou que o corte de Zeki Çelic com o braço aberto foi involuntário. No entanto, com mais ou menos razão, o que fica é o critério (?) da UEFA: menos de três meses depois de Ronaldo ter visto um golo completamente limpo anulado na Sérvia, num jogo que poderá ainda ter influência nas contas da fase de apuramento para o Mundial, apostar no árbitro holandês Danny Makkelie para arbitrar o encontro de estreia do Europeu é no mínimo uma incoerência, mesmo tomando em linha de conta que o árbitro assistente dessa partida acabou por ser afastado da equipa. E, num encontro que foi fácil de dirigir do início ao fim, houve ainda alguns erros evitáveis ao longo da partida…

Árbitro assistente que não validou golo a Ronaldo afastado do Euro2020

Para valorizar

Ao contrário do que era esperado, Mancini deixou Verratti de fora no meio-campo lançando Locatelli de início e abdicou de Chiesa na frente para colocar Berardi. Numa e noutra opção, ganhou: Locatelli, jogando até mais próximo de Jorginho, esteve em grande plano deixando Barella, outro artista da bola, num plano secundário; Berardi foi figura nos dois primeiros golos depois de uma primeira parte em que foi arriscando diagonais com remates de meia distância sem sucesso. Não sendo elementos com as mesmas características do que aqueles que deveriam ser titulares, foram elementos que conseguiram ter uma quota parte importante na avalanche de futebol ofensivo dos transalpinos que deixou a Turquia presa por completo num colete de forças.

Os golos e o resumo do jogo, em vídeo

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