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  • Marcelo diz que regulação da guarda das crianças pode ter estado ligada a ataque

    O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, levantou hoje a possibilidade de o atacante do Centro Ismaili ter agido na sequência de uma possível intervenção da comunidade face à guarda dos filhos menores do afegão.

    Questionado sobre o acompanhamento prestado aos refugiados em Portugal, o Presidente sublinhou que a Comunidade Ismaili é exemplo nessa área, dizendo que até pode ter sido essa intervenção próxima a estar na origem do ataque. “O acompanhamento aqui não podia ser mais atento. Precisamente se houve problemas é por ser muito atento”, afirmou Marcelo.

    Se houve reação pessoal — vamos ver se é essa a explicação, pessoal e familiar — é precisamente porque houve da parte da comunidade a preocupação com aquela família“, acrescentou. “Acontece em muitas famílias que as ações perante a regulação do poder parental suscitam reações.”

  • Obrigada por nos ter acompanhado na cobertura do caso de um ataque com arma branca no Centro Ismaili em Lisboa na passada terça-feira. Este liveblog termina aqui.

    Para saber mais, leia a reportagem no local da jornalista Rita Pereira Carvalho, onde pode saber mais sobre Abdul Bashir, sobre as vítimas do ataque e os detalhes sobre o que aconteceu no tempo ismaelita em Lisboa.

    Abdul chegou a Portugal com feridas abertas e a calma do Centro Ismaili ruiu quando pegou numa faca

    Recorde também este artigo para compreender o que são episódios psicóticos — uma das teses em cima da mesa para explicar o ataque perpetrado por Abdul Bashir. E leia também este trabalho do jornalista Luís Rosa sobre como a Polícia Judiciária afastou a possibilidade de terrorismo neste caso.

  • Parlamento aprova voto de pesar e faz um minuto de silêncio pelas vítimas do ataque

    O Parlamento acaba de aprovar por unanimidade um voto de pesar, apresentado por Augusto Santos Silva, pelas vítimas do ataque no Centro Ismaili de Lisboa, que se fez representar nas galerias, ao lado de familiares das vítimas. O texto aprovado elogia o espírito “generoso e solidário” das vítimas e a resposta “pronta” da polícia e dos serviços de emergência médica, assim como as manifestações solidárias da sociedade portuguesa.

    “Tenho a certeza de isto em nada prejudicará a integração da comunidade entre nós”, diz Santos Silva. Os deputados, tal como a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, levantam-se para aplaudir os representantes da comunidade e fazem de seguida um minuto de silêncio. Entretanto, o Chega anuncia que vai apresentar uma declaração de voto.

  • No Centro Ismaili, Marcelo insiste em tese sobre problemas de guarda parental e diz que vai tentar ir ao funeral das vítimas

    Marcelo Rebelo de Sousa voltou esta tarde a visitar o Centro Ismaili de Lisboa para elogiar a “reação tão pacífica e serena” da comunidade e a “eficiência e comunicação direta e clara” da polícia neste caso.

    Quanto aos motivos do atacante, o Presidente da República, que na quarta-feira tinha sugerido que poderia ter tido a ver com questões da guarda parental dos filhos, remeteu para as investigações mas voltou a sugerir que “ver a parentalidade numa situação complexa” pode ter contribuído para o desfecho trágico — mesmo que diga não ter “informação” sobre o assunto.

    “Uma comunidade pode fazer o que estava a fazer, cumprindo a sua missão notavelmente, mas isso não significa que não tenha havido acompanhamento permanente dos problemas na vida familiar e pessoal”, acrescentou.

    O Presidente diz que “na medida do possível” tentará estar presente nas cerimónias fúnebres das duas vítimas mortais.

  • Filhos do atacante vão continuar na instituição de acolhimento para onde foram levados

    Os três filhos do autor do ataque no Centro Ismaili de Lisboa vão continuar na instituição de acolhimento para onde foram levados, por decisão do Tribunal de Loures.

    A SIC Notícias avança que ficou, assim, confirmada a decisão que tinha sido tomada pela CPCJ de Odivelas. As autoridades estarão agora à procura de familiares vivos das três crianças que as possam acolher, para permitir que os irmãos continuem juntos.

  • Atacante estava a receber ameaças dos talibãs para voltar para o Afeganistão, diz presidente da comunidade afegã em Portugal

    Segundo Omed Taheri, os taibãs estavam a ameaçar os pais do atacante para que este voltasse para o Afeganistão. O presidente da comunidade afegã declarou ainda que não conhecia Abdul Bashir.

    Atacante estava a receber ameaças dos talibãs para voltar para o Afeganistão, diz presidente da comunidade afegã em Portugal

  • Parlamento debate "imigração e segurança" na próxima quarta-feira

    Na sequência do ataque no Centro Ismaili, em Lisboa, o Parlamento vai realizar na próxima quarta-feira, 5 de abril, um debate de atualidade “sobre imigração e segurança”, requerido pelo Chega.

    Parlamento debate “imigração e segurança” na próxima quarta-feira

  • Centro Ismaili. O que origina um surto psicótico?

    PJ afasta hipótese de terrorismo e aponta para surto psicótico. O que é, o que o provoca e quais os procedimentos legais para este tipo de casos? Uma conversa com a psiquiatra forense Sofia Brissos.

    Ouça aqui a entrevista à Rádio Observador na íntegra

  • CPR espera que ato "grave" não suscite racismo e xenofobia

    O Conselho Português para os Refugiados (CPR) defendeu ser “imperativo” que a “situação grave” no Centro Ismaili “não se transforme em desencadeadores de racismo e xenofobia”.

    O CPR entende que “é sempre possível melhorar os financiamentos existentes e desta forma reforçar o trabalho de dezenas de entidades de acolhimento”.

    Segundo a entidade, neste momento de “choque e luto”, é transmitida “comoção e solidariedade para com a Comunidade Ismaili”. “O nosso pensamento dirige-se também às famílias das vítimas e a toda a equipa, a quem desejamos força e esperança”, acrescenta o CPR.

  • Centro Ismaili: "Acolhemos bem refugiados afegãos"

    “Como de outras partes do mundo”. Riaz Issa, membro do Centro Ismaili desmente o fundador da Associação da Comunidade Afegã que falou “numa falta de abertura do Centro Ismaili aos afegãos”.

    Ouça aqui a entrevista à Rádio Observador na íntegra.

  • Câmara de Lisboa aprova voto de pesar por vítimas de “ataque hediondo” ao Centro Ismaili

    A Câmara de Lisboa aprovou hoje um voto de pesar pela morte de duas mulheres vítimas de um “ataque hediondo” no Centro Ismaili, salientando que o município “é e sempre será uma cidade aberta, da diversidade e da inclusão”.

    “O momento é de pesar e solidariedade com as vítimas deste ataque hediondo”, lê-se no voto aprovado por unanimidade na reunião pública da câmara e subscrito por todos os vereadores do executivo municipal, nomeadamente a liderança PSD/CDS-PP, PS, PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).

  • PJ já começou as buscas na casa de Abdul Bashir

    A Polícia Judiciária começou pelas 17h55 as buscas em casa do atacante do Centro Ismaili. Segundo a SIC Notícias, estão pelo menos cinco agentes no apartamento que fica num prédio em Odivelas.

  • Ventura diz que chumbo de audição ao MAI é "caricato" e nega ter associado caso a terrorismo: "Só coloquei a hipótese"

    No Parlamento, André Ventura “lamenta” o facto de PS e BE terem chumbado a audição ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, sobre o ataque e diz que a decisão é “caricata” porque o próprio governante tinha dito ter disponibilidade para prestar esclarecimentos. Ainda assim, promete “nos próximos dez minutos” falar com os líderes dessas bancadas e propor a retirada da palavra terrorismo do requerimento.

    “A questão que fica é: o que têm a esconder, num caso que lança tantas dúvidas?”, pergunta, reforçando dúvidas sobre mecanismos da política de imigração que terão “falhado”, segundo o Chega, apesar de a polícia já ter descartado que se trate de um caso de terrorismo.

    O afastamento do cenário de a motivação ser religiosa já dá alguma “tranquilidade” ao partido, diz. “Se não havia nada a controlar, diga isso e nós aceitaremos. Crimes acontecem em todos os países do mundo”, acaba por dizer, já depois de questionado pelos jornalistas sobre o facto de ter sido a própria Polícia Judiciária a falar na hipótese de o atacante ter tido um surto psicótico, que classificara minutos antes como uma “fantasia”.

    “Notícias recentes mostram que este homem seria um dissidente da comunidade ismaelita, o que adensa suspeitas”, insiste Ventura, anunciando que vai agendar potestativamente um debate sobre imigração, segurança e terrorismo na reunião de líderes parlamentares que está neste momento a decorrer — diz que o debate tem a ver com este caso concreto, mas não só, e que não o que associar “exclusivamente” ao ataque de terça-feira.

    Questionado pelos jornalistas, Ventura diz ainda que é “falso” que tenha associado o caso a terrorismo, alegando que só “colocou” a hipótese. “Se o autor disto fosse português, já tínhamos chamado dez mil ministros. Como não é, estamos com pinças. Isto é uma palhaçada do PS”.

  • Polícia Judiciária aguarda mandado para buscas na casa

    A Polícia Judiciária aguarda o mandado para realizar buscas na casa do atacante do Centro Ismaili. A informação foi avançada pela RTP, que falou com o administrador do condomínio.

    Segundo a estação televisiva, os elementos da PJ que se deslocaram ao prédio em Odivelas na segunda-feira não entraram na habitação, tendo garantir apenas que ninguém tentaria ir à casa.

  • Filhos do atacante ao Centro Ismaili não estavam sinalizados pela CPCJ

    Os três filhos de Abdul Bashir, o atacante ao centro Ismaili que matou duas mulheres, não estavam sinalizados pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), adiantou fonte oficial da instituição ao Observador.

    Segundo a CPCJ, “não existia processo de promoção a favor das três crianças”.

    Além disso, de acordo com a comissão, foi “aplicado um procedimento de urgência por esta comissão, tendo os processos sido remetidos ao Ministério Público, seguindo os trâmites legais”.

    Marcelo Rebelo de Sousa admitiu hoje que o ataque no Centro Ismaili pode estar ligado a exercício do poder parental.

    “Se houve reação pessoal — vamos ver se é essa a explicação –, pessoal, familiar, é precisamente porque houve da parte da comunidade a preocupação com aquela família, com o enquadramento familiar e o comportamento no quadro da família. Mas isso, sabem, acontece com muitas famílias em que as reações perante a intervenção de instituições quanto ao exercício do poder parental suscitam reações”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

  • Ministro da Saúde garante que SNS dá apoio psicológico a refugiados: é "uma linha política que não é objeto de debate"

    O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, deixou hoje a garantia de que os refugiados e requerentes de asilo em Portugal têm acesso a cuidados de saúde psicológicos no Sistema Nacional de Saúde, porque essa é “uma linha política que não é objeto de debate”.

    Questionado sobre o caso do atacante ao Centro Ismaili e se não é necessário rever os mecanismos de apoio psicológicos a requerentes de asilo, Pizarro garantiu que tal já acontece. “Estamos a fazê-lo e vamos continuar a fazê-lo”, disse, sublinhando que há uma particular atenção aos utentes que chegam ao SNS vindos destes contextos.

    “O SNS dá acesso a todas as pessoas, quer a situação esteja ou não regularizada”, relembrou o ministro.

  • Fundação Ajuda à Igreja que Sofre condena ataque e diz que lugares de culto devem ser sagrados

    A Fundação AIS (Ajuda à Igreja Sofre) manifestou hoje solidariedade com a comunidade ismaelita após o ataque de terça-feira e defendeu que os lugares de culto devem ser sempre “respeitados e preservados como espaços sagrados”.

    “Independentemente das motivações que estiveram na origem deste ato criminoso, os lugares de culto e das respetivas comunidades devem ser sempre respeitados e preservados como espaços sagrados, sendo que nada justifica o recurso à violência”, defendeu a diretora do secretariado nacional da Fundação AIS, Catarina Martins de Betencourt.

    Citada num comunicado hoje divulgado, em que a fundação manifesta consternação com o ataque de terça-feira no Centro Ismaili de Lisboa e solidariedade para com os familiares das vítimas e a comunidade ismaelita, a responsável lembra ainda que “não se têm registado casos significativos de violência nem de discriminação por motivos religiosos” em Portugal.

  • Comunidade ofereceu-se para acolher os filhos do atacante em famílias

    Depois da comunidade se ter oferecido para acolher os filhos do autor do ataque desta terça-feira no Centro Ismaili em famílias, a solução provisória encontrada foi colocar as crianças numa instituição onde continuam em contacto com a comunidade e a frequentar o centro mantendo as rotinas escolares, segundo fonte oficial do Centro Ismaili. A decisão definitiva será tomada mais tarde.

    Filhos menores de agressor estão numa instituição mas mantêm rotinas, diz Centro Ismaili

    As crianças passaram a noite anterior juntas, numa instituição, depois de terem estado com amigos e conhecidos da comunidade, ao fim do dia no centro. Para manter rotinas, os psicólogos da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e a comunidade entenderam que esta seria a melhor solução para estes primeiros dias. A comunidade está em contacto através da instituição e as crianças continuam a ir ao centro. Posteriormente, será concertada uma decisão definitiva.

  • PS e BE chumbam audição do ministro da Administração Interna sobre ataque ao Centro Ismaili

    O requerimento do Chega para a audição urgente do ministro da Administração Interna a propósito do ataque de terça-feira no Centro Ismaili, em Lisboa, foi hoje chumbado com os votos contra do PS e do BE.

    Na votação efetuada na sessão da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o requerimento apresentado na terça-feira, horas depois do ataque ocorrido, contou ainda com a abstenção do PAN e os votos favoráveis do Chega, PSD e Iniciativa Liberal.

  • O crime no Centro Ismaili foi um ato isolado?

    Duas mulheres foram assassinadas num centro religioso. O suspeito é um refugiado. O que aconteceu foi um ato isolado ou algo mais? Uma conversa com Pedro Rainho, editor adjunto de Sociedade, para ouvir aqui, no podcast “A História do Dia” da Rádio Observador.

    O crime no Centro Ismaili foi um ato isolado?

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