O Brasil ultrapassou esta terça-feira a barreira das 450 mil mortes (452.031) devido à Covid-19 e aproxima-se de 16,2 milhões de infeções pelo novo coronavírus (16.194.209), informou o executivo.

Desse total, 2.173 óbitos e 73.453 casos de infeção foram contabilizados nas últimas 24 horas, com especialistas em Saúde a preverem uma terceira vaga da pandemia no país, mesmo sem a segunda ter chegado ao fim.

Os números de vítimas mortais quase triplicaram face aos registados no dia anterior (790), mas as autoridades governamentais frisam que os dados são sempre consolidados às terças-feiras, uma vez que faltam recursos humanos para testar e recolher informações durante os fins de semana.

Os dados confirmam o Brasil, com 212 milhões de habitantes, como o segundo país com mais vítimas mortais em todo o mundo, em termos absolutos, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais diagnósticos de Covid-19, antecedido pelos norte-americanos e pela Índia.

O governo britânico hoje foi criticado por recomendar restrições regionais sem avisar as respetivas autoridades locais.

As instruções do governo contra o convívio em espaços fechados e viagens para dentro ou fora das zonas mais afetadas pela variante B1.617.2, descoberta primeiro na Índia, foram hoje motivo de debate no Parlamento.

“Porque é que essas instruções apareceram num ‘site’ na noite de sexta-feira não foram comunicadas a ninguém? Porque é que os Diretores de Saúde Pública locais e os líderes das autoridades locais não foram consultados”, questionou o porta-voz do Partido Trabalhista para a Saúde.

As orientações dadas pelo Ministério da Saúde britânico, diferentes das regras para o resto do país, afetam as áreas de Kirklees, Bedford, Burnley, Leicester, North Tyneside, bem como Bolton e Hounslow.

Mais de meio milhão de vacinas contra a Covid-19 foram administradas na última semana em Portugal, que tem 34% da população com a primeira dose tomada, indicou esta terça-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o relatório semanal da vacinação divulgado pela DGS, 3.526.688 pessoas já estão vacinadas com a primeira dose e 1.654.55 já têm a vacinação completa, tendo sido administradas na última semana um total de 516.911 doses.

A vacinação do grupo etário das pessoas com mais de 80 anos sofreu uma ligeira alteração em relação à semana anterior, estando agora 96% (646.721 idosos) com a primeira toma já administrada e 90% (607.257) com as duas doses tomadas.

Já na faixa entre os 65 e 79 anos, 92% das pessoas desse grupo (1.471.719) já recebeu a primeira dose, percentagem que baixa para os 30% (473.148) no que se refere à vacinação completa.

No grupo entre os 50 e os 64 anos, 44% (941.130) já foram vacinados pela primeira vez e outros 13% (285.780) já receberam as duas doses de vacina contra a Covid-19.

De todas as regiões, incluindo as ilhas, o Alentejo é a que tem a maior percentagem da população vacinada. Com mais 25.288 administradas em relação à semana passada, 41% da população levou a primeira dose e 21% tem a vacinação completa, num total de 292.725 de pessoas que já levaram pelo menos um dose da vacina.

Não olhando para percentagens, é o Norte que está à frente no número de pessoas com pelo menos uma dose de uma das vacinas, com 1.756.275 doses administradas — mais 179.662 do que na última semana. Contudo, este valor corresponde a 34% da população desta região com a primeira dose e 15% com a vacinação completa. Este é um valor que não difere muito de Lisboa e Vale do Tejo que tem, com 1.705.909 doses administradas, 32% da população com, pelo menos, a primeira dose de uma vacina.

O Alentejo tem a maior parte da população vacinada

Em relação à semana anterior, houve mais 300.628 pessoas vacinadas com a 1ª dose e mais 216.283 que completaram a vacinação. Ao todo, 90% dos portugueses com mais de 80 anos — 607.257 — têm agora a vacinação completa. Na faixa etária entre os 65 e 79 anos, esta percentagem desce para 30%. Contudo, no mesmo intervalo de idade, 92% dos desses portugueses já levaram a primeira dose.

Dados do relatório de vacinação da 20ª semana

34% dos portugueses (3.526.688) já foram vacinadas com a 1ª dose de uma vacina contra a Covid-19, revelou a DGS no vigésimo “Relatório de Vacinação” em Portugal. Ao todo, apenas 16% (1.654.55) das pessoas foram vacinadas com duas doses.

França registou 3.155 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, com 198 mortes nos hospitais nesse período e outras 23 em lares de terceira idade e centos de apoio desde a passada sexta-feira. Ontem, as autoridades sanitárias registaram 9.704 novos casos e 70 óbitos associados à doença.

O total de casos confirmados ascende a 5,6 milhões desde o início da pandemia, enquanto as mortes ascendem a 108.879.

Na passada terça-feira, o número de novos positivos diários situava-se nos 17.210, e a de mortes, nos hospitais como em centros de apoio, em 228.

No total permanecem 19.430 pessoas hospitalizadas em França por Covid-19, com um balanço de menos 217 doentes num período de 24 horas. As unidades de cuidados intensivos acolhem 3.447 pessoas infetadas, menos 49 face a segunda-feira.

Desde finais de dezembro que França administrou pelo menos uma dose da vacina a 23,7 milhões de pessoas, 35,4% da população total, enquanto 9,91 milhões já garantiram as duas doses (14,8%).

No boletim diário, a Direção Regional de Saúde indica que, nas últimas 24 horas, foram identificados 13 novos casos de infeção por SARS-CoV-2, mais uma morte e 16 pessoas recuperadas da doença.

Assim, existem atualmente 263 casos ativos de Covid-19 na região.

“A região passa a contabilizar 9.400 casos confirmados de Covid-19” desde o início da pandemia, lê-se ainda no boletim epidemiológico divulgado pela autoridade de saúde do arquipélago.

Espanha registou 5.359 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 3.652.879 o total de infetados até agora, numa altura em que o número de contágios continua a descer.

Segundo o Ministério da Saúde espanhol também foram hoje notificadas mais 90 mortes atribuídas à pandemia, passando o total de óbitos para 79.801.

A incidência acumulada (contágios) continua a baixar, passando de 129 (ontem) para 128 casos diagnosticados por cada 100.000 habitantes nos 14 dias anteriores.

Nas últimas 24 horas, deram entrada nos hospitais de todo o país 549 pessoas com a doença (399 ontem).

Por outro lado, desceu para 5.412 o número de hospitalizados com Covid-19, o que corresponde a 4,3% das camas, dos quais 1.552 pacientes estão em unidades de cuidados intensivos, o que corresponde a 15,9% das camas desses serviços.

Os serviços sanitários espanhóis também anunciaram hoje que 8,2 milhões de pessoas já estão completamente vacinadas contra a Covid-19 (17,4% da população total), e 17,0 milhões têm pelo menos uma das doses (35,7%).

Itália soma mais 3.224 casos de infeção por Covid-19 e 166 mortes nas últimas 24 horas, além de 11.348 recuperados, segundo o Ministério da Saúde do país.

Comparando com segunda-feira, os novos casos aumentaram (2.490 ontem) e as mortes também (110). No entanto, o número de casos confirmados diminuiu em relação à terça-feira passada (4.452), bem como o de óbitos (201 no dia 18).

São no total 4.197.892 pessoas infetadas desde o início da pandemia e já morreram 125.501 neste país europeu pelo novo coronavírus.

Fernando Almeida recomendou a quem participe em eventos de maiores dimensões, como casamento e batizados, que “assumam um pouco de responsabilidade” e façam testes anteriormente.

Ainda sobre a matriz de risco, Lacerda Sales disse entender que a matriz está “muito bem incorporada” e é bem compreendida pelos portugueses. “Mais do que mexermos na matriz de risco, temos de olhar para as medidas que estão inerentes à matriz de risco”, acrescenta. Quaisquer alterações serão aconselhadas pelos peritos que trabalham com o Governo.

Questionado sobre a aceleração da vacinação nas faixas etárias que mais têm contribuído para o aumento da incidência em Lisboa não será como “beneficiar o infrator”, Lacerda Sales considerou que se trata de “beneficiar a saúde pública”, entendendo que assim também se protegem mais os outros cidadãos.

O secretário de Estado recorda que o Governo tem uma matriz de risco “bem definida” e que o confinamento e desconfinamento devem ser guiados por ele. “A matriz de risco é a nossa Estrela Polar”, comparou Lacerda Sales, que recusou abrir exceções para determinados concelhos.