Pouco tempo depois de o Governo anunciar as novas medidas para travar a propagação da Covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo — como a alegada aceleração da vacinação –, o presidente da Câmara do Porto gravou uma declaração em vídeo, publicado no site oficial da autarquia, onde diz ser “inaceitável que subitamente se crie uma situação de verdadeira exceção” quanto ao recrudescimento da Covid-19 naquela região.

Estas declarações foram feitas ainda antes de o Observador ter noticiado que, afinal, não há qualquer aceleração da vacinação na região de Lisboa, contrariamente ao anunciado, dado que o calendário apresentado corresponde ao que tinha sido já definido para todo o território nacional.

Lisboa, afinal, não vai ser exceção. Vacinação para maiores de 30 e 40 arranca na mesma altura em todo o país

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No vídeo, Rui Moreira exige ao Governo e às autoridades de saúde “um tratamento equitativo” no país no combate à pandemia, afirmando que “não se podem alterar regras só porque se trata de Lisboa”, pois, segundo ele, isso “prejudica a unidade nacional”, critica.

“Depois do que sucedeu em Lisboa e Vale do Tejo, e estão identificadas as razões pelas quais houve este crescimento súbito, e muito preocupante, do número de casos, aquilo que se esperava é que fossem tomadas medidas semelhantes àquelas que foram tomadas no resto do país”, declara o autarca, acrescentando que as ordens “são emanadas do centro do poder”.

Na mesma declaração, Moreira garante que “não pode deixar de causar alguma revolta, quando municípios como o Porto se esforçam para fazer centros de vacinação drive-thru e isso é recusado pelo Ministério da Saúde”.