O BCE considera o Sberbank Europe AG, na Áustria, e as suas subsidiárias na Croácia e na Eslovénia em falência. O Sberbank Europe AG é detido na totalidade pelo Sberbank da Rússia, detido maioritariamente pela Federação Russa.

A consideração de que estava insolvente aconteceu, segundo o BCE, depois de uma saída de depósitos em resultado dos impactos reputacionais com a situação geopolítica. Os depositantes, em parte, estão protegidos pelos fundos de garantia nacionais qe cobrem até um certo limite, até 100 mil euros.

A classificação do BCE de bancos em falência foi determinada pela assunção de que no futuro próximo o banco não consegue pagar aos seus credores ou cumprir com estas obrigações.

O BCE considera que não há medidas que possam salvar a situação dos bancos. Mas cabe agora ao conselho do mecanismo único de resolução de confirmar a insolvência ou a iminente falência e implementar os passos subsequentes.

• Um longo comboio de tropas terrestres russas estará a dirigir-se para Kiev, de acordo com imagens de satélite recolhidas pela empresa norte-americana Maxar Technologies — especialista, entre outras coisas, na captação de imagens de satélite para serviços de informação e segurança nacional. Tratar-se-á de uma fileira de cerca de 5.2 quilómetros de forças terrestres russas, que estará a viajar em veículos armados e com combustível. Ao início da noite, estas tropas pareciam estar a encaminhar-se para Kiev e estariam a cerca de 65 quilómetros da capital ucraniana.
• Nas últimas horas, as autoridades ucranianas confirmaram que as tropas russas tomaram controlo da cidade ucraniana de Berdyansk — uma cidade portuária que tinha cerca de 100 mil habitantes antes da guerra começar e que fica no sul da Ucrânia, a cerca de 600 quilómetros a sudeste da capital Kiev. Fica mais perto, isso sim, de Mariupol (a cerca de 80 km) e de Donetsk (a cerca de 200 quilómetros a sul desta região, controlada por separatistas pró-russos). As tropas russas ainda não terão conseguido assumir o controlo de cidades que desejam, como Kharkiv e sobretudo Kiev.
• Os 27 Estados-membros da União Europeia aprovaram nas últimas horas, sem votos contra, um pacote de 450 milhões de euros para compra e envio de armamento para a Ucrânia e um outro pacote de 50 milhões de euros para compra e envio de material não militar — bens que poderão escassear no país como, por exemplo, combustível.
• Na conferência de imprensa em que anunciou os pacotes financeiros da UE para a Ucrânia, o alto representante para a política externa da União Europeia, Josep Borrell, aludiu ainda a sanções económicas prometendo que a UE vai “atrás da elite que apoia Putin e que tem beneficiado do regime”. Borrell garantiu também que a UE vai apoiar os países europeus que acolherem os refugiados de guerra ucranianos e assumiu o receio “que a Rússia possa não parar na Ucrânia”. Porque não é ainda possível perceber “o que Putin pode fazer a seguir”, será preciso “começar a trabalhar com os países vizinhos, como a Geórgia e a Moldávia, e com a região dos Balcãs”..
• Segundo o Governo ucraniano, já morreram pelo menos 352 civis na guerra — destes, pelo menos 14 são crianças. Os registos do ministério do Interior da Ucrânia apontam ainda para 1.684 civis já feridos, 116 dos quais crianças.

• Em entrevista à Euronews, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reagiu às declarações do Presidente ucraniano que este sábado, em duas intervenções distintas, tinha pedido para que “uma discussão de longa data” se definisse: a “adesão da Ucrânia à UE”. Há vários anos que os políticos ucranianos têm sinalizado o desejo de pertencer à União Europeia (tal como a NATO) e na entrevista à Euronews a presidente da Comissão Europeia apontou: a Ucrânia “faz parte de nós, é um de nós… queremos que entrem”. O processo é longo, mas até aqui, nas declarações feitas sobre o assunto, os responsáveis europeus tinham-se mostrado sempre mais cautelosos e reticentes quanto à hipótese.

• O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, destoou este domingo dos principais líderes mundiais ao recusar-se a condenar veementemente a invasão da Ucrânia pela Rússia. Bolsonaro revelou ter estado “duas horas” ao telefone com Putin, explicou que o Brasil vai manter-se neutro em relação ao conflito — porque a economia brasileira faz negócio com a Rússia e porque “não podemos interferir, queremos a paz mas não podemos trazer as consequências para cá” — e falou pejorativamente sobre o Presidente ucraniano, Zelensky: “O povo [ucraniano] confiou num comediante para traçar o destino da nação”.

O jornal ucraniano The Kyiv Independent partilhou na sua conta oficial na rede social Twitter a ovação de pé e a solidariedade manifestada pelos adeptos do Benfica ao futebolista ucraniano Roman Yaremchuk, no jogo que opôs esta noite o clube encarnado ao Vitória de Guimarães, no Estádio da Luz.

No tweet, o jornal ucraniano nota que Yaremchuk “recebeu uma ovação de pé ao entrar em campo” e que a braçadeira de capitão foi entregue ao futebolista da Ucrânia, que se emocionou. Pode ver as imagens aqui:

Ukrainian footballer Roman Yaremchuk received a standing ovation when entering the field to play for Benfica against Vitoria in show of support for Ukraine.

Yaremchuk also got to wear the captain's armband.

P.S. Congrats on the victory, @SLBenfica

Video: slbenfica/Instagram pic.twitter.com/Fi5nRhdy0o

— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) February 27, 2022

O Reino Unido vai enviar perto de 47 milhões de euros em ajuda humanitária à Ucrânia, anunciou o gabinete de Boris Johnson.

O financiamento tem como objetivo “ajudar as agências [locais] a responder à deterioração da situação humanitária” e garantir que na Ucrânia não faltarão medicamentos e equipamento médico e de enfermagem para tratar os feridos.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, destoou este domingo dos principais líderes mundiais ao recusar-se a condenar veementemente a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Falando aos jornalistas em Guarujá, no litoral de São Paulo, onde se deslocou para passar o Carnaval, Jair Bolsonaro revelou que conversou este domingo com o Presidente russo, Vladimir Putin. “Ficámos duas horas ao telefone”, disse inclusivamente, citado pelo portal de notícias brasileiro G1.

Lembrando que o Brasil tem necessidades comerciais que envolvem negócios com a Rússia (“o Brasil dependente de fertilizantes”), Bolsonaro disse que Putin lhe falou da situação na Ucrânia mas preferiu não detalhar esses comentários feitos ao telefone pelo chefe de Estado russo.

Bolsonaro apontou ainda: “Não podemos interferir. Queremos a paz, mas não podemos trazer consequências [da guerra] para cá”. E acrescentou: “Parece-me que não há interesse por parte do líder russo de praticar um massacre. Ele está interessado em duas regiões do sul da Ucrânia que, em referendo, mais de 90% da população [local] quis que se tornassem independentes, aproximando-se da Rússia”.

Bolsonaro falou ainda sobre Zelensky, que tem sido amplamente elogiado pelo mundo pela coragem demonstrada ao não abandonar o país e ao prometer resistência à invasão russa: “O comediante que foi eleito presidente da Ucrânia… o povo confiou num comediante para traçar o destino da nação. Vou esperar o relatório da ONU para emitir a minha opinião”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deu uma entrevista à Euronews em que manifesta a vontade de vir a ter a Ucrânia como Estado-membro da União Europeia.

Este é um velho anseio de Zelensky e dos líderes políticos ucranianos dos últimos anos (tal como a pertença à NATO), a que a UE se mostrava reticente. Até agora. O desejo foi reiterado este sábado em dois momentos distintos pelo presidente ucraniano, Zelensky, que recorreu ao Twitter para pedir: “É um momento crucial para encerrar de uma vez por todas uma discussão de longa data e decidir sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia (UE)”.

Agora, na entrevista, Ursula von der Leyen defende que a Ucrânia “faz parte de nós, é um de nós… queremos que entrem”.

O processo de adesão de um país à União Europeia é invariavelmente longo e demorado — o antecessor de Zelensky na presidência da Ucrânia, aliás, chegou a apontar para 2024 como uma data desejável para o país ser considerado elegível, de modo a que a adesão pudesse confirmar-se e oficializar-se na próxima década (2030’s). Pode ler mais sobre esses antecedentes aqui:

Ucrânia quer aderir à UE. Quais são os perigos e resistências?

Ursula von der Leyen lembrou ainda na entrevista que a UE e a Ucrânia têm estabelecido acordos comerciais de modo a “integrar o mercado ucraniano no mercado único” europeu.

Um longo comboio de tropas terrestres russas estará a dirigir-se para Kiev, de acordo com imagens de satélite citadas e mostradas pelo jornal britânico The Guardian. Também na rede social Twitter surgiram imagens similares às difundidas pelo jornal britânico.

As imagens terão sido disponibilizadas pela empresa norte-americana Maxar Technologies, especialista, entre outras coisas, na captação de imagens de satélite para serviços de informação, investigação e segurança nacional. A notícia está também a ser dada pela Agência Reuters.

Massive Russian convoy with ground troops was spotted 65km from Kiyv today. Convoy extends for 5km.#ukrainewar #ukraineinaction #UkraineRussiaWar #UkraineInvasion #Ukraine pic.twitter.com/Sph8QwIhJz

— Ukraine in Action (@ukraineinaction) February 27, 2022

Tratar-se-á de uma fileira de cerca de 5.2 quilómetros de forças terrestres russas, que estará a viajar em veículos armados e com combustível. Estas tropas parecem estar a encaminhar-se para Kiev e estarão a cerca de 65 quilómetros da capital ucraniana.

As autoridades ucranianas atualizaram os seus números relativos às baixas civis — portanto, não militares — da guerra com a Rússia.

Segundo o ministério do Interior da Ucrânia, citado por uma correspondente da CNN em Lviv (Katharina Krebs), há confirmação oficial da morte de 352 civis no conflito. Destes, pelo menos 14 são crianças, segundo o Governo ucraniano.

Os registos do ministério do Interior da Ucrânia apontam ainda para 1.684 civis já feridos, 116 dos quais crianças.

Está oficialmente confirmado: as tropas russas tomaram controlo da cidade ucraniana de Berdyansk. A informação foi confirmada pelo próprio governador da região, Oleksandr Svidlo, refere a CNN.

A pequena cidade portuária, que antes da guerra começar tinha cerca de 100 mil habitantes, fica localizada no sul da Ucrânia, a cerca de 800 quilómetros a sudeste de Kiev. Fica mais perto de Mariupol (a cerca de 80 km) e de Donetsk (a cerca de 200 quilómetros a sul desta região, controlada por separatistas pró-russos).

A localização da cidade que foi tomada pelas tropas russas

Através do Facebook (de acordo com o CNN), Oleksandr Svidlo publicou uma mensagem referindo ter testemunhado “há algumas horas” como soldados armados e equipamento militar invadiram a cidade e começaram a avançar. “Tentei informar todos os residentes de modo a terem a oportunidade de se esconder em abrigos”, disse ainda.

Poucas horas antes, o jornalista ucraniano Illia Ponomarenko, que trabalha para o jornal The Kyiv Independent, já tinha publicado na sua conta oficial no Twitter que “o exército russo entrou em Berdyansk, a cidade portuária da região de Zaporizhia”.

Illia Ponomarenko tem estado a cobrir o conflito na Ucrânia e é um jornalista do The Kyiv Independent especializado na área da Defesa.

Ao início de este domingo (hora portuguesa), o ministério da Defesa da Rússia tinha afiançado que as tropas russas haviam conseguido “bloquear por completo” as cidades de Berdyansk e também Kherson, no sul da Ucrânia, garantindo também que os militares teriam tomado o controlo da cidade de Henichesk e de um aeroporto perto de Kherson.

A região de Zaporizhzhia possui uma central nuclear ativa, localizada ainda assim a cerca de 200 quilómetros da cidade de Berdyansk. Este sábado o Governo ucraniano tinha anunciado que as forças russas estavam a aproximar-se desta central nuclear.

Foram filmados nos últimos dias ucranianos a enfrentarem, indefesos, tanques militares russos. Estão a ser comparados com o “Homem do Tanque” fotografado na praça Tiananmen, na China, em 1989.