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  • Bom dia,

    Este liveblog fica por aqui, mas já está disponível outra ligação para continuar a acompanhar a atualidade relativa à guerra na Ucrânia.

    Zelensky lamenta que Mariupol se tenha transformado num “campo de concentração russo”

  • Agência de Energia Atómica investiga suspeitas de que míssil tenha sobrevoado central nuclear na Ucrânia

    A Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA, na sigla original) está a investigar suspeitas de que um míssil tenha sobrevoado uma central nuclear no sul da Ucrânia. E frisa: se tal for verdade, é “extremamente grave”.

    Rafael Grossi, diretor-geral da agência, revelou que Kiev informou formalmente a agência na quinta-feira que um míssil terá sobrevoado uma central no sul do país a 16 de abril. A central fica perto da cidade de Yuzhnoukrainsk, cerca de 350 quilómetros a sul de Kiev.

    A agência está agora a analisar o caso. Caso seja verdade, os efeitos potenciais seriam “extremamente” graves, podendo levar a um acidente nuclear, disse Grossi. O responsável não especificou quem lançou o míssil.

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante a tarde e a noite?

    Boa noite.
    Se chegou agora a este liveblog, deixamos-lhe aqui um resumo dos principais desenvolvimentos das últimas horas, com destaque para o ataque com mísseis que atingiu Kiev, enquanto Zelensky se reunia com o secretário-geral da ONU, António Guterres.

    • Pelo menos uma pessoa morreu e cerca de dez terão ficado feridas na sequência do ataque com mísseis em Kiev, pouco depois da reunião entre o Presidente ucraniano e António Guterres. Veja aqui as fotografias dos enviados especiais do Observador em Kiev, que retratam a destruição do ataque.
    • Segundo disse um conselheiro do ministro do Interior ucraniano ao Observador, foram lançados dois mísseis, tendo um deles sido intercetado. O alvo foi uma antiga fábrica de material militar, mas o míssil acabou por atingir um prédio residencial. Na mensagem diária, Zelensky viria a atualizar o número de mísseis: foram, afinal, cinco.
    • Em entrevista à RTP, o secretário-geral da ONU, António Guterres comentou os bombardeamentos na capital, admitindo que ficou chocado não por o ataque ter acontecido durante a sua visita, mas porque Kiev “é uma cidade sagrada quer para os ucranianos quer para os russos”. “Chocou-me”, disse.
    • Volodymyr Zelensky também se referiu aos ataques em Kiev, na mensagem diária, dizendo que os mísseis lançados sobre a capital “dizem muito sobre a atitude da Rússia para com instituições internacionais” e sobre “os esforços da liderança russa para humilhar a ONU e tudo o que a Organização representa”.
    • Após o encontro no Palácio Presidencial, em Kiev, Zelensky e Guterres deram uma conferência de imprensa conjunta em que o Presidente da Ucrânia assegurou que Kiev está pronta a “encetar negociações de imediato para garantir a saída de civis da fábrica de Azovstal, em Mariupol
    • Sobre a Azovstal, Guterres também disse, à RTP, que estão em curso “discussões” para a retirada em segurança dos civis. Mas a operação é “extremamente complicada” porque os civis “vão ter de atravessar uma das linhas de confronto”.
    • O Ministério da Defesa da Ucrânia revelou que identificou dez dos soldados russos responsáveis pelo massacre em Bucha, cidade a cerca de 40 quilómetros de Kiev onde em março foram encontrados cerca de 400 cadáveres de civis ucranianos. Nenhum dos soldados agora indiciados foi capturado pelas forças ucranianas.
    • Mas Zelensky admite que os dez soldados russos identificados pela Ucrânia como responsáveis pelo massacre em Bucha venham a sofrer “retaliação” por parte dos militares ucranianos, antes de serem julgados.
    • O Presidente dos EUA, Joe Biden, propôs ao Congresso, esta quinta-feira, um reforço da ajuda à Ucrânia na ordem dos 33 mil milhões de dólares (mais de 31 mil milhões de euros), assim como um endurecimento das sanções à Rússia, segundo autoridades dos EUA citadas pela Reuters.
    • O hospital militar junto à fábrica de Azovstal, em Mariupol, foi atingido por uma bomba durante os ataques aéreos desta madrugada, avança o The Kyiv Independent e confirma a Sky News. Havia centenas de pessoas no interior, entre doentes e profissionais de saúde.
    • Os EUA dizem ter indícios de que há forças russas a abandonar Mariupol, a cidade portuária sitiada no sul da Ucrânia. Segundo o The Guardian, que cita a Reuters, um alto funcionário da defesa dos EUA indicou que essas forças estão a avançar em direção a noroeste da Ucrânia.
    • Recep Tayyip Erdogan, Presidente da Turquia, voltou a oferecer a cidade de Instambul para mediar as negociações entre a Rússia e a Ucrânia.
    • Nicu Popescu, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Moldávia, disse esta quinta-feira que o país está a atravessar um “novo momento muito perigoso”, com os ataques da passada segunda-feira contra o Ministério da Segurança na região separatista pró-russa da Transnístria, que já proibiu os homens em idade de combater de abandonarem o território.
    • A Ucrânia terá bombardeado a cidade russa de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia. A notícia é avançada pela Reuters, que cita duas testemuhas que garantem ter ouvido duas explosões.
    • O governo do Reino Unido confirmou esta tarde a morte de um cidadão britânico, que estava na Ucrânia a combater como voluntário contra as forças russas, e o desaparecimento de um outro, naquele país em circunstâncias idênticas.
    • A Bloomberg avança, citando fontes anónimas, que, depois de nos últimos dois meses ter recusado sempre estender as sanções ao maior banco da Rússia, a Alemanha está finalmente “pronta para considerar” incluir o SberBank no próximo pacote de sanções da União Europeia.
    • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse esta quinta-feira que os países da aliança atlântica estão preparados para manter a ajuda à Ucrânia durante anos, incluindo na modernização do armamento do país.
    • A Uniper prepara-se para converter pagamento de gás para rublos, apesar de Bruxelas considerar que viola sanções. Empresa de energia alemã diz que ficar sem gás russo no curto prazo seria dramático.

  • Pelo menos uma pessoa morreu no ataque aéreo a Kiev

    Pelo menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas após o ataque aéreo a Kiev, informou a equipa de resgaste à Sky News.

    O ataque aconteceu no dia em que Volodymyr Zelensky esteve reunido com António Guterres, secretário-geral da ONU.

  • Zelensky admite que soldados russos indiciados pelo massacre em Bucha venham a sofrer "retaliação" pelos militares ucranianos

    Zelensky admite ainda que os dez soldados russos identificados pela Ucrânia como responsáveis pelo massacre em Bucha venham a sofrer “retaliação” por parte dos militares ucranianos.

    “Os desprezíveis 10”. Ucrânia indicia soldados russos pelo massacre em Bucha e pede ajuda à população para os encontrar

    Foi em Bucha que, em março, foram encontrados cerca de 400 cadáveres de civis ucranianos, alguns deles com sinais de tortura. A Ucrânia identificou agora dez dos soldados responsáveis pelos ataques, mas nenhum foi ainda capturado pelas forças ucranianas.

    “Sabemos todos os detalhes sobre eles e as suas ações. E vamos encontrá-los a todos. Tal como vamos encontrar todos os outros bandidos russos que mataram e torturaram ucranianos”, diz Zelensky, na mensagem de vídeo diária. O Presidente ucraniano garante que serão todos responsabilizados e admite que alguns sejam mortos pelos próprios ucranianos.

    “(…) alguns deles podem não sobreviver até ao julgamento, mas por uma única razão. Esta brigada russa foi levada para a região de Kharkiv. Lá receberão retaliação por parte dos nossos militares”, afirma.

  • Zelensky: ataques a Kiev "dizem muito sobre os esforços da liderança russa para humilhar a ONU

    Volodymyr Zelensky referiu-se, esta quinta-feira, aos ataques em Kiev, dizendo que os mísseis lançados sobre a capital “dizem muito sobre a atitude da Rússia para com instituições internacionais” e sobre “os esforços da liderança russa para humilhar a ONU e tudo o que a Organização representa”. O Presidente ucraniano pede uma “resposta forte”, na habitual mensagem diária.

    “E hoje, imediatamente depois do fim das nossas conversas [com Guterres] em Kiev, os mísseis russos voaram para a cidade. Cinco mísseis”, disse, apesar de um balanço de um conselheiro do ministro do Interior aos jornalistas, pouco antes, ter dado conta de dois mísseis, um dos quais foi intercetado.

    Zelensky voltou a afirmar que um dos tópicos da conversa com António Guterres, que visitou Kiev, foi a segurança dos civis que permanecem em Mariupol. E disse ter esperança de que a intervenção da ONU permita organizar uma retirada em segurança dos civis da cidade sitiada. “A Ucrânia está preparada para estes passos. Mas também é necessário que o lado da Rússia considere este assunto sem cinismo e realmente faça o que diz”.

    “Os ataques com mísseis russos na Ucrânia — em Kiev, Fastiv, Odessa e outras cidades — mais uma vez prova que não podemos baixar a guarda”, frisou.

  • Pelo menos dez pessoas ficaram feridas nas explosões de Kiev

    Subiu para dez o número de feridos nos ataques a Kiev, esta quinta-feira, durante a visita de Guterres. Conselheiro do ministro do Interior diz ao Observador que um dos mísseis foi intercetado.

    Um morto e vários feridos nas explosões de Kiev durante encontro de Guterres e Zelensky

  • Guterres reconhece "falha" da ONU para evitar a guerra, Zelensky mantêm "confiança" no resgate em Azovstal. O essencial da conferência.

  • Azovstal "está a ser bombardeada todos os dias", diz MNE da Ucrânia

    A fábrica de Azovstal, em Mariupol, “está a ser bombardeada todos os dias” e “estão a morrer soldados e civis”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em entrevista à SIC.

    A Rússia mente quando diz que não se passa nada em Azovstal“, acusa Kuleba. O ministro diz que a Ucrânia tentou “de tudo” com a Rússia, desde “negociar diretamente com os russos” a envolver a Turquia nas negociações.

    O papel do secretário-geral da ONU, António Guterres, “tem uma importância especial”, acredita Kuleba, embora não considere que seja a “última esperança” para a Ucrânia. “Mas temos expetativas elevadas.”

  • Explosões em Kiev fizeram seis feridos

    Pelo menos seis pessoas ficaram feridas nas explosões de Kiev, esta quinta-feira, adiantou um conselheiro do ministro do Interior ucraniano ao Observador.

    Segundo indicou o mesmo conselheiro, foram lançados dois mísseis, tendo um deles sido abatido. O alvo foi uma antiga fábrica de material militar, mas o míssil acabou por atingir um prédio residencial, causando seis feridos, que já estão no hospital. A mesma fonte não soube dizer qual a gravidade dos ferimentos.

    As imagens do Observador no local mostram o grau de destruição dos edifícios.

    Os serviços de emergência vão agora tentar subir aos restantes andares do prédio para verificar se há mais feridos ou mesmo mortos.

    Com João Porfírio

  • "É completamente inconcebível" que conflito escale para uma terceira guerra mundial

    António Guterres considera que é “completamente inconcebível” que a guerra na Ucrânia escale para um conflito à escala mundial. “As possibilidades teóricas existem sempre, mas a possibilidade prática… creio que é completamente inconcebível que uma cosia dessas aconteça“.

    Sobre o ataque da Ucrânia a alvos em solo russo, e questionado sobre se os considera legítimos, Guterres desvaloriza. “O que está fundamentalmente errado é a guerra. Depois a guerra tem muitos episódios de diversas naturezas. Não percamos tempo com cada árvore, olhemos para a floresta, a floresta é a guerra“, que considera inaceitável. “Esta guerra tem de acabar o mais depressa possível”, defende.

    Guterres diz não ter receio de sair dos encontros com “uma mão cheia de nada” porque acredita que as visitas tiveram frutos na “intensificação” da ação das Nações Unidas a nível de apoio humanitário.

  • Guterres não se arrepende de não ter ido a Kiev e Moscovo mais cedo. "Este era o momento"

    Já questionado sobre se se arrepende de não ter visitado o terreno mais cedo, Guterres respondeu: “Não me arrependo nada. Este era o momento, tenho estado ativíssimo em relação a esta questão, falando desde a primeira hora. Este era o momento em que tinha a chance de dar um contributo positivo”.

    Guterres diz que apenas quando verificou que este era o momento em que existia uma “possibilidade” de dar esse contributo contactou os dois presidentes e foi recebido.

    “Como vê está-se a trabalhar em alguma cosia de concreto. Pode ser que não consigamos, mas pelo menos pela primeira vez se está a trabalhar a sério com os dois lados em alguma coisa de concreto para salvar pessoas”, disse.

  • Retirar civis de Azovstal é "extremamente" complicado, mas Guterres diz que está a "fazer tudo" para que aconteça com segurança

    Questionado sobre quando serão criados corredores humanitários para a retirada da população que está na fábrica de Azovstal, em Mariupol, António Guterres diz que “os trabalhos continuam” e que “há intensas discussões”. E salienta que a operação é “extremamente complicada” porque os civis “vão ter de atravessar uma das linhas de confronto que neste momento existe”.

    Além disso, “a operação já falhou muitas vezes”. “Quero ter a certeza absoluta que desta vez, se conseguirmos fazê-la, será feita em segurança”, indicou.

    A dificultar a operação estão também “questões de confiança”. “É uma enorme complexidade operacional, visto que se trata de pessoas que estão nas catacumbas ocupadas por forças e milícias ucranianas, que têm de sair para uma zona em que está o exército russo e têm de atravessar uma zona que neste momento está controlada pela Rússia, atravessar uma linha de confronto para entrar nas áreas controladas pelo governo ucraniano”, respondeu.

    A operação implica “largas centenas de pessoas”. A ONU, assegura, está a “fazer tudo” para que ocorra com segurança.

    Questionado sobre se o entrave envolve o Batalhão de Azov, de extrema-direita, Guterres repetiu que não vai dizer nada que “atrapalhe o que está a ser feito”.

  • Guterres sobre ataques na capital: "Chocou-me. Kiev é uma cidade sagrada quer para os ucranianos quer para os russos"

    Em entrevista à RTP, o secretário-geral da ONU, António Guterres comentou os dois bombardeamentos na capital, noticiados minutos antes. Guterres disse que ficou chocado com a notícia e que Kiev, pela sua importância histórica, “deve ser poupada”.

    “Creio que o que é importante não é que o secretário-geral [da ONU] esteja ou não na capital. O que é importante é que houve” bombardeamentos, referiu. “Isso chocou-me porque Kiev é uma cidade sagrada quer para os ucranianos quer para os russos”, com uma “beleza extraordinária, uma importância histórica”. Com “um legado histórico-cultural, esta cidade deve ser poupada”. “Isso efetivamente chocou-me.”

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  • MNE da Ucrânia acusa Rússia de "ato hediondo de barbárie" em Kiev

    O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, confirmou que a Rússia atingiu Kiev com “mísseis de cruzeiro”, numa altura em que o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o primeiro-ministro da Bulgária, Kiril Petkov, visitam a capital.

    “Com este ato hediondo de barbárie a Rússia demonstra uma vez mais a sua atitude para com a Ucrânia, a Europa e o mundo”, apontou, no Twitter.

  • Explosões em Kiev causaram "vítimas"

    As duas explosões em Kiev causaram “vítimas”, segundo o canal de Telegram Ukraine Now. Uma porta-voz dos serviços de emergência da Ucrânia, citada pelo mesmo canal, não especifica, porém, se se trata de feridos ou de mortos.

    “Houve duas explosões. Uma teve como alvo um edifício e um setor residencial perto desse alvo. A explosão chegou aos primeiros andares e estavam pessoas nos andares superiores”, disse a porta-voz dos serviços de emergência.

  • Sirenes não alertaram para bombardeamentos em Kiev

    O The Kyiv Independent escreve que antes de serem ouvidas duas explosões em Kiev não tinham sido acionadas as sirenes de ataque aéreo.

  • A capital ucraniana foi atacada durante o encontro de Zelensky e António Guterres

  • Empresa alemã pronta para pagar em rublos. "Não é possível passar sem o gás russo no curto prazo"

    A Uniper prepara-se para converter pagamento de gás para rublos, apesar de Bruxelas considerar que viola sanções. Empresa de energia alemã diz que ficar sem gás russo no curto prazo seria dramático.

    Empresa alemã pronta para pagar em rublos. “Não é possível passar sem o gás russo no curto prazo”

  • Duas explosões ouvidas em Kiev perto do Palácio Presidencial onde Guterres e Zelensky reuniram

    A Reuters e a CNN Portugal estão a noticiar que foram ouvidas duas explosões em Kiev, a capital ucraniana, esta quinta-feira. A agência de notícias cita testemunhas e diz que não são ainda conhecidos detalhes sobre a causa das explosões.

    A CNN Portugal escreve, por sua vez, que as explosões se deram depois da conferência de imprensa de Zelensky e Guterres, junto ao Palácio Presidencial, onde os dois estiveram reunidos.

    Vitali Klitschko, presidente da Câmara de Kiev, confirmou as explosões: “O inimigo atirou contra Kiev. Houve duas explosões no distrito de Shevchenkivskyi. Todos os serviços estão a trabalhar no local. As informações sobre vítimas estão a ser esclarecidas”, disse.

    A RTP avança que terá sido atingida uma fábrica de material militar.

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