Com as 1.305 registadas nas últimas 24 horas no país, o Brasil ultrapassou a barreira das 390 mil mortes associadas à Covid-19 — desde o início da pandemia, foram 390.797 as pessoas que perderam a vida com a doença.

Também nas últimas 24 horas, foram registados mais 32.572 novos casos de infeção no país. No total já foram confirmados 14.340.787 testes positivos.

Martín Vizcarra, o ex-presidente peruano que este mês foi proibido de ocupar qualquer cargo público no país, depois de em fevereiro ter sido apanhado no “vacunagate”, o escândalo de vacinação ilegal que beneficiou uma série de personalidades no país, vacinadas antes mesmo de as primeiras remessas oficiais chegarem ao Peru, está infetado com o SARS-CoV-2.

A notícia foi partilhada pelo ex-presidente no Twitter, onde ironicamente escreveu que, “apesar de todos os cuidados que tiveram para não levar o vírus para casa”, tanto ele como a mulher, que também foi vacinada indevidamente, estão infetados e com sintomas da Covid-19.

Todas as vacinas contra a Covid-19 em uso nos Estados Unidos foram aprovadas pela EMA, pelo que não fará sentido que cidadãos americanos completamente vacinados continuem a ver-lhes vedado o acesso aos países da União Europeia.

Resumindo, foi isto que Ursula von der Leyen disse este domingo em entrevista ao New York Times. Apesar de não ter avançado uma data para o regresso das viagens não essenciais aos 27, a presidente da Comissão Europeia revelou que durante este verão os chamados passaportes ou certificados de vacinação passados nos Estados Unidos já deverão servir de prova nas fronteiras europeias.

“Os americanos, tanto quanto sei, utilizam vacinas aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos. Isto permitirá a livre circulação e a viagem para a União Europeia. Porque uma coisa é certa: todos os 27 estados-membros aceitarão, incondicionalmente, todos aqueles que forem vacinados com vacinas aprovadas pela EMA”, disse von der Leyen àquele jornal.

Explicando que o fim às restrições de viagens estarão sempre condicionadas à situação epidemiológica, a presidente da Comissão Europeia elogiou os “enormes progressos” que os EUA estão a fazer com a campanha de vacinação, que em meados de junho deverá permitir ter 70% da população adulta inoculada, e observou que “tal como está a melhorar nos Estados Unidos, esperemos que a situação também melhore na União Europeia”.

A Casa Branca revelou este domingo que está em contacto com o governo indiano e que os Estados Unidos vão enviar “imediatamente” para o país matérias-primas necessárias à produção de vacinas, testes rápidos de diagnóstico ao SARS-CoV-2, equipamentos de proteção individual e ventiladores.

Uma equipa de peritos em saúde pública, do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC) e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), vai entretanto ser destacada para ajudar as autoridades de saúde indianas.

Através do Development Finance Corporation, revelou ainda a Casa Branca, os Estados Unidos vão também financiar a expansão da BioE, a empresa produtora de vacinas na Índia, para que até ao final do próximo ano seja possível chegar aos mil milhões de doses.

No Twitter, Joe Biden disse este domingo à noite que está determinado a retribuir a ajuda que os indianos prestaram aos EUA no início da pandemia.

Just as India sent assistance to the United States as our hospitals were strained early in the pandemic, we are determined to help India in its time of need. https://t.co/SzWRj0eP3y

— President Biden (@POTUS) April 25, 2021

Os casos diários de Covid-19 atingiram o número recorde de 899.700 nas últimas 24 horas, mais de um terço deles concentrados na Índia, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a agência noticiosa EFE, no último dia, a Índia relatou 346.000 novas infeções.

Com estes novos registos, os casos globais desde o início da pandemia chegam aos 145 milhões, sem que se vislumbre, por enquanto, o pico da quarta vaga global.

Já as mortes somam 3,07 milhões, 14.000 delas nas últimas 24 horas e, destas, 2.600 registaram-se na Índia e 2.000 no Brasil.

A alta incidência da variante indiana, que já foi detetada em países como Suíça, Bélgica ou Reino Unido, é de particular preocupação para a OMS, numa altura em que as vacinas avançam lenta e desigualmente, mas que já superaram a marca dos 1.000 milhões de doses administradas em todo o mundo.

Os Estados Unidos são o país que mais administrou vacinas, 225 milhões, seguidos da China (218 milhões) e da Índia (138 milhões), enquanto 128 milhões de doses foram inoculadas na União Europeia, 44 milhões no Reino Unido e Brasil 37 milhões.

217 pessoas perderam a vida em Itália, nas últimas 24 horas, com complicações associadas à Covid-19 — este sábado tinham sido 322 os óbitos registados, no total este número ascende já a 119.238.

Hoje foram também menos as novas infeções registadas, na comparação com o dia anterior: 13.158, sábado tinham sido 13.817.

Nos hospitais do país, há neste momento 23.524 pessoas internadas com Covid-19, menos 341 do que ontem. 2.862 (menos 32) estão em unidades de cuidados intensivos.

Israel registou 38 infeções por Covid-19 nas últimas 24 horas, o menor número em 365 dias, sinal de que a pandemia está a ser vencida após uma rápida campanha de vacinação que imunizou mais de metade da população.

Segundo adianta a agência noticiosa EFE, após a realização de 8.752 exames no sábado, menos de 40 deram positivos, segundo dados divulgados este domingo pelo Ministério da Saúde israelita.

Este número – consideram as autoridades de saúde – demonstra a tendência gradual de queda da taxa de morbilidade do país, que presentemente não está sujeita a grandes restrições, com o retorno à quase total normalidade e caminhando para alcançar a tão desejada imunização em massa.

Israel realizou uma das campanhas de vacinação mais rápidas do mundo, que abrangeu mais de cinco milhões de pessoas (de uma população de cerca de nove milhões) que já foram inoculadas com as duas doses da vacina.

Há uma semana, os israelitas deixaram de ser obrigados a usar máscara facial ao ar livre, e a atmosfera nas ruas recorda, em larga medida, os tempos pré-pandêmicos.

Atualmente, o país tem pouco mais de 1.800 doentes ativos, e apenas 153 pessoas estão internadas em estado grave.

A vacinação reduziu muito não só as infeções, mas também o número de mortes e hospitalizações em estado crítico.

Desde o início da pandemia, Israel totaliza pouco mais de 838.000 infeções e 6.350 mortes por Covid-19.

O governo britânico anunciou este domingo que enviou mais de 600 peças de equipamento médico de emergência, incluindo respiradores, para a Índia, onde as infeções e mortes causadas pelo novo coronavírus estão a atingir níveis recorde, cita a Efe.

“Equipamento médico vital, incluindo centenas de concentradores de oxigénio e respiradores, está agora a caminho da Índia enviados pelo Reino Unido”, disse o primeiro-ministro britânico, citado pela agência de notícias espanhola.

Boris Johnson explicou que o equipamento enviado pretende “apoiar os esforços para evitar a trágica perda de vidas deste terrível vírus”.

As seis vítimas mortais reportadas este domingo pela DGS tinham, todas, mais de 70 anos. E, por outro lado, todas eram mulheres.

Morreram duas pessoas com idade entre 70 e 79 anos e mais quatro com mais de 80 anos, de acordo com os dados da DGS.

Dois dos óbitos registaram-se no norte do país, dois no centro e um na zona de Lisboa e Vale do Tejo. Houve, ainda, uma sexta vítima mortal registada no Algarve.

Quanto às zonas onde parece estar a haver mais contágio, no norte houve 172 infeções detetadas, 134 em Lisboa e Vale do Tejo.

A estes juntam-se 51 novos casos no Alentejo, 42 no Centro e 30 no Algarve. Na Madeira detetaram-se 35 infeções e nos Açores 14.

Também de acordo com o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS), o número de doentes internados com Covid-19 nos hospitais portugueses aumentou em seis, para 348 – ainda assim, mantendo-se abaixo dos 350, ou seja, nos números menores desde setembro.

Nos cuidados intensivos estão 98 pessoas, exatamente o mesmo número dos dois dias anteriores.

Por outro lado, 308 pessoas foram consideradas recuperadas da infeção pelo novo coronavírus.

Foram detetados em Portugal mais 478 casos de Covid-19 nas 24 horas até à meia-noite deste domingo, segundo a informação que acaba de ser divulgada pela Direção-Geral de Saúde (DGS). A contagem diária desceu em relação aos 567 novos casos da véspera.

O relatório de situação diário da DGS indica, também, que nestas mesmas 24 horas morreram 6 pessoas por uma causa que foi atribuída à infeção com o novo coronavírus. No dia anterior tinham morrido duas pessoas, segundo a DGS.

António Costa falou depois de Marta Temido e diz que tem “satisfação” por celebrar o 25 de Abril “com a inauguração do maior centro de saúde” em Portugal. “Só a liberdade libertou o sonho que nos dá uma ambição imensa de querer sempre ir mais além, e foi o 25 de Abril que nos permitiu ter o Serviço Nacional de Saúde, acessível a todas e a todas independentemente da sua situação económica”.

A este propósito, Costa fala do “próximo hospital de Sintra” e uma “prova de que tal como foi aprovado na lei da descentralização, as autarquias locais são as entidades por excelência mais indicados para assumirem as responsabilidades na gestão dos equipamentos de proximidade”.

Por outro lado, António Costa diz que também é momento de celebrar a adesão à União Europeia, recordando que foram os fundos comunitários que suportaram 50% do custo do centro de saúde agora inaugurado.

“A União Europeia não é uma coisa distante que está lá em Bruxelas, está presente no nosso dia-a-dia e em todos os Algueirões Mem-Martins que estão espalhados pelos 27 países”, acrescenta.

“Bem sei que, perante as dificuldades, alguns dedicam-se a ser carpideiras oficiais, mas perante as dificuldades temos é de dizer como é que as vamos ultrapassar“, diz Costa, lembrando que o Plano de Recuperação e Resiliência prevê um investimento importante no SNS, designadamente na saúde de proximidade, no investimento na saúde oral e na saúde mental.