O Peru está a braços com um escândalo devido à vacinação contra a Covid-19. O vacunagate, como já é conhecido no país, surge com vacinas da farmacêutica chinesa Sinopharm a serem administradas ilegalmente a políticos e personalidades influentes, desde ministros, a médicos, mas também a familiares destas pessoas.

Segundo o El País, até agora foram vacinadas mais de 460 pessoas fora das normas, com vacinas que começaram a chegar em setembro, ainda antes das compras feitas pelo Estado do país. Enquanto a primeira remessa oficial de vacinas chegou ao país no dia 7 de fevereiro, com 300 mil doses. As primeiras doses destas vacinas começaram a ser administradas poucos dias depois, inicialmente a mais de 3400 profissionais de saúde.

Porém, a questão que está em cima da mesa começa meses antes, com situações ilegais e que tomaram enormes proporções. Os casos do ex-Presidente Martín Vizcarra e da esposa, e da ministra dos Negócios Estrangeiros, a chanceler Elizabeth Astete, que acabou por deixar o cargo, foram apenas a ponta do iceberg.

A vacinação ilegal da ministra da Saúde, Pilar Mazzeti, antes dos profissionais de saúde trouxe ainda mais atenção da população para o ‘vacunagate’, num país em que morreram com Covid-19 mais de 300 médicos peruanos e faltam ventiladores e oxigénio nos hospitais. Desde março de 2020, já morreram no Peru mais de 44 mil pessoas.

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