Momentos-chave
- Costa, após momento tenso com professores, escreve nas redes sociais: “Foi muito bom sentir o carinho da população de Peso da Régua”
- Marcelo: “Nas Forças Armadas só há ramos vivos”
- Ventura elogia mensagem de Marcelo e pede a Governo que corte “ramos infetados”
- Nuno Melo, do CDS: "Já não basta apenas cortar alguns ramos mortos, porque a árvore já está seca”
- "Não, não menti", garante Galamba
- Costa circula na Régua sob protesto de professores: "São muito injustos. Protestam contra Governo que pôs fim ao congelamento da carreira"
- PS diz que Marcelo "conta com todos" e deixou "mensagem pela continuidade"
Histórico de atualizações
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Boa noite,
chega ao fim a cobertura do Observador das comemorações do 10 de Junho. Obrigado por nos ter acompanhado.
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Costa irritado, Galamba vaiado e Marcelo feliz. As imagens das cerimónias do 10 de Junho
A manhã do 10 de Junho começou com Galamba a ser vaiado e Costa aplaudido, mas Costa acabaria por ter momento tenso ao chamar “racista” a um professor. Marcelo avisou Governo com metáfora arborista.
Costa irritado, Galamba vaiado e Marcelo feliz. As imagens das cerimónias do 10 de Junho
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Marcelo desvaloriza tensão entre Costa e professores e refere que Governo dura até ao fim da legislatura
O Presidente da República tenta justificar que a referência ao “ramo morto” não era dirigida a nenhum caso específico (no caso João Galamba), mas não desmente aquilo que pode ter sido a leitura “portugueses, comentadores, jornalistas”. E foi lacónico a complementar a resposta: “A minha ideia era: olhem para o futuro a médio e longo prazo.”
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas no Auditório Municipal do Peso da Régua, desvalorizou o momento tenso de Costa com os professores: “Em todos os 10 de junho, há questões de conjuntura que se levantam. Prefiro olhar para estas datas históricas de lições para o passado, para o presente e para o futuro.”
Marcelo sugeriu até que continua a não ser adepto da dissolução, ao colocar como horizonte do mandato do Governo o fim da legislatura: “Até pelo factos ciclos políticos terminarem aqui em Portugal daqui a dois anos e pouco, quer o meu, quer o do Governo, dois anos e meio, três anos, é preciso olhar além disso”.
Apesar de dar esse seguro de vida ao Governo, continua a avisar que é preciso propiciar uma mudança, lembrando que haverá tempo nas próximas semanas para essa avaliação (o Conselho de Estado de análise da situação política e a receção dos partidos em Belém é em julho). E acrescenta que as questões mais conjunturais estão sempre em avaliação, mas fora do 10 de Junho: “Daqui 2 dias dias, 4 dias, 8 dias 15 dias [se for] preciso olhar para um lei ou para uma solução, faremos isso. Mas não é no 1o de junho”.
Marcelo continua assim a defender a continuidade do Governo, ao mesmo tempo que mantém a pressão sobre João Galamba.
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Costa, após momento tenso com professores, escreve nas redes sociais: “Foi muito bom sentir o carinho da população de Peso da Régua”
Após ter enfrentado o protesto de um grupo de professores no Peso da Régua no fim das comemorações do 10 de Junho, António Costa escreveu nas redes sociais (Twitter e Instagram) que foi “muito bom sentir o carinho da população de Peso da Régua”.
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Marcelo: “Nas Forças Armadas só há ramos vivos”
O Presidente da República disse este sábado à tarde que não quer falar sobre o descontentamento na cerimónia desta manhã do 10 de junho por estar “tão entusiasmado” com aquilo que vê nas Forças Armadas. Para Marcelo Rebelo de Sousa “há que distinguir aquilo que é fundamental e estrutural daquilo que é conjuntural, que é instantâneo”. O que o chefe de Estado quer dizer é que o que pensa sobre a situação do Governo não mudou com a posição dos populares de vaiarem João Galamba — pois no “fundamental” já tinha pedido a saída do ministro.
Marcelo já tinha dito que o que disse no discurso fica no discurso, não querendo especificar — aquilo que para os jornalistas e comentadores foi uma evidência — se o “ramo morto” que sugeriu que fosse cortado para “não afetar a árvore toda” era uma referência ao ministro João Galamba.
Questionado sobre o que queria dizer com “ramos mortos”, Marcelo disse que “não há ramos mortos nas Forças Armadas, só vivos”, não respondendo diretamente sobre se eles existem no Governo.
O Presidente disse ainda que “a situação no País é exatamente a mesma de hoje de manhã”, mostrando estar confortável com a leitura que foi feita de que se referia a João Galamba.
Ao longo de duas horas de uma exposição organizada pelas Forças Armadas, Marcelo fez-se acompanhar, em boa parte do tempo, pelo chefe do Estado-maior da Armada, o almirante Gouveia e Melo, que foi a segunda figura mais solicitada para selfies por populares — só batido pelo próprio Presidente.
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Ventura elogia mensagem de Marcelo e pede a Governo que corte “ramos infetados”
“O Chega reconhece-se na mensagem do senhor Presidente da República e volta a apelar ao Governo que, neste momento, seja capaz de fazer não só as reformas de que o país precisa, mas de cortar os ramos infetados, degradados, destrutivos, que o país tem que cortar”, defendeu André Ventura, num vídeo enviado às redações.
Na opinião do líder do Chega, “para haver um Governo viável, para haver uma governação estável”, é necessário “afastar os elementos perturbadores e nocivos”.
“E, infelizmente, António Costa não parece estar disposto a esse sacrifício e a essa reforma”, lamentou.
O deputado e dirigente do Chega reafirmou “a disponibilidade, vontade e convicção, de que há uma maioria alternativa ao Governo socialista para governar Portugal, e levar o país às reformas” necessárias, defendendo que “essa maioria tem que ser de direita”.
Ventura considerou que o discurso do Presidente da República deixou “um repto importante ao Governo: não desistir do desenvolvimento, da coesão e da igualdade”, objetivos que, na sua opinião, “o Governo português tem falhado e ignorado”.
Considerando que “não há Portugal sem coesão”, Ventura salientou que “o Presidente da República esteve bem ao apontar para desafios estruturais e estratégicos, num momento em que o país tem recursos financeiros que provavelmente não teve, nem terá na sua história, e também num período de alguma estabilidade política”.
O líder do Chega acusou o Governo liderado por António Costa de “querer continuar o caminho da degradação”, ignorando áreas como “a corrupção, a falta de investimento em áreas fundamentais como a saúde, os professores, educação, o desenvolvimento regional e até a aposta nos jovens”.
“Ao mesmo tempo, o Presidente chamou à atenção para ramos da árvore que têm que ser cortados, e é evidente que têm que ser cortados. Ministros como João Galamba, Fernando Medina, Duarte Cordeiro – uns pelas trapalhadas em que estão metidos, outros por suspeitas de criminalidade grave, não podem continuar a desprestigiar o Governo português”, disse.
Ventura fazia referência à polémica com os serviços de informações, que envolve o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e, quanto ao ministro das Finanças e do Ambiente, falava da reportagem divulgada pela TVI/CNN Portugal em maio, sobre a operação ‘Tutti Frutti’, em que foram intercetadas escutas e comunicações que apontam para um alegado “pacto secreto” entre PSD e PS para cada partido manter a liderança de determinadas juntas de freguesias de Lisboa nas eleições autárquicas de 2017.
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Nuno Melo, do CDS: "Já não basta apenas cortar alguns ramos mortos, porque a árvore já está seca”
O líder do CDS-PP elogiou o discurso do Presidente da República a propósito do 10 de Junho mas defendeu que “já não basta apenas cortar alguns ramos mortos, porque a árvore já está seca”, criticando o executivo socialista.
Numa mensagem enviada à imprensa, o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, considera que “a maioria absoluta do PS falhou em toda a linha”, tal como o partido “tem alertado nos últimos meses, e não há volta a dar”.
Nesse sentido, Nuno Melo defende que “já não basta apenas podar e cortar alguns ramos mortos, porque a árvore toda já está seca”, numa alusão ao discurso do chefe de Estado português nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Vila Real, no qual Marcelo Rebelo de Sousa considerou necessário “cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda”.
“O CDS-PP concorda com o senhor Presidente da República quando afirma que Portugal é mais pobreza do que riqueza, mais desigualdade do que igualdade, mais razões para partir, às vezes, do que para ficar. E a liberdade, a saúde, a educação e a Segurança Social são cada vez mais retratos de um país profundamente insatisfeito com a governação socialista”, lê-se na mensagem.
Para Nuno Melo, “o país precisa de um novo fôlego” e de “um novo ciclo” que liberte o país “do socialismo e que devolva de novo a esperança aos portugueses”.
O centrista considera que o país vive “uma crise política latente e crescente desde que o Governo socialista tomou posse”.
“Que o ministro [das Infraestruturas] João Galamba tenha sido um dos governantes escolhidos para representar o governo no 10 de Junho, apesar da enorme rejeição da sociedade portuguesa e das críticas contundentes anteriores do Presidente da República, mostra ostensivamente a forma errada e até provocatória com que o PS interpreta a data e confunde maioria absoluta com poder absoluto”, acusa o dirigente.
Na opinião de Nuno Melo, “a divergência entre a perceção do primeiro-ministro António Costa e o sentimento do povo, encontra-se em cada assobio e apupo hoje testemunhados”, numa referência ao facto de o ministro das Infraestruturas ter sido hoje recebido com protestos pelos populares presentes nas cerimónias oficiais do 10 de Junho no Peso da Régua, no distrito de Vila Real.
Para o líder do partido, “comemorar o 10 de Junho é celebrar o nosso país e nação com novecentos anos de história, tradição, mas sobretudo futuro”.
O Presidente da República considerou hoje necessário “cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda”, advertindo que, só se não se quiser, é que “Portugal não será eterno”.
No seu discurso na cerimónia militar do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorreu no Peso da Régua, distrito de Vila Real, disse ainda que Portugal não pode desistir de criar mais riqueza, igualdade, mais coesão, considerando que só isso permitirá que continue a ter a sua “projeção no mundo”.
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"Não, não menti", garante Galamba
O ministro das Infraestruturas foi entrevistado pela RTP3 ao início da tarde ainda no Peso da Régua e começou por dizer que este é “um momento excelente para o Douro”, puxando pelo “desbloqueio da eletrificação da linha do Douro”.
João Galamba garante que o seu “foco neste momento é o trabalho” e sobre a vaia que recebeu à chegada diz que teve “receções boas e más” como tem “em todo o lado”.
Perante a insistência do jornalista sobre as condições política para continuar no Governo, Galamba diz que continuará a “trabalhar e a concretizar os projetos” que tem em mãos: “Sou um ministro com muitas coisas para fazer e coisas que continuarei a fazer a bem do país”.
Marcelo falou, na intervenção do 10 de junho, que era “é preciso cortar os ramos mortos, que atingem a árvore toda”, numa frase que foi lida como um recado a Costa sobre Galamba — que Marcelo queria que tivesse saído do Governo. Mas o ministro diz ter ouvido a intervenção “com naturalidade”, repetindo que o seu foco “não é responder a críticas mas executar” o seu trabalho.
Já a entrar no carro e a repetir que tem muito projetos para executar no Governo, Galamba foi questionado se mentiu no inquérito parlamentar sobre a TAP — já que a sua versão não coincide com a do secretário de Estado do primeiro-ministro –, mas o ministro garabntiu: “Não, não menti. Não menti”.
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Início de dia tenso para o Governo
A manhã no Douro tinha começado tensa para o Governo, com o polémico ministro das Infraestruturas a ser vaiado à chegada das cerimónias do 10 de junho, como o Rui Pedro Antunes resume neste texto:
Galamba vaiado por populares à chegada às comemorações do 10 de junho, Costa aplaudido
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O atribulado quilómetro de António Costa
Aqui tem a reportagem do atribulado percurso a pé do primeiro-ministro e a sua mulher em Peso da Régua, sempre seguido pelos protestos dos professores:
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O discurso presidencial nas entrelinhas
Neste artigo do Rui Pedro Antunes, pode ler sobre os avisos que o Presidente da República passou na sua intervenção desta manhã no 10 de junho:
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"Racista". António Costa responde irritado a protesto de professores
No final de um percurso a pé em Peso da Régua, António Costa e a mulher, Fernanda Tadeu, responderam irritados a um protesto de professores no final das comemorações do Dia de Portugal.
[Ouça aqui a altercação entre o primeiro-ministro e os professores]
“Racista”. António Costa responde irritado a protesto de professores
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Costa pede a mulher que não responda a manifestantes, mas o próprio primeiro-ministro acaba por acusar professor em momento tenso: "Racista"
António Costa e mulher fez o caminho até ao restaurante a pé, depois de um primeiro momento de discussão com os professores. Pelo caminho, foi cumprimentando populares, de forma amistosa, recebeu palavras de apoio, mas os professores não arredaram pé.
Quase à chegada ao restaurante, Fernanda Tadeu, mulher do chefe de Governo, começou a responder às palavras dos manifestantes e António Costa tentou demovê-la várias vezes: “Não respondas”, repetiu o primeiro-ministro.
Os seguranças do primeiro-ministro retiraram a mulher do primeiro-ministro desta zona e levaram-na para um local mais reservado do restaurante. Depois disso, com a mulher já numa zona mais resguardada, António Costa virou-se para um professor-manifestante e chamou-lhe “racista”, numa alusão a um cartaz em que aparece com uma forma suína e dois lápis espetados nos olhos.
Com Miguel Viterbo Dias e João Porfírio
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Rui Rocha, Presidente da IL: “Mais do que a poda”, Portugal precisa de “uma árvore nova”
O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, defendeu hoje, no Porto, em reação ao discurso do Presidente da República no 10 de Junho, que “mais do que uma poda”, o país precisa “de uma árvore nova”.
“A árvore está contaminada e, portanto, mais do que a poda que o senhor Presidente da República recomenda, o que nós precisamos no país é de uma árvore nova”, disse hoje Rui Rocha na sede nacional da IL, no Porto, em reação ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa.
Hoje, no seu discurso na cerimónia militar do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no Peso da Régua (distrito de Vila Real), o Presidente da República considerou necessário “cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda”, advertindo que, só se não se quiser, é que “Portugal não será eterno”.
Rui Rocha interpretou as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa entendendo os “ramos que é preciso cortar como ministros”, na “metáfora que o senhor Presidente da República quis fazer”, questionando, além da permanência no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, também a da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, ou do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
“Há vários ramos deste Governo que são ramos que não têm viabilidade, já mostraram que não têm condições para estar no Governo”, defendeu.
No entender do líder liberal, o necessário é uma nova ‘árvore’ “que devolva confiança aos portugueses, que traga transparência, que traga crescimento económico, que traga oportunidades para os portugueses e que possa, portanto, reverter este ciclo de degradação, de decadência, em que o país está mergulhado”.
Continuando nas referências à botânica, Rui Rocha considerou ainda “o PS e o seu Governo” uma “espécie de erva daninha que ocupa tudo à sua volta”, como o aparelho de Estado, a justiça ou os reguladores económicos.
Questionado acerca das vaias de que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, foi hoje alvo no Peso da Régua, o líder liberal considerou que o governante “está a ser utilizado pelo primeiro-ministro para fazer uma provocação” ao Presidente da República e ao país.
Para Rui Rocha, os portugueses “responderam hoje, de forma ruidosa, a essa provocação”.
“O primeiro-ministro tem uma maioria absoluta, considera que isso lhe dá poder absoluto, não ouve ninguém, não ouve a oposição, não ouve o Presidente da República, não ouve os portugueses”, considerou.
O também deputado disse ser necessário “chegar à conclusão de que já não são os ramos que são o problema”, a “impedir Portugal de crescer como podia e devia” ou a “contribuir negativamente para o desenvolvimento do país”, mas sim “a pessoa que é comum a isto tudo, que é o primeiro-ministro”, António Costa.
Sobre o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rocha disse ainda que a IL “concorda” com “o diagnóstico” feito pelo chefe de Estado quanto a, por vezes, “haver mais razões para sair do que para ficar” no país, à pobreza e à “incapacidade do país gerar crescimento”.
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Marcelo recusa-se a comentar vaia a Galamba: "Oh minha filha, a melhor receção foi ao Dia de Portugal"
Marcelo Rebelo de Sousa está a caminhar livremente pelo Peso da Régua e já foi desafiado várias vezes a comentar as vaias a Galamba, mas tem resistido a fazê-lo. Até disse a uma jornalista: “Oh minha filha, a melhor receção foi ao Dia de Portugal”.
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Costa circula na Régua sob protesto de professores: "São muito injustos. Protestam contra Governo que pôs fim ao congelamento da carreira"
Depois do discurso de Marcelo, o primeiro-ministro continua a cumprimentar quem assistiu à cerimónia do 10 de junho, no Peso da Régua, mas entre o público estão professores em protesto que o seguem pelo percurso.
O primeiro-ministro é confrontado por uma manifestante e pára para falar: “Pedem respeito mas também têm de respeitar os outros”. Costa pede para ser ouvido e diz aos professores que “são muito injustos” por “não reconhecerem que estiveram muitos anos com carreira congelada. Eu descongelei a carreira”.
“Protestam contra Governo que pôs fim ao descongelamento da carreira”, diz Costa sendo sempre interrompido pelos manifestantes e pedindo: “Também quero respeito”. Continua, com a mulher ao lado, a dizer que o descongelamento “foi exactamente na mesma medida para as outras carreiras” da função pública.
Durante todos estes longos minutos, Costa é também questionado pelo jornalistas sobre se está incomodado com os protestos e diz que não: “Os protestos fazem parte da democracia”.
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Luís Montenegro: "O PSD não desiste de Portugal e quero ser primeiro ministro"
O líder do PSD reafirmou, este sábado, no Peso da Régua que o partido que lidera tem propostas para o país e “não desiste de Portugal”.
“O PSD não desiste de Portugal e o quero ser primeiro ministro”, disse Luís Montenegro, à margem das comemorações do Dia de Portugal.
“Sou muitas vezes acusado, injustamente, de não apresentar linhas de orientação política para o país. Quero recordar que, no processo de revisão constitucional que está em curso, um dos pilares fundamentais que deve estar na lei fundamental é o da coesão territorial e geracional. É preciso aproveitar o potencial humano e natural que o país tem. Fixar os nossos jovens é um desígnio a que ninguém pode falhar. Para isso, podemos de ter políticas públicas capazes de dar oportunidades a todos”, referiu Montenegro, aos jornalistas.
O presidente do PSD recusou falar sobre o caso de João Galamba, sublinhando que o que mais o preocupa “é o futuro de Portugal”.
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PS diz que Marcelo "conta com todos" e deixou "mensagem pela continuidade"
O primeiro-ministro não respondeu às perguntas dos jornalistas sobre a intervenção do Presidente da República. A reação do PS chegou de Lisboa onde Porfírio Silva leu um discurso presidencial “que conta com todos os portugueses e marca um 10 de junho virado para o futuro”.
“Não se referindo às questões circunstanciais mas ao longo prazo e ao essencial, transmitiu uma mensagem importante para um país enfrentar p que tem de fazer: uma mensagem de mobilização, unidade e continuidade”.
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Galamba ignora vaias populares e pressões de Marcelo e quer continuar: "Facilitar a vida ao primeiro-ministro é fazer um bom trabalho"
No fim da cerimónia, o ministro das Infraestrutras, João Galamba, foi questionado sobre se não devia sair do Governo para ajudar o chefe de Governo, mas limitou-se a dizer: “Facilitar a vida ao primeiro-ministro é fazer um bom trabalho que é o que eu pretendo continuar a fazer”.
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Marcelo: "É preciso cortarmos os ramos mortos, que atingem a árvore toda"
O Presidente da República pede que Portugal seja “mais forte e mais justo cá dentro”.
No fim do discurso, naquilo que pode ser visto como uma nova sugestão de apontar a porta de saída de João Galamba do Governo, Marcelo utiliza um paralelismo com o Douro para enviar um recado: “É preciso cortarmos os ramos mortos, que atingem a árvore toda”.