As regiões do Algarve e Centro são as que registam nesta altura uma maior pressão da Covid-19 sobre as unidades de cuidados intensivos, indicou o presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, Paulo Magalhães, à Rádio Observador.

A capacidade de resposta a outras doenças também é “preocupante”, mas nem a Covid-19, nem os outros quadros clínicos estão a colocar as unidades de cuidados intensivos em rutura, considerou o médico: a referenciação em rede, que permite transferir doentes para outros hospitais mesmo quando os serviços em alguns deles ficam comprometidos, continua ativo.

Rutura nos serviços de cuidados intensivos: “A situação é preocupante, mas ainda temos capacidade de resposta”

A tendência de aumento dos internamentos nas unidades de cuidados intensivos (UCI) é “fortemente preocupante”, considerou o presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos. Em entrevista à Rádio Observador, Paulo Magalhães assegurou que as UCI não estão em rutura e que a situação atual é incomparável há que se vivia no início do ano.

Rutura nos serviços de cuidados intensivos: “A situação é preocupante, mas ainda temos capacidade de resposta”

Ainda assim, o médico intensivista diz-se preocupado com a subida da pressão que os hospitais estão a experenciar à conta da Covid-19: se no início de outubro se registavam 50 a 60 doentes internados nos cuidados intensivos, agora Portugal tem mais do dobro e mantém a tendência crescente.

Questionado sobre se as medidas atuais são suficientes para manter o controlo do serviço nacional de saúde, Paulo Magalhães diz que elas são o “compromisso possível”. “Acredito que quanto mais gravosas são as medidas, mais eficazes serão em termos de prevenção da incidência e prevenção”, mas “o ponto de vista dos cuidados intensivos não é o único”.

Portugal voltou a ultrapassar os 100 mil testes diários à infeção pelo SARS-CoV-2 na última quinta-feira, anunciou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). Realizaram-se cerca de 113 mil novos testes ao longo do dia 2 de dezembro, mas chegaram-se aos 117 mil a 30 de novembro.

Entre 30 de novembro e 2 de dezembro, o país realizou cerca de 300 mil testes de diagnóstico à Covid-19 — depois de, a 26 de novembro, já ter atingido a marca dos 21 milhões de testes em toda a epidemia. Em novembro realizaram-se cerca 1,5 milhões de testes de diagnóstico, com uma média diária de cerca de 50 mil testes.

As autoridades do Rio de Janeiro cancelaram as festas da passagem de ano por causa da covid-19. Autarquia seguiu pareceres de peritos.

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Portugal entregou na sexta-feira às autoridades da Guiné-Bissau mais 100 mil vacinas da Astrazeneca contra a covid-19.

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Nem mesmo os 3.233 recuperados confirmados nas últimas 24 horas foram suficientes para reduzir o número de casos ativos em Portugal, que ascendeu aos 58.833, mais 2.394 que na última atualização das autoridades de saúde. Neste momento, há mais 2.725 contactos em vigilância, perfazendo um total de 74.755 pessoas em acompanhamento.

Nem mesmo a faixa etária dos 80 anos ou mais registou este sábado um número de novos casos com menos de três dígitos: foram 101 entre os mais idosos, um valor que continua a ser quase dez vezes inferior à faixa etária com maior volume de infetados — a dos 40-49 anos, com 996.

Ainda antes da faixa etária das crianças até aos nove anos, houve outras três com mais casos: 20-29 anos (824), 30-39 anos (807) e 50-59 anos (766). O grupo etário mais nova tem 639 novos casos e, logo a seguir, a dos jovens entre os 10 e os 19 anos regista 621 novos casos.

Seguem-se a faixa etária dos 60-69 anos (566 novos casos) e, por fim, a dos 70-79 anos (329).

A vítima mortal mais jovem da Covid-19 registada nas últimas 24 horas é uma mulher entre os 50 e os 59 anos. A maioria dos óbitos, no entanto, aconteceu entre os indivíduos a partir dos 70 anos — oito entre os 70 e os 79 anos (três homens e cinco mulheres); e nove com 80 anos ou mais (seis homens e três mulheres).

Houve duas regiões nacionais sem registo de óbitos por Covid-19: Alentejo e Açores. Sete das mortes ocorreram no Norte, cinco em Lisboa e Vale do Tejo, quatro na região Centro e outras tantas no Algarve. Na Madeira houve dois óbitos.

Os internamentos gerais por Covid-19 decresceram nas últimas 24 horas: o novo balanço das autoridades de saúde aponta para 879 pessoas hospitalizadas por complicações associadas à infeção pelo coronavírus, menos 23 do que tinha sido contabilizado na sexta-feira.

Este é o segundo dia consecutivo de decréscimo nos internamentos por Covid-19, depois de uma subida diária desde 7 de novembro. Portugal volta agora a estar abaixo dos 900 casos internados nos hospitais — um marco que tinha sido ultrapassado no primeiro dia de dezembro.

Mas o número de internados nos cuidados intensivos aumentou para 130, mais um que na sexta-feira, uma tendência que se regista desde 27 de novembro.

Portugal registou mais 5.649 casos de infeção pelo novo coronavirus e 22 mortes por Covid-19 ao longo da última sexta-feira. Os dados acabaram de ser divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) através do relatório de situação publicado diariamente pelas autoridades de saúde.

Este é o maior número de óbitos desde 10 de março (22) e o maior número de casos desde 6 de fevereiro, dia em que se registaram 6.132 novas infeções.

A incidência do novo coronavírus na Alemanha situa-se em 442,7 novas infeções por cada 100.000 habitantes em sete dias e o número de mortos devido à doença aumentou para 378.

Covid-19. Incidência e mortes na Alemanha voltam a subir após dias em queda

Os 16 municípios do Algarve decidiram em conjunto cancelar a realização de festas de passagem de ano por não estarem reunidas as condições para cumprir as medidas de contenção da covid-19.

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A Rússia teve o mês mais letal para o país desde o início da pandemia, segundo instituto governamental. Número total de mortos já ultrapassa os 520 mil.

Covid-19. Rússia teve o mês mais letal da pandemia em outubro com 74.893 mortos