A Rússia registou em outubro 74.893 mortes associadas à covid-19, o mês mais letal para o país desde o início da pandemia, divulgou na sexta-feira a agência de estatísticas Rosstat.

O número total de mortes causadas pela pandemia de covid-19 na Rússia era superior às 520 mil no final de outubro, segundo a Rosstat, que tem uma contagem de mortes associada ao coronavírus SARS-CoV-2 mais ampla do que o Governo russo.

Segundo o relatório divulgado na sexta-feira, a Rússia, que tem 145 milhões de habitantes, é o terceiro país mais afetado no mundo, a seguir aos Estados Unidos e ao Brasil.

A contagem feita por Moscovo, mais restrita, assinala 278.858 mortes desde o início da pandemia, segundo os números mais recentes.

No início do outono, a Rússia foi duramente atingida por uma nova vaga da pandemia, devido à variante Delta.

As autoridades russas atribuem o aumento das infeções e mortes à agressividade da variante Delta, ao não cumprimento das medidas sanitárias por muitos dos habitantes e, acima de tudo, à baixa taxa de vacinação.

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A Rússia conta com várias vacinas próprias, incluindo a Sputnik V, mas apenas 39,9% da população tem o esquema vacinal completo, segundo o ‘site’ especializado Gogov.

O confinamento mais restrito decretado na primavera de 2020 não voltou a ser aplicado pelas autoridades, apesar das novas vagas da pandemia, com o objetivo de evitar uma crise económica.

Em outubro, no entanto, as autoridades determinaram o encerramento de serviços “não essenciais” em Moscovo durante onze dias.

A nível nacional, o presidente russo Vladimir Putin decretou uma semana de férias entre 30 de outubro e 07 de novembro.

Esta sexta-feira a Rússia registou mais 32.930 infeções e mais 1.217 mortes nas últimas 24 horas .

A covid-19 provocou pelo menos 5.233.111 mortes em todo o mundo, entre mais de 263,61 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.