A Covilhã vai realizar novamente o Carnaval da Neve, com um programa de animação ajustado à situação pandémica e que, por isso, não contará com os dois desfiles que já faziam parte da tradição, foi hoje anunciado.

“Decidimos não realizar os eventos mais coletivos, que poderiam potenciar maiores ajustamentos, pelo que não se vão realizar o desfile Intergeracional e o desfile Carnaval do Mundo. Ainda assim, vamos ter um programa de Carnaval da Neve”, disse hoje Regina Gouveia, vereadora da Cultura na Câmara da Covilhã, entidade que organiza o evento em parceria com o Clube Nacional de Montanhismo.

A vereadora deu conhecimento da decisão “conjunta” na sessão do executivo municipal, que decorreu hoje, precisando que o evento decorrerá entre os dias 25 de fevereiro e 1 de março.

O Presidente da República já promulgou o diploma do Governo que altera medidas aplicáveis no âmbito da pandemia da doença Covid-19, pode ler-se numa nota publicada no site da Presidência.

Fim do confinamento para contactos de risco e certificados só na fronteira. As novas medidas do Governo contra a Covid-19

Santa Cruz da Graciosa, nos Açores, é considerado o município com maior incidência de casos positivos de Covid-19 no país: foram 8.064 nas duas semanas entre 27 de janeiro e 9 de fevereiro por 100 mil habitantes. Mas este é um concelho baixa densidade populacional, por isso qualquer flutuação no número de novos casos traduz-se em grandes mudanças na incidência.

Entre os concelhos de alta densidade populacional, aquele que mais preocupações reúne é mesmo Faro, com 5.619 casos nas mesmas duas semanas em análise por 100 mil habitantes.

Segundo o relatório de vacinação diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), nas últimas 24 horas foram vacinadas mais 23.293 pessoas com a dose de reforço contra a Covid-19. No total, já receberam a dose de reforço mais de cinco milhões de portugueses (5.782.679).

Em termos percentuais, o progresso da vacinação da dose de reforço por faixas etárias encontra-se neste momento da seguinte forma:

• 94% das pessoas com mais de 80 anos já tomaram a dose de reforço.
• 97% das pessoas entre os 70 e os 79 anos já tomaram a dose de reforço.
• 90% das pessoas entre os 60 e os 69 anos já tomaram a dose de reforço.
• 79% da faixa etária dos 50 aos 59 anos já tomaram a dose de reforço.
• 64% da faixa etária dos 40 aos 59 anos já tomaram a dose de reforço.
• 38% da faixa etária dos 30 aos 39 anos já tomaram a dose de reforço.
• 37% da faixa etária dos 20 aos 29 anos já tomaram a dose de reforço.

Completaram ainda o esquema vacinal da Covid-19 mais 1.675 pessoas, contabilizando-se 8.885.289 pessoas totalmente vacinadas.

E receberam a primeira dose da vacina mais quatro crianças dos cinco aos onze anos (327.942 no total), enquanto mais 14 completaram o esquema vacinal (80.175).

Foram ainda vacinadas mais 849 pessoas com a vacina da gripe, tendo-a já tomado 2.593.073 cidadãos.

Lisboa registou 3.001 casos positivos entre 27 de janeiro e 9 de fevereiro por 100 mil habitantes. Continua dentro do patamar máximo de incidência delineado pelas autoridades de saúde, mas é um decréscimo em relação aos 4.816 casos anunciados na semana passada.

No Porto, os dados mais recentes contabilizam 4.422 casos por 100 mil habitantes nas duas semanas em estudo — outro decréscimo importante, ainda que insuficiente para sair no nível máximo de incidência, em relação aos 7.905 casos da semana passada.

Faro segue esta tendência: se na semana passada registava 7.007 casos em duas semanas por 100 mil habitantes, nesta as autoridades de saúde registaram uma incidência de 5.619 casos. Em Coimbra acontece o mesmo: o concelho de centro tem agora 4.621 casos em duas semanas por 100 mil habitantes, quando na semana passada eram 6.612 casos.

Um olhar sobre os municípios capitais de distrito revela que o decréscimo aconteceu em todas eles.

O mais recente boletim diário da DGS, referente à evolução da pandemia da Covid-19 em Portugal, indica ainda que mais de 36 mil pessoas foram dadas como clinicamente recuperadas da infeção nas últimas 24 horas.

Mais exatamente, foram 36.710 as pessoas que estavam infetadas e que foram dadas como recuperadas nas últimas 24 horas. Nesse mesmo período registaram-se 51 mortes de pessoas infetadas pelo novo coronavírus.

Corvo já não é o único concelho do país abaixo da incidência máxima em Portugal: o relatório de situação desta sexta-feira indica que Vimioso, em Bragança, está no segundo pior patamar de incidência — um nível abaixo do que registava na semana passada.

Os dados divulgados há instantes pela Direção-Geral da Saúde dizem respeito ao período de duas semanas entre 27 de janeiro e 9 de fevereiro. Durante esse intervalo, o Corvo registava 213 casos por 100 mil habitantes (o quarto nível em sete); e Vimioso identificava 884 casos.

O concelho bragantino baixa um patamar incidência em relação ao que tinha no boletim da semana passada; e a ilha açoriana decresce dois patamares.

No mesmo dia da última semana — sexta-feira, 11 de fevereiro — o boletim da DGS reportava quase 25 mil novos casos de infeção por coronavírus: mais exatamente, 24.271.

Passada uma semana, esta sexta-feira, o boletim da DGS reporta 15.482 novos casos de infeção detetados. São menos 8.789 do que a 11 de fevereiro.

Em sentido contrário, há uma semana o boletim da DGS reportava 41 mortes atribuídas à Covid-19 (não necessariamente por Covid-19), agora reporta 51 óbitos (mais dez).

Também há uma semana estavam 2332 infetados internados (agora estão 1.936) e 600 324 casos ativos (pessoas infetadas) no país — hoje, a DGS reportava 516.890 casos ativos, menos 83.434.

Nas últimas 24 horas a DGS registou mais 15.482 casos de infeção pelo SARS-CoV-2. Há ainda mais 51 mortes atribuídas à Covid-19 a lamentar, informa o habitual boletim diário.

Verifica-se também uma queda nos valores da incidência e da transmissibilidade — a nível nacional há agora 3853,1 casos de infeção por cada 100 mil habitantes (na passada quarta-feira eram 4390,9) e o R(t) é de 0,74 (0,76 há dois dias).

Ontem o número de novos casos já tinha observado esta mesma tendência de descida, com as 16.488 infeções registadas a fazerem desta a quinta-feira com menor número de infetados desde o Natal.

Nota editorial — Os números do boletim diário da DGS devem ser lidos tendo em conta duas limitações, que o Observador explica aqui: os valores de internamentos Covid incluem um número substancial de doentes hospitalizados por outras doenças; e há hospitais a seguirem critérios diferentes de contabilização de mortos Covid.

Todas as regiões do país registam um índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-CoV-2 inferior a 1 e o número médio de infeções diárias caiu de mais de 31 mil para cerca de 17 mil.

Segundo o relatório semanal sobre a curva epidémica do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) hoje divulgado, as sete regiões apresentam um valor inferior ao limiar de 1 na média a cinco dias do Rt, indicador que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de uma pessoa portadora do vírus que causa a Covid-19.

Em relação ao último relatório, o Rt no Norte baixou de 0,85 para 0,67, sendo essa a região com o valor mais baixo, no Centro de 0,95 para 0,76, em Lisboa e Vale do Tejo de 0,87 para 0,75, no Alentejo de 0,96 para 0,85 e no Algarve de 0,96 para 0,86.

O primeiro-ministro, António Costa, destacou hoje a “eliminação praticamente total” das medidas restritivas relacionadas com a Covid-19, apontando que essas restrições permitiram ao país “libertar-se do risco da contaminação” com SARS-CoV-2.

“As decisões ontem [quinta-feira] tomadas no Conselho de Ministros preveem a eliminação praticamente total das medidas que ainda existem e fixou também o momento em que as poucas que vão subsistir irão desaparecer”, afirmou António Costa, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas.