Os festivais de verão “Coachella” e Stagecoach 2022″, estão de volta ao sul da Califórnia na segunda metade de abril, anunciou a Goldenvoice — entidade responsável pela organização de ambos os eventos — e o seu regresso traz alguma polémica à mistura.

Ao contrário das recomendações de Saúde Pública daquele Estado, não será aplicada nenhuma medida contra a Covid-19 — teste, apresentação de certificado ou utilização de máscara de proteção — uma decisão que altera a posição tomada pela própria organização, em outubro de 2021 .

Na conta do Twitter da “Stagecoach Festival” pode ler-se uma publicação a anunciar a decisão: “Enquanto nos preparamos para passar um fim de semana incrível juntos no deserto, anunciamos que não haverá requisitos de vacinação, teste ou utilização de máscara no “Stagecoach 2022.”

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Apesar do levantamento das restrições, a organização dos eventos não deixa de alertar na sua página que “não há garantia, expressa ou implícita, de que os participantes do festival não serão expostos ao Covid-19” e que se trata de “uma doença extremamente contagiosa.” Ao mesmo tempo, recomenda-se que os “festivaleiros” usem proteções faciais contra o pó do deserto.

Alguns cibernautas insurgiram-se contra o levantamento das medidas com alguns comentários depreciativos: “O Coachella está a organizar um evento de superdisseminação [de Covid-19]. Impressionante.” ou  “”Covidchella””, ironizou um internauta.

De recordar que o Departamento de Saúde Pública da Califórnia recomenda fortemente que os grandes eventos ao ar livre — festivais de música ou maratonas — exijam aos participantes a apresentação de certificado de vacinação ou realização de teste Covid-19 e [preferencialmente] utilização de máscara não social.

A edição deste ano do “Coachella” tem lugar nos fins de semana de 15 a 17 e 22 a 24 de abril e será encabeçada por Harry Styles, Billie Eilish e Ye, enquanto Thomas Rhett, Carrie Underwood e Luke Combs serão a atração principal do “Stagecoach”, que vai de 29 de abril a 1 de maio.

Antes de eclodir a pandemia Covid-19, o festival “Coachella” — um dos mais populares do mundo — chegou a juntar 125.000 participantes, mas foi cancelado três vezes devido às restrições provocadas pelo vírus Sars-CoV-2.

No verão 2021, o festival “Lollapalooza”, em Chicago, contou com mais de 400.000 espectadores, que foram obrigados a apresentar prova de vacinação ou um teste Covid-19 negativo. Nas semanas seguintes, a organização revelou baixas taxas de transmissão entre os “festivaleiros”.

A maior parte dos grandes festivais de música nos EUA, agendados até ao final deste ano, exige que o público esteja vacinado ou apresente um teste negativo.