Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia, este liveblog fica por aqui. Pode continuar a seguir neste novo liveblog os acontecimentos da Guerra na Ucrânia.

  • Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?

    • O ataque russo a um terminal de cereais em Odessa foi o foco do habitual discurso noturno de Volodymyr Zelensky. O Presidente ucraniano disse que este e outros ataques reforçam a vulnerabilidade do espaço aéreo ucraniano e lançou um apelo aos aliados ocidentais: “O escudo aéreo da Ucrânia tem de ser reforçado”;
    • O Presidente Vladimir Putin assegurou hoje que a Rússia está preparada para regressar ao acordo sobre a exportação de cereais ucranianos caso os seus pedidos sejam concretizados “na totalidade”, e sem os quais o seu prolongamento “deixa de ter sentido”;
    • O líder do grupo Wagner parece ter voltado a aparecer em público. Num vídeo divulgado pelo seu serviço de imprensa, Yevgeny Prigozhin aparenta dar as boas-vindas a combatentes da organização mercenária recém-chegados à Bielorrússia;
    • O Kremlin vai passar a considerar qualquer navio que tenha como destino a Ucrânia como um possível transportador de equipamento militar já a partir de amanhã de manhã, anunciou o Ministério da Defesa russo;
    • Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europa preparam-se para discutir amanhã uma nova proposta de ajuda militar à Ucrânia, num plano que prevê gastos de cerca de 20 mil milhões de euros;
    • 10 pessoas ficaram feridas na sequência de um bombardeamento russo em Donetsk, avançou a polícia nacional ucraniana. Entre os feridos estão duas crianças, de um e treze anos;
    • A Ucrânia reconheceu hoje que a contraofensiva que desencadeou para retomar os territórios sob ocupação russa será “longa e difícil”, e disse necessitar de novos tanques e aviões F-16 ocidentais;
    • O líder do serviço de espionagem britânico teceu alguns comentários acerca da tentativa de rebelião armada do grupo Wagner. Richard Moore diz que a reação de Putin foi um sinal de fraqueza do Presidente russo, que tentou sobretudo “salvar a pele” perante a ameaça do grupo de Yevgeny Prigozhin;
    • Uma nova proposta de lei que deu entrada no parlamento russo prevê uma pena máxima de até cinco anos de prisão para quem seja considerado culpado de “propaganda e justificação de ideologias extremistas”;
    • O chefe dos serviços secretos britânicos admitiu hoje o recrutamento de cidadãos russos descontentes e “horrorizados” com a invasão russa da Ucrânia para fazer espionagem para o Reino Unido.

  • Depois de ataque em Odessa, Zelensky diz que o “escudo aéreo” ucraniano tem de ser reforçado

    O ataque russo a um terminal de cereais em Odessa foi o foco do habitual discurso noturno de Volodymyr Zelensky. O Presidente ucraniano disse que este e outros ataques reforçam a vulnerabilidade do espaço aéreo ucraniano e lançou um apelo aos aliados ocidentais: “O escudo aéreo da Ucrânia tem de ser reforçado”.

    Este ataque prova que o alvo deles não é só a Ucrânia e não é só a vida do nosso povo (…) O terminal portuário mais afetado pelo terror russo da última noite tinha 60 mil produtos agrícolas armazenados, que estavam programados para serem enviados para a Rússia. Ou seja, todos são afetados por este terror russo”, declarou Zelensky, ecoando informações avançadas pelo Ministério da Agricultura ucraniano.

    O Chefe de Estado disse que “a máxima atenção recaiu sobre eliminar as consequências” do ataque russo na cidade portuária e que, graças aos sistemas de defesa anti-aérea e ao trabalho da força aérea, “as consequências deste ataque foram menores do que podiam ter sido”.

    Ainda assim, Zelensky diz que o bombardeamento da última madrugada “foi talvez a maior tentativa da Rússia infligir danos a Odessa em todo o período da guerra” desde que a invasão começou, em fevereiro de 2022.

    Numa altura em que Moscovo suspendeu o acordo dos cereais — e no mesmo dia em que veio dizer que, a partir de amanhã, todas as embarcações com destino até à Ucrânia serão considerados alvos militares legítimos — o Presidente ucraniano considerou que “todos no mundo deviam estar interessados em trazer à justiça a Rússia pelo seu terror”.

  • Bruxelas discute plano de 20 mil milhões de euros de ajuda militar à Ucrânia

    Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europa preparam-se para discutir amanhã uma nova proposta de ajuda militar à Ucrânia, num plano que prevê gastos de cerca de 20 mil milhões de euros.

    A verba seria utilizada durante um período de quatro anos e prevê o fornecimento de armas, munições e outros equipamentos militares para a Ucrânia, de acordo com a Sky News.

    A proposta partiu do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell e tem como objetivo garantir o apoio a longo-prazo da Ucrânia durante a guerra.

  • Líder do MI6 britânico diz que Putin quis “salvar a pele” ao fazer acordo com Prigozhin

    O líder do serviço de espionagem britânico teceu alguns comentários acerca da tentativa de rebelião armada do grupo Wagner. Richard Moore diz que a reação de Putin foi um sinal de fraqueza do Presidente russo, que tentou sobretudo “salvar a pele” perante a ameaça do grupo de Yevgeny Prigozhin.

    “[Putin] não deu luta a Prigozhin, na verdade”, afirmou o líder do MI6 à CNN Internacional. “Fez um acordo para salvar a pele, usando os bons gabinetes do líder da Bielorrússia”. Para Moore, tal representa um claro sinal de que o regime russo está fragilizado e é vulnerável a ameaças.

    O líder da espionagem britânica teceu ainda comentários sobre o destino do grupo Wagner. Com alguma cautela, uma vez que, diz, não é possível fazer “juízos firmes” com a informação disponível, Moore disse, no entanto, que a organização mercenária “não parece estar ativa na Ucrânia” e que “alguns dos seus elementos aparentam estar na Bielorrússia”.

  • Rússia. "Propaganda e justificação de ideologias extremistas" pode dar até cinco anos de prisão

    Uma nova proposta de lei que deu entrada no parlamento russo prevê uma pena máxima de até cinco anos de prisão para quem seja considerado culpado de “propaganda e justificação de ideologias extremistas”, de acordo com a Sky News.

    Vários deputados da câmara baixa da Duma já indicaram estar de acordo com a proposta, que contempla uma pena mínima de 300 mil rublos (pouco menos de 3 mil euros) de multa.

    Na sua análise, o think tank norte-americano Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) diz que este é o mais recente sinal do Kremlin utilizar “a manipulação legislativa para reprimir a oposição interna”.

  • Putin admite regresso ao acordo sobre cereais com condições

    O Presidente Vladimir Putin assegurou hoje que a Rússia está preparada para regressar ao acordo sobre a exportação de cereais ucranianos caso os seus pedidos sejam concretizados “na totalidade”, e sem os quais o seu prolongamento “deixa de ter sentido”.

    “Examinaremos a possibilidade de regressar [ao acordo] mas com uma condição: se todos os princípios de participação da Rússia neste acordo foram tomados em consideração e realizados sem exceção e na sua totalidade”, declarou Putin durante uma reunião governamental transmitida pela televisão.

  • EUA anunciam novo pacote de ajuda militar à Ucrânia

    Os EUA anunciaram um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, no valor de 1,3 mil milhões de dólares (cerca de 1,16 mil milhões de euros).

    O novo programa de assistência de Washington prevê o envio de novos sistemas de defesa anti-aérea e munições, e segue-se ao polémico envio das bombas de fragmentação, que foi confirmado nas últimas semanas.

    Em comunicado, o Pentágono explica que o novo pacote se insere no contexto de “um período de contratação” para assegurar mais ajuda para Kiev.

  • Kiev prevê contraofensiva "longa e difícil" e pede mais tanques e aviões

    A Ucrânia reconheceu hoje que a contraofensiva que desencadeou para retomar os territórios sob ocupação russa será “longa e difícil”, e disse necessitar de novos tanques e aviões F-16 ocidentais.

    “Esta operação será sem qualquer dúvida muito difícil, longa, e vai prolongar-se por muito tempo”, sublinhou em entrevista à agência noticiosa AFP o conselheiro da presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak.

    Apesar dos esforços dos aliados ocidentais de Kiev, o Exército ucraniano está ainda confrontado “com problemas no fornecimento de armas”, admitiu o responsável, ao considerar que “os complexos militares-industriais [ocidentais] não estavam preparados para este tipo de guerra”, como a utilização muito intensa de diverso armamento.

    Segundo Podoliak, a Ucrânia necessita “de 200 a 300 veículos blindados suplementares, em particular tanques”, de “60 a 80 aviões F-16” e de “cinco a dez sistemas suplementares de defesa antiaérea” norte-americanos Patriot.

  • Zelensky assinala encontro com líder de organismo de ajuda externa dos EUA

    Volodymyr Zelensky recorreu esta tarde às redes sociais para assinalar o encontro Samantha Powell, administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla orginal)

    O encontro, adiantou o Presidente ucraniano, serviu para discutir o apoio à Ucrânia, bem como “as consequências das tentativas da Rússia de destruir a Iniciativa dos Cereais do Mar Negro”.

  • Rússia vai passar a considerar todos os navios com destino à Ucrânia como possíveis transportadores de armas

    O Kremlin vai passar a considerar qualquer navio que tenha como destino a Ucrânia como um possível transportador de equipamento militar já a partir de amanhã de manhã, anunciou o Ministério da Defesa russo.

    Numa publicação no Telegram, o ministério adianta ainda que vai passar a considerar as regiões noroeste e sudeste das águas internacionais do Mar Negro como não-seguras para navegação.

    Os novos desenvolvimentos surgem depois de Moscovo ter anunciado ontem a suspensão do acordo dos cereais do Mar Negro que, até aqui, permitia a passagem em segurança de embarcações de transportes de cereais ucranianos.

  • Ataques russos em Donetsk provocam 10 feridos

    10 pessoas ficaram feridas na sequência de um bombardeamento russo em Donetsk, avançou a polícia nacional ucraniana. Entre os feridos estão duas crianças, de um e treze anos.

    Numa publicação no Telegram, a força de segurança ucraniana divulgou imagens do ataque e adiantou ainda que, ao longo do dia, o exército russo atacou várias povoações na região, usando um misto de artilharia, sistemas anti-aéreos e tanques.

  • "Putin não considera dispensar o grupo Wagner"

    O presidente russo “só respeita a força militar” e o grupo “continua a ser muito útil no teatro de operações Africano”. A análise do historiador Bruno Cardoso Reis aos avanços da guerra na Ucrânia.

    Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

    “Putin não considera dispensar o grupo Wagner”

  • Yevgeny Prigozhin aparenta reaparecer em vídeo a receber soldados na Bielorrússia

    O líder do grupo Wagner parece ter voltado a aparecer em público. Num vídeo divulgado pelo seu serviço de imprensa, Yevgeny Prigozhin aparenta dar as boas-vindas a combatentes da organização mercenária recém-chegados à Bielorrússia.

    Na gravação não é possível ver Prigozhin, mas a voz do líder mercenário é ouvida a dirigir-se aos combatentes. A confirmar-se a autenticidade do vídeo, será a primeira indicação quanto ao paradeiro do chefe do grupo Wagner desde a rebelião armada que liderou contra o Ministério da Defesa russo, na noite de 24 de junho.

    “Bem-vindos rapazes. Bem vindos à Bielorrússia”, pode ouvir-se Prigozhin a dizer, citado pela Reuters. “Lutámos com honra (…) prestaram um grande serviço à Rússia”.

    O fundador da organização parece também indicar que os combatentes do grupo Wagner não irão estar envolvidos na guerra daqui para a frente. “O que se está a passar agora na frente é uma desgraça com a qual não nos precisamos de envolver”, diz Prigozhin.

    Em vez disso, acrescenta, o foco do grupo Wagner passará pour “uma nova jornada em África”, onde os mercenários também estão ativos. Prigozhin parece, por fim, deixar a porta aberta a um regresso à Ucrânia — mas não no futuro próximo, garante.

    “Talvez regressaremos um dia à operação militar especial (na Ucrânia), quando tivermos a certeza de que não seremos obrigados a envergonharmo-nos a nós próprios”, conclui, num claro sinal de que as divergências com o comando militar russo não terão sido sanadas.

  • Servicos secretos britanicos estão a recrutar russos descontentes

    O chefe dos serviços secretos britânicos (MI6), Richard Moore, admitiu hoje o recrutamento de cidadãos russos descontentes e “horrorizados” com a invasão russa da Ucrânia para fazer espionagem para o Reino Unido.

    “Há muitos russos que estão silenciosamente horrorizados por verem as suas Forças Armadas a pulverizar cidades ucranianas, a expulsar famílias inocentes das suas casas e a raptar milhares de crianças”, declarou o responsável, citado pelo jornal Financial Times.

    Num discurso proferido na residência do embaixador britânico em Praga (República Checa), Richard Moore incitou mais russos a desertar e vincou que a porta do MI6 “está sempre aberta”.

  • Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?

    • O Presidente russo não vai estar presente na reunião dos BRICS. A confirmação foi dada pelo Presidente da África do Sul, onde decorre a cimeira, que diz que a decisão foi tomada por “mútuo acordo”. Vladimir Putin vai acompanhar a cimeira por videochamada;
    • A Rússia lançou um “ataque massivo” em Odessa, no sul da Ucrânia, atingindo um terminal de cereais ucranianos. O ministro da agricultura ucraniano disse que 60.000 toneladas de cereais foram destruídos;
    • Mykahilo Podolyak, conselheiro de Volodymyr Zelensky, descreveu o ataque como um “ato terrorista” que atenta contra a segurança alimentar global. Também o Presidente ucraniano acusou Moscovo de “atacar deliberadamente” locais de exportação de cereais ucranianos;
    • Nos últimos dias, Yevgeny Prigozhin foi “tomar um chá” com Vladimir Putin”, disse Richard Moore, o chefe do MI6 britânico;
    • Com o fim do acordo dos cereais, a Ucrânia está a considerar considerar um “corredor” que passa pelas águas territoriais da Roménia e da Bulgária, disse hoje o embaixador ucraniano na Turquia;
    • Moscovo deu três meses às Nações Unidas para implementar a parte do acordo dos cereais que previa a exportação de produtos russos, para que depois disso se reiniciasse o acordo de exportação dos cereais ucranianos;
    • O líder nomeado por Moscovo para administração militar e civil da Kharkiv disse que as autoridades ucranianas estão a retirar da região os funcionários de empresas;
    • Um incêndio deflagrou num campo de treinos de uma base militar na península da Crimeia. Segundo as autoridades pró-russas, o fogo obrigou à retirada de 2.000 residentes e ao fecho de uma autoestrada próxima da base. Não foram registados feridos e as causas do incêndio permanecem por apurar. Kiev nega ter reivindicado o ataque;
    • Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, vai realizar uma viagem de um dia ao Paquistão.

  • Odessa. "Resposta ao terror é a força"

    Jornais independentes da Rússia destacam reação da Ucrânia após ataques a Odessa. Já o Kremlin não tem dúvidas: Ocidente “fecha os olhos” aos crimes de Kiev.

    Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:

    Odessa. “Resposta ao terror é a força”

  • Putin não vai a cimeira para "evitar ser preso"

    O presidente russo não vai estar presente na reunião dos BRICS em agosto. Em causa, o mandado de captura do TPI. Ainda os novos ataques a Odessa: autoridades ucranianas falam em “noite difícil”.

    Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:

    https://observador.pt/programas/a-guerra-traduzida/odessa-resposta-ao-terror-e-a-forca/

  • Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia vai visitar o Paquistão

    Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, vai realizar uma viagem de um dia ao Paquistão. A informação foi divulgada pelo homologo paquistanês, Bilawal Bhutto Zardarim.

    Segundo a Reuters, esta será a primeira visita ministerial da Ucrânia desde que se estabeleceram relações diplomáticas entre os dois países, em 1993.

  • Putin vai acompanhar cimeira dos BRICS através de vídeochamada

    Depois de muita especulação, foi revelado nas últimas horas que o Presidente russo não vai estar presente na reunião dos BRICS, em agosto. Agora o porta-voz do Kremlin avançou que Vladimir Putin vai participar no encontro através de uma vídeochamada.

    “O Presidente Putin decidiu participar na cimeira dos BRICS no formato online. Esta vai ser uma participação completa”, garantiu Dmitry Peskov, citado pela agência estatal Ria. O responsável acrescentou que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, estará presente no evento.

    A possível viagem de Putin à África do Sul estava envolta em polémica há vários meses, desde que o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de detenção por crimes de guerra.

    Vladimir Putin está na mira de dezenas de países. 14 perguntas sobre o mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional

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