Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Boa noite, o liveblog com toda a cobertura sobre a celebração do 25 de Abril fica por aqui. Obrigada por nos ter acompanhado.

  • Costa diz que o "Chega foi o que o Chega é". Uma "ultra-minoria" que "demonstrou que não se sabe comportar à mesa da democracia"

    António Costa comentou esta tarde, nos jardins de São Bento, a atitude do Chega para com o presidente Lula da Silva. Diz que “viu uma esmagadora maioria das pessoas que respeitam e amam a liberdade e a democracia, que respeitam as instituições e uma visita de Estado de um país irmão. E depois veio uma ultra-minoria para suplantar em ruído a falta de representação popular que efetivamente tem”.

    Costa elogia Marcelo e critica atenção desproporcionada mediática dada ao Chega

    Para o primeiro-ministro, a “representação popular não resulta do barulho que se faz a bater na mesa, mas dos votos. O Chega teve os votos que teve e é uma ultra-minoria. Isso significa que há uma esmagadora maioria que não se revê no Chega. Relevante não é aquilo que o Chega fez, é aquilo que todos os outros fizeram, demonstrando que o Chega não é a regra, mas felizmente uma exceção”.

    António Costa considera ainda que o Chega “não teve um ato falhado. O Chega foi o que o Chega é e demonstrou a falta de respeito pelas instituições e que não se sabe comportar civilizadamente à mesa de democracia. E não sabe a respeitar a nossa história e a nossa relação com os nossos povos irmãos.”

    O primeiro-ministro alertou ainda é “um dos piores perigos que existe para o futuro da democracia é o excesso de representação mediática e o excesso de atenção de quem não tem essa representação popular”.

  • Santos Silva explicou a estudantes na AR que às vezes é "preciso dar uns ralhetes" a propósito do protesto do Chega contra Lula

    O presidente da Assembleia da República defende que a sua obrigação é fazer cumprir o Regimento, explicando a crianças que visitavam o parlamento que, por vezes, “é preciso fazer uns ralhetes”, depois de ser elogiado pela atitude com o Chega.

    Na tarde do dia 25 de Abril, e como já vem sendo habitual, Augusto Santos Silva percorreu os vários espaços do parlamento, hoje de portas abertas até às 18:30, foi abordado para tirar ‘selfies’, respondeu a perguntas de estudantes sobre o funcionamento da Assembleia da República e houve até um cidadão que lhe deu “os parabéns” pela forma como lidou com o episódio de hoje de manhã na sessão solene de boas vindas ao Presidente do Brasil, Lula da Silva.

    Questionado mais tarde pelos jornalistas sobre estes elogios, ao mesmo tempo que falava com uma turma de alunos do primeiro ciclo, Santos Silva procurou dar uma resposta pedagógica.

    “A minha obrigação é cumprir o Regimento, o Regimento é um livrinho que diz as regras que temos de seguir e eu tenho a responsabilidade de fazer com que toda a gente cumpra as regras. Às vezes, é preciso fazer assim uns ralhetes, dá-se uns ralhetes, como os vossos professores”, explicou.

    À pergunta se irá levar o tema — como outros incidentes passados com o partido de André Ventura, como já tinha prometido — à conferência de líderes de quarta-feira, Santos Silva preferiu deixar esse tema para outro dia.

    “Está um dia tão bonito, é dia da liberdade, amanhã voltamos outra vez às agruras e a tratarmos dos problemas, hoje celebremos a liberdade”, apelou.

  • IL regressa ao desfile do 25 de abril porque "não desistiu de lutar pela liberdade"

    O presidente da IL afirmou que o regresso ao tradicional desfile do 25 de Abril significa que o partido não desistiu de “lutar pela liberdade”, o que faz parte da “génese e presença cívica e política” dos liberais.

    Iniciativa Liberal voltou ao desfile do 25 de abril depois de dois anos de iniciativas próprias

    Ao contrário dos últimos dois anos, em que o partido liderado agora por Rui Rocha promoveu um desfile próprio neste dia após uma polémica com a comissão organizadora, desta vez a IL decidiu regressar às comemorações populares do 25 de Abril, tal como tinha feito nos dois primeiros anos da sua história.

    “A Iniciativa Liberal tem estado sempre na Avenida da Liberdade, desta vez integramos a marcha e isso significa que não desistimos de lutar pela liberdade, mesmo quando nos tentam impedir como no passado, em algum momento, aconteceu”, defendeu Rui Rocha em declarações à agência Lusa.

    O líder dos liberais avisou “que não vale a pena tentar condicionar a presença da Iniciativa Liberal” porque “o espaço da liberdade é de todos”. “A IL tem uma presença de luta pela liberdade em Portugal, em todos os países do mundo onde ela, infelizmente, não está presente. Portanto, faz parte da nossa génese e da nossa presença cívica e política lutar pela liberdade”, frisou.

  • André Ventura insiste: este não era o dia para Lula falar na Assembleia da República

    O líder do Chega insistiu que a presença do Presidente brasileiro na cerimónia que antecedeu a sessão solene do 25 de Abril foi divisora, sublinhando que a data não era a propícia.

    Falando aos jornalistas após ter encerrado uma manifestação anti-Lula da Silva que juntou cerca de 1.000 pessoas, segundo a polícia, e entre 2.000 a 3.000, segundo a organização, próximo da Assembleia da República, Ventura explicou as razões pelas quais o Chega decidiu protestar contra a presença do Presidente do Brasil numa cerimónia que, “na prática”, foi integrada na sessão solene.

    “Acho que isso devia ter sido pensado pelo Presidente da República, pelo presidente do parlamento e pelo Governo. O Chega disse desde o primeiro momento, aliás toda a direita, que este não era o dia para Lula [da Silva] falar na Assembleia da República. Todos sabiam disso e, mesmo assim, insistiram em trazer Lula da Silva para o 25 de Abril”, afirmou.

    “Criou, assim, uma situação artificial porque, na prática, foi a mesma cerimónia separada por alguns minutos. Esta insistência do Governo, sabendo que o nome e a presença eram divisores, acabou por provocar o protesto, que foi no sentido de permitir que Lula da Silva falasse”, sublinhou o líder do Chega.

    Para Ventura, o Chega ficou em silêncio durante a intervenção de Lula da Silva, “não houve cortes da palavra” ao Presidente brasileiro, pelo que a posição do partido mostrou “uma intolerância absoluta à corrupção” no Brasil.

    “É esse branqueamento da corrupção que quisemos manifestar na rua e no Parlamento. […] O que nos move é a convicção profunda de que Lula da Silva representa o pior, não só do que o Brasil tem, mas que nos diz também respeito, como se pode ver no processo que envolve (o antigo primeiro-ministro português] José Sócrates”, insistiu.

  • Bloco: "Cenas patéticas" feitas em protesto do Chega "são absolutamente subalternizadas" porque quem comemora a democracia

    A coordenadora do BE defende que “cenas patéticas no parlamento” como o protesto do Chega “são absolutamente subalternizadas” pela “força gigantesca popular” de quem comemora a democracia no tradicional desfile do 25 de Abril da Avenida da Liberdade.

    Catarina Martins falou aos jornalistas durante a descida da Avenida da Liberdade, em Lisboa, considerando que é nestes momentos que “se encontra a força da democracia”.

    “E a força popular está aqui, está na celebração da democracia, que é uma celebração cheia porque vemos como vem tanta gente à avenida e tanta gente pelo país se junta nas mais diversas celebrações do 25 de Abril e traz consigo as reivindicações concretas de que é feito o 25 de Abril: a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. É aqui que está a força popular, ninguém tenha dúvidas sobre isso”, disse.

    A líder do BE foi questionada sobre o protesto do Chega durante a intervenção no parlamento do Presidente brasileiro, Lula da Silva.

    “As cenas patéticas a que podemos assistir são absolutamente subalternizadas face à força gigantesca popular de quem comemora a democracia, aqui na Avenida da Liberdade e um pouco por todo o país, porque quem sai pelas causas concretas, isso é que conta. É aqui que está a força popular, é aqui que conta a democracia”, enalteceu.

  • Um Governo com maioria absoluta devia fazer muito mais, diz líder do PCP

    O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, alertou que ainda é preciso “caminhar muito para cumprir Abril”, considerando que um governo com maioria absoluta podia fazer “muito mais”.

    Ex-líder do PCP, Jerónimo de Sousa, marcou presença na Av. da Liberdade

    “Eu acho que a prova que estamos a ver aqui, nesta avenida, e um pouco por todo o país, demonstra que o 25 de Abril está vivo, tem muita força, e tem milhares para o defender”, afirmou, em declarações aos jornalistas durante o desfile popular no 25 de Abril, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

    O líder comunista alertou, no entanto, que “é preciso ainda caminhar muito para cumprir Abril”. “O que nós entendemos é que podia-se fazer muito mais do que aquilo que é feito, em particular num Governo com maioria absoluta”, defendeu, apontando que o “tinha todos os instrumentos para responder aos problemas das pessoas”.

    Paulo Raimundo apontou que falta cumprir Abril “num conjunto muito largo de situações da vida” como “salários, pensões, na qualidade de vida, no aumento das condições de vida, nas questões da saúde, na habitação”.

    “Tudo questões às quais é necessário dar resposta, que Abril abriu esse caminho e que é preciso concretizar, e é isso que as pessoas estão aqui a fazer, afirmar Abril, a Revolução, e afirmar a necessidade de cumprir Abril, que é coisa que estamos ainda um pouco longe de fazer”, defendeu.

    Questionado sobre os protestos desta manhã dentro e fora da Assembleia da República, Raimundo afirmou que “são aspetos muito pontuais, muito isolados, que não têm a expressão que procuram ter”.

    “Há pessoas que lidam mal com a democracia e com a liberdade, [mas] só são possíveis porque nós conquistámos a liberdade, senão não era possível”, assinalou.

  • Manifestação do Chega. Gritos de "Lula na prisão", o saudosismo de Salazar e as críticas a José Sócrates

    Dezenas de manifestantes protestaram contra a presença de Lula da Silva no Parlamento. Mas não foi assunto único: criticou-se Sócrates, Salazar foi recordado e até a identidade de género foi tema.

    Manifestação do Chega. Gritos de “Lula na prisão”, o saudosismo de Salazar e as críticas a José Sócrates

  • As entrelinhas de Marcelo num discurso a tentar evitar a fratura total do país

    Presidente aproveitou 25 de Abril para tentar evitar fratura cada vez mais exposta no país – algo que a cerimónia deixou ainda mais evidente. Marcelo reconheceu “frustrações”, mas centrou-se no Chega.

    As entrelinhas de Marcelo num discurso a tentar evitar a fratura total do país

  • 25 de Abril entre ataques ao Chega, críticas ao PS e recados a Marcelo

    Contra as “excitações populistas”, Santos Silva pediu que se evitassem “atropelos” ao tempo da democracia. Esquerda e direita responsabilizaram PS pelo crescente ressentimento popular e exigiram mais.

    25 de Abril entre ataques ao Chega, críticas ao PS e recados a Marcelo

  • Lula nas entrelinhas. Um Brasil que quer ter voz ativa, mas ambíguo face à Ucrânia — com Chico e Zeca Afonso como banda sonora

    Durante a manhã Lula da Silva esteve no Parlamento para celebrar o 25 de Abril. Voltou a afinar a posição do Brasil sobre a Ucrânia e no fim fugiu ao discurso preparado para mandar um recado ao Chega.

    Lula nas entrelinhas. Um Brasil que quer ter voz ativa, mas ambíguo face à Ucrânia — com Chico e Zeca Afonso como banda sonora

  • Aplausos da esquerda, protestos da direita e uma reprimenda. O resumo da sessão solene com Lula da Silva

    Discurso do Presidente do Brasil foi marcado protestos do Chega – que valeram uma repreenda de Santos Silva – e pela coincidência da data com a celebração do 25 de Abril. Veja os principais momentos.

  • Ventura junta-se a manifestantes anti-Lula

    Depois da sessão do 25 de Abril no Parlamento, André Ventura discursou junto dos manifestantes que protestaram contra a presença de Lula da Silva.

    “Durante os últimos seis, sete anos perguntámos: Será que José Sócrates vai ser julgado? Será que os milhões das construtoras, os milhões que foram desviados e que permitiam vidas de luxo, será que alguma vez chegarão à Justiça? Agora começamos a ver que não. No Brasil, o que é que aconteceu com todas as construtoras, onde Lava Jato mostrou que tinham propina? Todos nós ouvimos. Foram todos inocentados. Esta não é a Justiça que nós queremos.”

  • Livre: Chega teria dado "provas da mesma cortesia" se Lula fosse à AR noutro dia

    Rui Tavares enaltece que a extrema-direita tem “ocupado a agenda mediática”, com o objetivo de “intimidar o país”. Sobre os protestos na sessão solene, o deputado do Livre considera que “teriam dado provas da mesma prova cortesia em qualquer dia que fosse”.

  • IL acusa Marcelo e Santos Silva de apenas terem tentado "apaziguar e relativizar" insatisfação social

    Rodrigo Saraiva diz que Presidente da República e presidente da Assembleia da República tiveram “duas tentativas de apaziguar e relativizar uma crescente insatisfação na sociedade portuguesa”.

    O líder parlamentar da IL critica que temas como os problemas nos serviços públicos, na educação, nas forças armadas, na justiça ou na polícia tenham passado “muito ao de leve” na sessão solene do 25 de Abril e nos discursos das mais altas figuras do Estado.

    Marcelo “já teve intervenções mais assertivas noutros momentos”, aponta, recordando ainda uma passagem do discurso de Santos Silva para dizer que “os tempos da democracia exigiam uma sessão solene do 25 de Abril mais focada nos problemas dos portugueses e não uma tentativa de apaziguar a insatisfação social”.

    Ainda sobre os protestos do Chega na sessão solene de Lula da Silva, Rodrigo Saraiva disse apenas que os episódios ficam para “os dois partidos que se têm vindo a co-alimentar, PS e Chega, sem estarem a pensar nos problemas dos portugueses”.

  • PCP sobre Chega: "Sem comentários, temos vergonha alheia"

    Paulo Raimundo, líder do PCP, recorda discurso de Marcelo Rebelo de Sousa e o facto de ter de se cumprir a Constituição, nomeadamente sobre direito à igualdade e habitação.

    “Sem comentários, responsabiliza os próprios, temos vergonha alheia”, diz Paulo Raimundo sobre o Chega.

  • PAN. Parlamento esteve do "lado certo da história"

    Inês Sousa Real apela a um “desafio acrescido” de proteger a democracia. “Saudamos reconhecimento que hoje foi feito e que maioria parlamentar tenha estado do lado certo da história”, disse, referindo-se às críticas ao protesto do Chega.

  • PS atira-se ao PSD: continua "exercício dúbio" e devia ser "consequente" com os protestos de hoje

    Eurico Brilhante Dias diz que “extrema-direita decidiu confrontar instituição com falta de educação”, mas sublinha que Parlamento foi “capaz de responder”.

    “Uma palavra para quem faz um exercício dúbio: linha vermelha que PS definiu é necessária e o que ouvi de Luís Montenegro preocupa-me, equivalências de partidos da extrema-direita com partidos à esquerda do PS”, disse o líder parlamentar do PS.

    “O que se pedia era que fosse consequente [com o que se passou hoje]” e que governo dos Açores deixasse de contar com o apoio do Chega, realçou o deputado do PS.

    Brilhante Dias elogiou ainda o Presidente da República por ter lembrado que o “povo português é povo de imigração que deve acolher bem imigrantes”.

  • Bloco elogia Marcelo: "Não só pediu desculpas pela violência da colonização como diz que Portugal tem de assumir responsabilidade"

    Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, elogia discurso de Marcelo Rebelo de Sousa: “Registamos que Presidente da República não só pediu desculpas pela violência da colonização portuguesa como diz que Portugal tem de assumir responsabilidades.”

    “Reconhecer a história é reconhecer violência colonialista”, frisou, enaltecendo ainda que Marcelo “tenha denunciado a hipocrisia daqueles que atacam imigração num país de emigrantes”.

  • Montenegro ataca Chega: "Comigo no Governo não seremos apoiados por políticos que demonstram imaturidade"

    Luís Montenegro reage no fim da sessão do 25 de Abril e faz questão de deixar uma palavra enquanto “cidadão”, dizendo que “todos devem contribuir para serenar crispação que se vem sentido hoje e nos dias que se antecederam”

    “Estar a fazer um combate [numa sessão solene] não é o melhor caminho para dar tranquilidade”, frisa, numa referência ao protesto do Chega.

    O líder do PSD diz que é “curioso” o PS falar da extrema-direita “quando há pouco tempo estava de mão dada com a extrema-esquerda”.

    E insiste: “Os extremos fazem mal à democracia, quer seja de direita ou de esquerda. Vamos respeitar os valores do PSD e não vamos aceitar políticas com populismo, com irresponsabilidade. Comigo no Governo não seremos apoiadas por políticas e políticos que demonstram imaturidade e irresponsabilidade.”

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