Momentos-chave
- Ponto de situação. O que se passou durante as últimas horas?
- Zelensky diz que Ucrânia está "pronta para começar negociações para adesão à União Europeia"
- Danos da destruição da barragem de Kakhovka avaliados em cerca de 13 mil milhões de euros
- Putin reage a comentários de Biden, dizendo que os "interesses de Moscovo não podem ser suprimidos"
- Representante da ONU diz que relações da Coreia do Norte com Rússia são "preocupantes"
- Parlamento russo aprova preliminarmente a revogação do tratado que proíbe testes nucleares
- Putin reuniu-se com primeiro-ministro húngaro na China
- Rússia rejeita estar a receber armas da Coreia do Norte
- Rússia vai revogar a ratificação do Tratado que proíbe ensaios nucleares
- Kiev apresenta novas estimativas sobre perdas russas
- Kiev diz que repeliu 15 ataques russos contra Avdiivka
- Kiev diz ter atingido aeródromos e equipamento russo
- Rússia vai começar operação mais significativa do ano no leste da Ucrânia
- Putin já chegou a Pequim
Histórico de atualizações
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Bom dia, obrigada por nos ter acompanhado na cobertura da guerra na Ucrânia neste liveblog, entretando já iniciámos um novo, aqui, onde vamos seguir tudo o que se passa neste conflito armado dentro da Europa.
Zelensky destaca importância “de evitar qualquer nova escalada no Médio Oriente”
Continue connosco, até já.
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Ponto de situação. O que se passou durante as últimas horas?
- As autoridades norte-americanas, sul-coreanas e japonesas reuniram-se esta terça-feira para discutir o envolvimento da Coreia do Norte com a Rússia, incluindo as transferências de armas que, alegam os três países, violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
- O representante especial da ONU para a Coreia do Norte considerou “muito preocupantes” as relações entre a Coreia do Norte e a Rússia.
- O ministro da Defesa Civil sueco afirmou que um cabo de telecomunicações que liga a Suécia à Estónia foi danificado, não excluindo a hipótese de um “ator estatal” estar por detrás dos estragos.
- Os mísseis balísticos de longo alcance ATACMS pedidos pela Ucrânia, discretamente entregues pelos EUA, já foram usados esta terça-feira no campo de batalha contra a Rússia.
- De visita a Pequim, Vladimir Putin, Presidente da Rússia, reagiu aos comentários feitos por Joe Biden, seu homólogo norte-americano, afirmando que os “interesses de Moscovo não podem ser suprimidos e que os políticos dos Estados Unidos da América (EUA) deviam aprender a respeitar os outros”, revela a Reuters, citado pelo The Guardian.
- A Moldávia vai receber mais de 800 milhões de euros de diversas instituições internacionais e países europeus, para ajudar a ex-república soviética a mitigar os efeitos da invasão russa da Ucrânia na sua economia, foi hoje divulgado.
- O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou que a Verkhovna Rada (Parlamento) “adotou a decisão necessária para iniciar as negociações com a União Europeia (UE): a lei sobre as pessoas expostas politicamente”. “Estou à espera de assinar o documento”, disse.
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Zelensky diz que Ucrânia está "pronta para começar negociações para adesão à União Europeia"
No seu discurso diário, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou que a Verkhovna Rada (Parlamento) “adotou a decisão necessária para iniciar as negociações com a União Europeia (UE): a lei sobre as pessoas expostas politicamente”. “Estou à espera de assinar o documento”, disse.
“A nossa missão permanece. Estamos prontos para abrir as negociações para adesão da Ucrânia à UE este ano. Estamos a fazer a parte ucraniana e vamos concluí-la. Esperamos que os líderes dos Estados-membros tomem uma decisão política para começarmos as negociações”, acrescentou.
Today, the Ukrainian parliament passed the bill on politically exposed persons, which is required for our EU accession talks. Our goal is to open them this year.
We’re doing our part and will complete it. The political decision of EU leaders to open the talks will thereafter be… pic.twitter.com/fCLp1WwNuy
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 17, 2023
Zelensky referiu ainda que o ministro das Finanças, Sergi Marchenko, teve reuniões e negociações com diretores de instituições financeiras internacionais, nomeadamente o FMI e o Banco Mundial, e que a “sua atenção para com a Ucrânia é importante”.
“Há uma conclusão importante que muitos parceiros, diferentes líderes e instituições têm: a estabilidade global, a segurança global e o desenvolvimento da economia global estão diretamente ligados ao facto de a agressão russa contra a Ucrânia ter de terminar. E terminar de forma justa — com a restauração da ordem internacional, com a plena força do direito internacional”, garantiu.
Finalmente, o Presidente agradeceu aos Estados Unidos da América (EUA), dizendo que os “acordos com Biden estão a ser implementados com muita precisão” e que “os ATACMS (mísseis balísticos de longo alcance) provaram a sua eficácia”.
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Europa vai apoiar Moldávia em 800 milhões para aliviar efeitos da guerra
A Moldávia vai receber mais de 800 milhões de euros de diversas instituições internacionais e países europeus, para ajudar a ex-república soviética a mitigar os efeitos da invasão russa da Ucrânia na sua economia, foi hoje divulgado.
Plataforma de Apoio à Moldova, lançada em abril de 2022 na Alemanha, realizou hoje a sua quarta reunião em Chisinau com a participação de 57 representantes de mais de 30 países e organizações internacionais, incluindo os ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, França, Suíça e Luxemburgo.
O primeiro-ministro da Moldova, Dorin Recean, sublinhou que o percurso da república, que recebeu o estatuto de candidata à entrada na União Europeia (UE) no ano passado, “tem sido marcado por desafios que testam a sua resiliência”.
Recean explicou que “a contínua agressão da Rússia contra a Ucrânia deixou uma marca duradoura” na Moldova e que as repercussões são profundas e de longo alcance.
Em 2022, lembrou, a economia moldava contraiu 6,5%, seguida de outra queda de 2,2% até agora em 2023.
O país ainda enfrenta uma inflação elevada de 10% e um défice de financiamento de até 100 milhões de euros este ano e 400 milhões de euros em 2024, lamentou.
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Danos da destruição da barragem de Kakhovka avaliados em cerca de 13 mil milhões de euros
Em junho, a Rússia destruiu a central hidroelétrica de Kakhovka, na região de Kherson, na Ucrânia, afetando assim 22 mil ucranianos. Hoje, a ONU divulgou um relatório que mostra que a explosão causou 13 mil milhões de euros em perdas e danos.
O documento, feito pela ONU e pelo governo ucraniano, revelou ainda que os danos imediatos associados à destruição da barragem e às inundações subsequentes traduziram-se em 2,6 mil milhões de euros. Já as perdas totais foram avaliadas em 10,4 mil milhões de euros.
É descrito ainda que foram registados 1,2 mil milhões de euros em danos nas infraestruturas energéticas.
Tudo isto equivale a uma recuperação e reconstrução avaliada em 4,7 mil milhões de euros, sendo ainda necessários 1,7 mil milhões de euros a curto e imediato prazo.
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Putin reage a comentários de Biden, dizendo que os "interesses de Moscovo não podem ser suprimidos"
De visita a Pequim, Vladimir Putin, Presidente da Rússia, reagiu aos comentários feitos por Joe Biden, seu homólogo norte-americano, afirmando que os “interesses de Moscovo não podem ser suprimidos e que os políticos dos Estados Unidos da América (EUA) deviam aprender a respeitar os outros”, revela a Reuters, citado pelo The Guardian.
Em causa, está uma frase dita por Biden numa entrevista à CBS News, em que pede às pessoas para imaginarem “o que aconteceria se, de facto, uníssemos toda a Europa e Putin fosse colocado num lugar onde não pudesse causar o tipo de problemas que tem causado”.
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Ucrânia diz que ataques contra equipamentos russos em Luhansk e Berdiansk foram bem-sucedidos
Durante a noite, as forças ucranianas realizaram ataques bem-sucedidos contra aeródromos e equipamentos russos perto das cidades ocupadas de Luhansk e Berdiansk.
“As forças armadas da Ucrânia fizeram ataques certeiros a aeródromos e helicópteros inimigos perto das cidades de Luhansk e Berdiansk, temporariamente ocupadas”, citou o The Guardian.
Por sua vez, Vladimir Rogov, um oficial instalado pela Rússia em partes da região de Zaporíjia, desmentiu as declarações das forças ucranianas, afirmando que os ataques a Berdiansk não foram bem-sucedidos.
“De acordo com informações preliminares, o nosso sistema de defesa aérea intercetou com sucesso os mísseis inimigos”, escreveu no Telegram. “As informações sobre vítimas e possíveis danos estão a ser esclarecidas.”
Volodymyr Zelensky não fez nenhuma referência aos ataques, mas afirmou, após uma reunião com os chefes militares: “Obrigada também àqueles que destroem poderosamente a logística e as bases dos ocupantes no nosso território.”
“Há resultados. Agradeço a alguns dos nossos parceiros: armas eficazes, como acordámos”, acrescentou.
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Putin na China a engendrar ação concertada?
Depois de se ter reunido com o primeiro-ministro húngaro na China, o presidente russo vai encontrar-se agora com Xi Jinping. O que pretende? Análise da especialista em assuntos russos Daniela Nunes.
Ouça aqui Gabinete de Guerra com Daniela Nunes.
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Kiev começa a usar mísseis balísticos de longo alcance dos EUA
Os mísseis balísticos de longo alcance ATACMS pedidos pela Ucrânia, discretamente entregues pelos EUA, já foram usados esta terça-feira no campo de batalha contra a Rússia.
De acordo com fontes de Kiev, que pediram anonimato, a entrega dos mísseis para a frente de combate foi envolta em segredo, com a expectativa de que o primeiro reconhecimento público acontecesse quando já estivessem a ser usados.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pressionou durante vários meses os Estados Unidos para fornecerem sistemas de Mísseis Táticos, conhecido como ATACMS.
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Rússia falha recuperação de lugar no Conselho dos Direitos Humanos
A 54ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) ficou marcada pela decisão de prolongar por um ano o mecanismo de monitorização na Rússia.
Nos destaques da sessão elaborados pelo Departamento de Estado, os EUA apontam a decisão de renovação do mandato da relatora especial designada para monitorizar os direitos humanos na Rússia, Mariana Katzarova, que prosseguirá o seu trabalho durante pelo menos mais um ano, com a aprovação de uma resolução que insta Moscovo a colaborar com a funcionária das Nações Unidas.
Os Estados Unidos sublinham ainda que copatrocinaram a resolução, considerando que é vital continuar a acompanhar a situação dos direitos humanos na Rússia, pois as “políticas de repressão generalizada” da Federação Russa “pioraram a vida dos cidadãos russos e tornaram perigoso para as organizações da sociedade civil, os meios de comunicação social e outras vozes independentes fornecerem informações ou exprimirem a sua discordância”.
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Governo sueco diz que cabo de telecomunicações entre Suécia e Estónia foi danificado
O ministro da Defesa Civil sueco afirmou que um cabo de telecomunicações que liga a Suécia à Estónia foi danificado, não excluindo a hipótese de um “ator estatal” estar por detrás dos estragos.
Segundo o The Guardian, os danos ocorreram na mesma altura que um incidente que envolveu uma fuga num gasoduto entre a Estónia e a Finlândia.
Apesar de ainda não existir uma causa para o incidente, Carl-Oskar Bohlin não exclui a possibilidade de um “ator estatal” estar por detrás do dano, numa altura em que a relação da Suécia com a Rússia está “significativamente deteriorada”.
Por sua vez, Putin rejeitou e classificou como “disparate” que a Rússia esteja envolvida nos estragos.
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Representante da ONU diz que relações da Coreia do Norte com Rússia são "preocupantes"
O representante especial da ONU para a Coreia do Norte considerou “muito preocupantes” as relações entre a Coreia do Norte e a Rússia.
Segundo a Sky News, Sung Kim afirmou que as recentes entregas de armas entre os dois países são “perigosas” e “desestabilizadoras” e afirmou que a ONU vai continuar a trabalhar para “contrariar as armas ilegais [armas de destruição maciça] e os mísseis balísticos da República Popular Democrática da Coreia”.
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EUA, Coreia do Sul e Japão discutem transferências de armas da Coreia do Norte para a Rússia
Autoridades norte-americanas, sul-coreanas e japonesas reuniram-se esta terça-feira para discutir o envolvimento da Coreia do Norte com a Rússia, incluindo as transferências de armas que, alegam os três países, violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
A informação é do Departamento de Estado norte-americano, citada pelo The Guardian, depois de uma reunião em Jacarta, onde os países mencionados também “registaram as preocupações sobre os relatos de repatriamentos forçados de norte-coreanos” da China.
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Xi Jinping deu as boas-vindas ao seu "querido amigo" Putin
O Presidente chinês recebeu em Pequim o Presidente russo, dando as boas-vindas ao seu “querido amigo”.
Segundo o The Guardian, Xi Jinping fez um brinde num almoço oficial onde mencionou os recentes conflitos geopolíticos mas acrescentou que “a [tendência] histórica da paz” era “imparável”.
“Embora o mundo atual não seja pacífico, a pressão negativa sobre a economia global esteja a aumentar e o desenvolvimento global enfrente muitos desafios, acreditamos firmemente que as tendências históricas de paz, desenvolvimento, cooperação e ganhos mútuos são imparáveis”, afirmou.
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UE disponível para alargar sanções contra Moscovo
A União Europeia (UE) está disponível para alargar as sanções contra a Rússia, anunciaram esta terça-feira em Estrasburgo representantes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, enquanto eurodeputados alertaram para lacunas no respeito das restrições por alguns Estados-membros.
“Queremos ter um impacto na Rússia e na Bielorrússia. Vamos analisar como é possível aumentar as restrições já instauradas”, afirmou o comissário europeu da Justiça, Didier Reynders, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu, a decorrer em Estrasburgo, França, num debate dedicado à procura de formas para evitar que Moscovo contorne as sanções.
“Quero tranquilizar-vos: as sanções estão a funcionar, com um impacto tremendo na economia russa. (…) Com certeza não é suficiente para o fim da guerra, temos de prosseguir os esforços”, depois de a UE já ter imposto 11 pacotes de sanções, disse o responsável da Comissão Europeia.
O responsável afirmou que já foram “confiscados ativos de várias entidades e pessoas, incluindo oligarcas”, no valor de 22 mil milhões de euros, e mais de 200 mil milhões de euros de autoridades russas, entre as quais do Banco Central Russo, “foram imobilizados na União Europeia”.
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Xi Jiping recebe Putin em Pequim
Xi Jinping cumprimenta Putin numa cerimónia de boas-vindas em Pequim, na abertura do 3.º Fórum da Iniciativa Faixa e Rota.
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Putin também se encontrou com o primeiro-ministro tailandês
Vladimir Putin está a aproveitar a sua presença em Pequim, para participar hoje e amanhã no 3º. Fórum da Iniciativa Faixa e Rota, para se encontrar com os líderes de vários países. Depois de se reunir com Viktor Órban, primeiro-ministro húngaro, o Presidente russo esteve também com o chefe de governo tailandês.
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Parlamento russo aprova preliminarmente a revogação do tratado que proíbe testes nucleares
Esta terça-feira a Câmara Baixa do Parlamento da Rússia aprovou preliminarmente um projeto de lei que revoga a ratificação do tratado global de proibição de testes nucleares, informa a Associated Press.
O presidente da Câmara Baixa do Parlamento da Rússia afirmou que Washington pediu a Moscovo, através da ONU, para não revogar a ratificação do acordo internacional.
Vyacheslav Volodin, citado pela CNBC, afirmou: “No interesse de garantir a segurança do nosso país, estamos a retirar a ratificação do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares”. O político russo defendeu que, embora a Rússia tenha ratificado o tratado de 1996 em 2000, os EUA não o fizeram devido à sua “atitude irresponsável em relação às questões de segurança global”. Assim, justifica a intenção russa com a necessidade de “paridade estratégica global”.
No início deste mês, Vladimir Putin sugeriu que a Rússia revogasse a ratificação do tratado de 1996 porque os Estado Unidos não o tinham ratificado.
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Navalny condenou detenção dos seus advogados durante audiência em tribunal
O político Alexei Navalny condenou, esta terça-feira, a detenção de três dos seus advogados durante o seu julgamento, na prisão onde se encontra detido, cita o The Guardian a partir da informação avançada pelos meios comunicação social russos presentes na audiência.
Navalny classificou as detenções da sua equipa de defesa como “atos ultrajantes e ilegais” e garantiu que estão a ser “perseguidos pela sua atividade profissional”. Acrescentou: “Ninguém está autorizado a ver-me. Estou completamente isolado de informações.”
Os advogados Vadim Kobzev, Igor Sergunin e Alexei Lipster, que têm defendido Navalny, foram detidos na semana passada por alegado envolvimento numa comunidade “extremista.
No domingo, a União Europeia pediu às autoridades russas que libertem “imediatamente” os três advogados do líder opositor russo, para que possam continuar a exercer e a reunirem-se com o seu cliente.
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Rússia. "Há falta de produção de armamento"
A Rússia não investiu em drones e está a pagar a fatura: “é importante que os estados tenham capacidade de se defender”. A análise de Bruno Cardoso Reis aos últimos avanços da guerra na Ucrânia.
Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador