Momentos-chave
- Alexey Navalny "está desaparecido há três dias" depois de "incidente de saúde sério"
- Cinco pessoas mortas em ataque russo a Novohrodivka, na região de Donetsk
- Alemanha entrega ajuda militar à Ucrânia
- Bombardeamentos russos matam uma pessoa e danificam central de energia na Ucrânia
- Orbán declara-se contra adesão da Ucrânia à UE: "é um dos países mais corruptos do mundo"
- Putin confirma candidatura às eleições presidenciais de 2024
- Kremlin diz ser "irrealista" iniciar negociações de paz com base nas condições de Kiev
- Rússia aumenta pressão a leste da Ucrânia, repelidos mais de 50 ataques em 24 horas
Histórico de atualizações
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Bom dia. Este liveblog fica por aqui. Pode acompanhar a atualidade sobre o conflito na Ucrânia aqui.
Olaf Scholz admite que guerra pode durar até 2025 e garante ajuda à Ucrânia vai continuar
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Alexey Navalny "está desaparecido há três dias" depois de "incidente de saúde sério"
Alexey Navalny, o líder da oposição a Vladimir Putin, “está desaparecido há três dias” depois de um “incidente de saúde sério”, disse a líder da Fundação Anti-Corrupção, criada por Navalny.
No X, antigo Twitter, Maria Pevchikh explica que há três dias que não há contacto com Navalny, que está detido depois de ter sido condenado recentemente a mais 19 anos de prisão.
“Os advogados dele viram a entrada [na prisão] recusada e foi-lhes dito para esperar. Não apareceu nas audições marcadas no tribunal. Soubemos que na semana passada teve um incidente de saúde sério. A vida de Navalny corre um grande risco. Está em isolamento completo agora”, diz Pevchikh.
Navalny is missing for 3 days now. His lawyers are refused entry and asked to wait. He didn't show up at the scheduled court hearings. We have learned that last week he had a serious health-related incident. Navalny's life is at great risk. He is in complete isolation right now. https://t.co/VApbpWg6wM
— Maria Pevchikh (@pevchikh) December 8, 2023
Já Kira Yarmysh, porta-voz de Navalny, refere que o facto de “não encontrarem Alexey é particularmente preocupante porque na semana passada estava doente na cela: ficou zonzo e caiu ao chão.”
De acordo com a porta-voz, funcionários da prisão terão deitado Navalny e administrada alguma coisa por via intravenosa. “Não sabemos o que era, mas tendo em conta que ele não está a ser alimentado, está a ser mantido numa cela de castigo, sem ventilação e que a sua capacidade de dar passeios foi reduzida ao mínimo, parece ser um desmaio de fome”, considera a porta-voz.
Além de não saberem de Navalny há três dias, as cartas, mesmo que censuradas, também pararam esta semana, diz Kira Yarmysh.
Alexey's @navalny lawyers stood all day in front of IK-6, his current colony, and IK-7, a colony of the special regime in the Vladimir region. Everywhere they were told to "wait", and in the end they were denied entry.
The fact that we can't find Alexey is particularly worrying…
— Кира Ярмыш (@Kira_Yarmysh) December 8, 2023
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Cinco pessoas mortas em ataque russo a Novohrodivka, na região de Donetsk
Foi atualizado o número de mortes na sequência do ataque russo a Novohrodivka, em Donetsk, a 29 de novembro.
De acordo com o Kyiv Independent, as autoridades conseguiram identificar partes do corpo de uma mulher de 33 anos.
O marido e a filha desta mulher morreram durante o ataque. Nos últimos dias, as equipas de resgate procuraram o cadáver da mulher nos escombros do edifício residencial onde viviam.
“Primeiro, encontraram a criança — a avó reconheceu-a. Quando procuravam os pais, as equipas de resgate examinaram mais de 500 toneladas de destroços da construção duas vezes”, indicou a Polícia Nacional, citada pelo jornal ucraniano.
Além desta família de três pessoas, morreram no ataque mais dois homens, de 55 e 62 anos.
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Alemanha entrega ajuda militar à Ucrânia
Chegou esta sexta-feira à Ucrânia a ajuda militar da Alemanha.
De acordo com o Kyiv Independent, a entrega inclui seis veículos para proteção de fronteira, 11 drones de reconhecimento, oito veículos Zetros, 100 mil kits de primeiros socorros e outro equipamento médico e 33 lançadores automáticos de granadas.
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Bombardeamentos russos matam uma pessoa e danificam central de energia na Ucrânia
Nas últimas horas, têm-se multiplicado os ataques russos a vários pontos da Ucrânia, numa vaga de bombardeamentos que incluiu um ataque a uma central de energia, o primeiro do tipo este inverno.
“Esta manhã, o inimigo atacou uma das centrais termoelétricas na linha da frente”, revelou o ministro da Energia. A central específica não foi identificada, mas Herman Halushchenko confirmou que a estrutura sofreu “danos sérios”, o que levou a “cortes de energia temporários” na rede elétrica.
Na rede social X, Volodymyr Zelensky disse ter discutido o ataque durante uma conversa com a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas. “No seguimento de mais uma tentativa russa de atacar a infraestrututra civil da Ucrânia com mísseis, enfatizei a importância de fortalecer a rede de defesa aérea da Ucrânia”, pode ler-se na publicação.
Os ataques russos não ficaram por aqui. Uma série de bombardeamentos ao longo de todo o território foram registados pelas forças ucranianas, que terão abatido 14 de 19 mísseis lançados contra o território. Os mísseis foram destruídos na região de Kiev e em Dnipropetrovsk, no centro do país, de acordo com o porta-voz da força aérea, citado pelo The Guardian.
Um dos mísseis que não foi travado acabou por cair sobre Dniporpetrovsk, matando uma pessoa e ferindo outras quatro, de acordo com o governador da região, Serhy Lysak. Numa mensagem no Telegram, o responsável ucraniano adiantou que dois dos feridos estão em estado grave.
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Orbán declara-se contra adesão da Ucrânia à UE: "é um dos países mais corruptos do mundo"
Um dos mais ferozes opositores da Ucrânia dentro da União Europeia (UE), o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, voltou a criticar o governo e o Estado ucraniano, descrevendo-o como “um dos mais corruptos do mundo”, numa altura em que Bruxelas se prepara para tomar uma decisão sobre dar ou não início às negociações com vista à adesão de Kiev à UE.
Em declarações ao jornal francês Le Point, Orbán, um dos poucos líderes europeus que manteve a proximidade com Vladimir Putin após o início da guerra, voltou a vincar a sua oposição à entrada da Ucrânia na União. “A Hungria é vizinha da Ucrânia. Sabemos exatamente o que se passa por lá (…)”, disse.
De acordo com o líder húngaro, os persistentes problemas de corrupção no sistema político ucraniano – que já foram reconhecidos por Volodymyr Zelensky, tendo o governo de Kiev levado a cabo uma série de medidas nos últimos anos para os resolver – impossibilitam uma adesão de Kiev. “Não podemos dar esse passo de começar o processo de preparação de negociações”, declarou Orbán.
A tomada de posição da Hungria acontece a menos de uma semana da reunião dos líderes dos 27, que além da aprovação do plano de negociações com Kiev, prevê ainda o envio de um novo pacote de ajuda à Ucrânia, orçado em 50 mil milhões de euros.
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"Sem EUA, dificuldades são reais para a Ucrânia"
O major general Isidro Morais Pereira vê “dificuldades reais” caso Biden tenha dificuldades em aprovar apoio financeiro para a Ucrânia e lembra que pode existir um 3º conflito a crescer na Venezuela.
[Ouça aqui o Gabinete de Guerra]
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Putin confirma candidatura às eleições presidenciais de 2024
Vladimir Putin confirmou, esta sexta-feira, que vai candidatar-se às eleições presidenciais de 2024 na Rússia.
O anúncio foi feito depois de uma cerimónia em que foram homenageados soldados russos que combateram na Ucrânia.
A Comissão Eleitoral russa anunciou hoje que as próximas eleições presidenciais serão repartidas por três dias, de 15 a 17 de março de 2024, uma medida recente que, segundo os críticos do Kremlin, aumenta o risco de fraude eleitoral.
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Kremlin diz ser "irrealista" iniciar negociações de paz com base nas condições de Kiev
É “absolutamente irrealista” esperar que o Kremlin possa iniciar negociações de paz com base nas condições de Kiev.
Dmitry Peskov, porta-voz de Vladimir Putin, recusa, desta forma, a ideia de que estas negociações de paz possam acontecer – cenário descrito por uma notícia do The Washington Post que dizia ser desejo da Casa Branca que essas negociações de paz começassem.
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Rússia aumenta pressão a leste da Ucrânia, repelidos mais de 50 ataques em 24 horas
O exército da Rússia continua a aumentar a pressão sobre as linhas da frente leste, em Avdivka e Bakhmut, onde nas últimas 24 horas as forças da Ucrânia dizem ter repelido mais de 50 ataques.
“As tropas ucranianas continuam a manter afastado o inimigo, que continua a tentar cercar Avdivka”, lê-se no comunicado militar de hoje do Estado-Maior de Kiev, que dá conta de 30 ataques repelidos pela Ucrânia na quinta-feira na localidade próxima da cidade ocupada de Donetsk, que se tornou uma prioridade para a Rússia.
De acordo com o exército ucraniano, a Rússia perdeu milhares de homens e uma grande quantidade de equipamento militar nas vagas de ataques que tem vindo a lançar contra Avdivka desde 10 de outubro.
Apesar do elevado número de baixas, os russos não obtiveram ganhos substanciais na zona, afirmaram.
No que diz respeito a Bakhmut, o relatório de guerra de Kiev informou que repeliu 24 ataques russos no sul da cidade ocupada pelos russos.
“As Forças Armadas ucranianas (…) infligiram perdas em pessoal e equipamento ao inimigo e consolidaram as suas posições”, afirma-se no relatório ucraniano, referindo-se às ações ofensivas que Kiev continua a levar a cabo na zona de Bakhmut.
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Bom dia.
Vamos concentrar neste artigo liveblog todas as últimas notícias relacionadas com a guerra na Ucrânia, ao longo desta sexta-feira.
Casa Branca diz que está a ficar sem opções “quando se trata de ajudar a Ucrânia”
Deixamos, aqui, a ligação para o liveblog de ontem, quinta-feira, que terminou com a informação de que a Casa Branca diz que está a ficar sem opções “quando se trata de ajudar a Ucrânia”.
Muito obrigado por nos acompanhar.