Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia. Obrigada por nos ter acompanhado neste liveblog, que agora arquivamos para atualizar as principais notícias sobre a guerra neste novo link.

  • CIA tenta recrutar espiões russos nas redes sociais

    Foi nas redes sociais que a CIA, a agência de inteligência norte-americana, se dirigiu aos russos. Com um vídeo de dois minutos, falado em russo e acompanhado de música dramática, a CIA promete manter em segurança todos aqueles que partilhem segredos sobre a guerra na Ucrânia.

    “As pessoas ao seu redor podem não querer ouvir a verdade”, diz o narrador. “Mas nós queremos. Você não é impotente. Ligue-se a nós de forma segura.” No final do vídeo, as personagens acabam a fazer um telefonema.

    Em julho, o diretor da CIA, William Burns, falou sobre este assunto, frisando que o crescente descontentamento entre certos russos era uma oportunidade única para recrutar espiões, e a CIA estava determinada a não perdê-la.

  • Kiev. "Dentro de dois anos" a Ucrânia estará pronta para aderir à União Europeia

    Dentro de dois anos a Ucrânia estará pronta para aderir à União Europeia. E, provavelmente antes, poderá integrar a NATO. Esta é a convicção de Olga Stefanishyna, vice-primeira-ministra da Ucrânia com a pasta da Integração Europeia e Euro-Atlântica.

    “Estaremos prontos para a adesão à UE nos próximos dois anos, mas, naturalmente, o curso da guerra determinará o quadro político”, disse Stefanishyna numa entrevista à Voice of America. “Acredito que dois anos serão suficientes para estarmos totalmente preparados e, quando a guerra acabar, faremos 10 vezes mais do que estamos a fazer agora para que esta decisão seja tomada.”

    Stefanishyna lembrou que a Ucrânia é um dos 20 maiores importadores de vários produtos da UE e o maior mercado da Europa: “E deste ponto de vista, a Ucrânia está mais preparada para aderir à UE do que outros países”.

    Sobre a NATO, a governante frisou que a decisão é política e não depende apenas da Ucrânia. “Estamos a trabalhar para aumentar a compatibilidade com as forças da Aliança e fortalecer a capacidade estratégica de defesa do país através de reformas no sector de segurança e defesa e através do lições de guerra que aprendemos.”

    A Ucrânia poderá aderir à NATO antes de aderir à UE, sublinhou Stefanishyna, já que “depois da vitória da Ucrânia, a Aliança quererá ter um país com um dos exércitos mais fortes, que será um garante da segurança da Europa”.

  • Bloggers chineses em Mariupol. Kiev pede explicações a Pequim

    “Já há muito tempo que não havia danças sobre os túmulos dos habitantes de Mariupol?” Petro Andryushchenko é assessor do autarca da cidade ucraniana (agora controlada pelos russos) e, com estas palavras publicou também um vídeo. Uma chinesa canta ópera sobre as ruínas do Teatro Dramático, onde em março de 2022 centenas de civis morreram depois de um ataque aéreo russo.

    “Os russos trouxeram para Mariupol a chamada ‘famosa’ cantora de ópera chinesa, Wang Fang — tão famosa que nem mesmo o Google a reconhece — e ela cantou ‘Katyusha’ sobre as ruínas do Teatro Dramático. Espero que os espíritos dos mais de 600 residentes de Mariupol mortos pelos russos tenham gostado tanto que a assombrem com horrores pelo resto da vida”, escreveu no Telegram.

    Wang Fang estava acompanhada de vários bloggers chineses e a Ucrânia exige uma explicação de Pequim, já que se trata de uma entrada ilegal no país.

    Oleg Nikolenko, porta-voz do Ministério dos Assuntos Jurídicos, considerou que a atuação num local “onde o exército russo matou mais de 600 pessoas inocentes, é um exemplo de completa degradação moral” e recordou que a entrada dos bloggers viola a lei ucraniana.

    “A Ucrânia respeita a integridade territorial da China e espera uma explicação sobre o propósito da presença de cidadãos chineses em Mariupol e sobre os meios que usaram para chegar à cidade ucraniana temporariamente ocupada”, afirmou Nikolenko.

  • Musk entregou ao seu biógrafo mensagens trocadas com vice-primeiro-ministro ucraniano (sem autorização)

    Mykhailo Fedorov foi apanhado de surpresa. Mensagens privadas, trocadas entre o vice-primeiro-ministro ucraniano e Elon Musk, foram entregues pelo empresário ao seu biógrafo, sem que Fedorov fosse consultado, escreve o Financial Times.

    “Não é muito bonito”, disse Fedorov ao FT. “Nunca mostrei ou falei publicamente sobre a nossa correspondência.”

    No seu livro, Walter Isaacson conta como Musk cortou o acesso ao Starlink perto da Crimeia, território ucraniano ocupado pelas forças russas, no final de setembro, de forma a frustrar um ataque de drones à frota russa no Mar Negro.

    A troca de mensagens publicada mostra como Fedorov implorou a Musk para restaurar as ligações do Starlink.

  • Zelensky pede mais sanções para a Rússia

    Zelensky quer ver o mundo a impor mais sanções à Rússia. No mesmo dia em que o jornal Bild anunciou negociações secretas entre Nações Unidas e Moscovo — com sanções a cair em troca da reativação do acordo dos cereais — o Presidente ucraniano fez questão de voltar a esse assunto, embora sem falar na ONU.

    “Atualmente, vemos uma pausa prolongada dos nossos aliados nas sanções”, disse Zelensky no seu discurso diário. Do lado de Moscovo, disse, há “tentativas ativas de rodear as sanções”.

    Para o Presidente ucraniano só há um caminho a seguir e enumerou três prioridades: “Mais sanções para o sector de energia russo, restrições reais no abastecimento de chips e microeletrónica a terroristas, e mais bloqueios ao setor financeiro russo.”

  • Rússia acusa Kiev de ter atacado mercado em zona ucraniana para sensibilizar os EUA

    O representante russo nas Nações Unidas, Vasily Nebenzia, afirmou hoje que o ataque a um mercado em Konstantinovka, na zona de Donetsk controlada por Kiev, foi realizado pela Ucrânia, aproveitando a visita do chefe da diplomacia norte-americana.

    “Não é necessário ser um especialista em balística para ver, de acordo com os materiais de vídeo disponíveis publicados por utilizadores nas redes sociais (…) que o míssil veio do noroeste, onde estão localizadas exclusivamente posições ucranianas”, disse o diplomata russo.

    De acordo com Nebenzia, Kiev decidiu realizar este ataque aproveitando a visita de Antony Blinken ao país, que foi acompanhada por dois novos pacotes de assistência militar dos EUA, incluindo munições de urânio empobrecido para tanques de batalha Abrams, que ainda não chegaram à Ucrânia.

  • Ponto da situação

    Foi há 562 dias que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022. Aqui fica um resumo dos principais acontecimentos desta sexta-feira, 8 de setembro.

    • O Presidente ucraniano reconheceu que a Rússia, com a sua superioridade aérea, está a travar o progresso da contraofensiva ucraniana, queixando-se do abrandamento da ajuda militar ocidental e das sanções contra Moscovo.
    • Primeiros Leopard doados pela Dinamarca, Alemanha e Países Baixos chegaram à Ucrânia. São 10 os que já chegaram, mas há mais tanques a caminho da Ucrânia.
    • Segundo o jornal alemão Bild, o secretário-geral das Nações Unidas está a levar a cabo negociações secretas com a Federação Russa para reativar o Acordo dos Cereais. Em cima da mesa está a hipótese de deixar cair parte das sanções impostas à Rússia depois da invasão à Ucrânia.
    • Kiev rejeitou esta ideia de levantar sanções internacionais impostas à Rússia, já que “seria um triunfo da chantagem alimentar russa e um convite a novas vagas de chantagens”, considerou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros.
    • Os repetidos ataques das forças russas aos portos ucranianos no rio Danúbio levaram a Roménia a aumentar a segurança naquela zona. O objetivo é proteger a população civil.
    • O principal conselheiro de Zelensky, Mykhailo Podolyak, considerou que o Papa Francisco não pode mediar o conflito por ser “pró-russo”, depois de o pontífice ter falado na “Grande Mãe Rússia” e na respetiva herança cultural num discurso.
    • Zelensky acusa Putin de ser o responsável pela morte de Prigozhin, líder do grupo Wagner, vítima de um acidente de aviação há duas semanas. “O facto de ele ter matado Prigozhin — pelo menos, é essa a informação que temos — também evidencia a sua racionalidade.”
    • A Rússia afirmou ter destruído um drone ucraniano na região de Belgorod.
    • A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) condenou a Rússia por organizar eleições nos territórios ocupados da Ucrânia.
    • A embaixada russa nos EUA acusou Washington de interferir nos assuntos internos da Rússia por ter apelidado as eleições nas regiões ocupadas da Ucrânia de “ilegítimas”.
    • O antigo ministro da Defesa da Ucrânia escreveu um artigo de opinião em que deixa avisos ao Ocidente sobre as intenções de Putin. Oleksii Reznikov escreve que a Rússia “não será travada” por um eventual “congelamento” do conflito, nem por um “armistício ou por concessões”.
    • O governo do Reino Unido anunciou que vai monitorizar o Mar Negro para dissuadir a Rússia de atacar navios que transportam os cereais da Ucrânia.
    • As ucranianas que têm formação na área da saúde estão a ser chamadas a alistar-se nas forças armadas a partir de 1 de outubro.
    • A força aérea da Ucrânia abateu 16 de 20 drones que diz terem sido lançados pela Rússia durante a noite sobre as regiões de Odessa (14) e Mykolaiv (2).
    • O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defendeu que a Rússia “deve parar” de bloquear os portos ucranianos. “Isto deve acabar”, afirmou na Índia, antes da cimeira do G20.
    • Elon Musk nega ter desligado o sistema de satélites de comunicações Starlink para impedir um ataque com drones submarinos à frota naval russa na Crimeia. Musk explicou que não desativou os sistemas porque “não estavam ativos”.

  • ONU negoceia alívio de sanções? "Não é realístico"

    O historiador Bruno Cardoso Reis explica que não há condições políticas para isso. Jornal alemão Bild noticia negociações “secretas” entre ONU e Moscovo. E ainda as eleições regionais nas regiões.

    Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

    ONU negoceia alívio de sanções? “Não é realístico”

  • Zelensky admite que Rússia trava contraofensiva ucraniana devido à superioridade aérea

    O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu hoje que a Rússia, com a sua superioridade aérea, está a travar o progresso da contraofensiva ucraniana, queixando-se do abrandamento da ajuda militar ocidental e das sanções contra Moscovo.

    “Se não estamos no céu e a Rússia está a impedir-nos do céu. Eles estão a impedir a nossa contraofensiva”, declarou o Presidente ucraniano, citado pela agência France Presse (AFP), numa conferência em Kiev.

    O chefe de Estado ucraniano apontou ainda processos “que se estão a tornar mais complicados e lentos, quando se trata de sanções ou de fornecimento de armas” do Ocidente.

    “A guerra está a abrandar, reconhecemos este facto”, afirmou.

  • Primeiros Leopard doados pela Dinamarca, Alemanha e Holanda chegaram à Ucrânia

    São 10 os que já chegaram, mas há mais tanques Leopard 1 a caminho da Ucrânia, doados pela Dinamarca, Alemanha e Países Baixos. A notícia é avançada pela AFP que cita um comunicado das forças armadas dinamarquesas.

    No início do ano, em fevereiro, estes três países anunciaram que iriam ceder 100 tanques de fabrico alemão, que chegariam de forma faseada ao longo dos meses seguintes.

    As tropas dinamarquesas na Alemanha estão a treinar as forças ucranianas para usar os veículos, segundo o mesmo comunicado.

  • Ucrânia rejeita suavizar sanções à Rússia em troca de regresso a acordo de cereais

    O Governo ucraniano rejeitou hoje o levantamento de parte das sanções internacionais impostas à Rússia em troca de um regresso de Moscovo ao acordo que permita a exportação de cereais de três portos ucranianos do mar Negro.

    “Debilitar parte do regime de sanções contra a Federação russa em troca do restabelecimento do acordo dos cereais seria um triunfo da chantagem alimentar russa e um convite a novas vagas de chantagens por parte de Moscovo”, considerou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Oleg Nikolenko, na sua conta pessoal no Facebook.

    O responsável ucraniano reagia à publicação no diário alemão Bild de uma carta que o secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, onde sugere o levantamento de parte das sanções em troca do regresso ao acordo dos cereais.

  • Acordo de cereais. Guterres conduz negociações secretas com a Rússia que podem fazer cair sanções

    A informação consta de uma carta enviada por António Guterres ao chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov. Segundo o tabloide alemão Bild, que teve acesso à carta, o secretário-geral das Nações Unidas está a levar a cabo negociações secretas com a Federação Russa para reativar o Acordo dos Cereais.

    Segundo o Bild, em cima da mesa está a hipótese de deixar cair a maioria das sanções impostas à Rússia depois da invasão à Ucrânia. A carta, escreve, é datada de 28 de agosto.

  • Roménia aumenta medidas de segurança junto ao Danúbio

    Os repetidos ataques das forças russas aos portos ucranianos no rio Danúbio, muito próximo da fronteira com a Roménia, levaram as autoridades do país a aumentar a segurança naquela zona. A notícia é avançada pelo Kyiv Independent, que cita um documento oficial romeno, de 7 de setembro.

    O objetivo é proteger a população civil que se encontra naquela região. A construção de abrigos m Plauru e Ceatalchioi, margem romena do Danúbio, faz parte dos planos.

    A identificação das áreas onde há maior risco de queda de destroços será realizada pelo Ministério da Defesa da Roménia, escreve o jornal.

    A 4 de setembro, a Ucrânia alertou para a queda de destroços de drones russos em território romeno. Inicialmente, a informação foi desmentida por Bucareste, mas o ministro da Defesa romeno acabaria por confirmar terem sido encontrados destroços.

  • Conselheiro principal de Zelensky exclui mediação do Papa após afirmações “pró-russas”

    O principal conselheiro da Presidência ucraniana considerou hoje que o Papa Francisco não pode mediar o conflito na Ucrânia por ser “pró-russo”, após o pontífice ter mencionado a “Grande Mãe Rússia” e a respetiva herança cultural durante um discurso.

    “O Papa não pode desempenhar um papel de mediação, porque é pró-russo e não é credível”, afirmou o conselheiro.

    Perante tal situação, Podolyak disse que Kiev exclui a possibilidade de mediação do Vaticano para solucionar o conflito militar no território ucraniano.

  • Como funcionam as eleições regionais na Rússia?

    A imprensa estatal russa tem guias práticos com todas as informações sobre a ida às urnas. Ainda as últimas movimentações no terreno, com destaque para a região de Kupyansk.

    Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida, com destaque para a imprensa russa:

    Como funcionam as eleições regionais na Rússia?

  • Ucrânia. Agente da polícia morre em bombardeamento

    O ataque atingiu um edifício da polícia em Kryvyi Rih, no centro da Ucrânia. Um agente morreu e outras 52 pessoas ficaram feridas. E Elon Musk também é notícia na imprensa ucraniana desta sexta-feira.

    Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida, com destaque para a imprensa ucraniana:

    Ucrânia. Agente da polícia morre em bombardeamento

  • Zelensky acusa Putin da morte de Prigozhin

    O Presidente ucraniano disse esta sexa-feira que Putin é o responsável pela morte de Prigozhin, líder do grupo Wagner, há duas semanas.

    “O facto de ele ter matado Prigozhin — pelo menos, é essa a informação que temos — também evidencia a sua racionalidade”, disse esta sexa-feira Zelensky, citado pela Reuters, enquanto falava numa conferência na capital ucraniana.

    Prigozhin morreu há duas semanas, depois de o avião onde seguia a bordo ter caído.

  • PCP e CDS convergem na cautela sobre adesão da Ucrânia à União Europeia

    Integração do país levaria, na opinião de Pimenta Lopes, a “uma divisão ainda maior de um bolo que já é curto”. Presidente do CDS-PP diz que “não pode ser um processo que assenta em bases emocionais”.

    PCP e CDS convergem na cautela sobre adesão da Ucrânia à União Europeia

  • Rússia destruiu drone ucraniano em Belgorod

    A Rússia afirmou que destruiu um drone ucraniano na região de Belgorod. A informação foi avançada hoje pelo Ministério da Defesa russo, citado pela CNN.

    Nos últimos meses, Moscovo tem acusado a Ucrânia de vários bombardeamentos nesta região, mas Kiev tem negado sempre qualquer ataque. Num dos últimos, em julho, Mykhaïlo Podoliak, conselheiro da Presidência ucraniana, falou sobre um bombardeamento que causou vários feridos, referindo que a Ucrânia “não tem nada a ver” com o que aconteceu.

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