1 É triste O PALCO DO PÉ EM RISTE para elevar um altar. Triste é a pequenez de qualquer dominante petulante na vez de mandão, no poder, na oposição ou na comunicação. Ouve-se dizer que “ser ou não ser é a questão”… Porque só parecer traz sensação de não ter razão. Tecer a informação numa exposição enevoada, por estar forçada, trocada, truncada, errada, partidarizada e, até, ficcionada, ou seja, pretender uma opinião manipulada, faz uma borrada desgraçada. Confundir para o alarde de um enredo a incutir, seja a presidir, a dirigir ou a esgrimir, mais cedo ou mais tarde vai elevar a parada de uma solução negociada. Quer em Portugal ou em qualquer região mundial.

2 Ridículo é o petisco de certa miudeza sistémica portuguesa, na atitude de polémica aberta sobre A GRANDEZA DO PALCO PAPAL face à virtude de pobreza no ideal do Papa Francisco. Que desenlace! Somos todos pioneiros em opiniões taxativas, decisivas, somos todos engenheiros, gestores porreiros, uns senhores doutores comentadores especialistas em todas as pistas com cristas de galo, nos poleiros, a cacarejar agora o que pagar na hora pelo altar, um regalo! Só falta ainda nos assumirmos cozinheiros da “vaca” de tanta alta sorte pela juventude mundial vinda a Lisboa, com o recorte de uma mesa para servirmos santa esperteza de sabichões comilões, a aproveitar a papinha boa que o céu de facto pôs no prato para cortar à faca o pitéu e enfeitar na cozinha um ensopado de vaca-galo-com-arroz em pó, dissimulado (a saber a bispo)! Ridículo.

3 Mas verdade é que NA ACTUAL RIBALTA DE PORTUGAL a dificuldade é comezinha, ressalta a qualidade somítica na política quando só dá querela de meia tijela, tratando também da roupa sujinha em que se não poupa, sempre a tentar lavar, a minha e a da vizinha. Porquê não há barrela na encenação que se vê da janela?É preciso aragem para ventilação, siso conciso e coragem na contenção da voragem, para que prioritariamente se atente mais ao que não há na algibeira da gente do que o já excedente em carteira florescente; que se vá mais nos caminhos primários, menos nos casinhos secundários, mais numa aposta no sério consistente e menos no desidério sorridente em que o populismo crescente se encosta. Porquê tudo o que presta se infesta? Ou se vende ou se empresta com usura? Porquê a Cultura não se defende, a nossa língua mingua e cai na fossa se não rende? E as raízes: deixaram de ser matrizes? O consenso transformador não tem senso nem cor? O elitismo não é considerado narcisismo e a elite verdadeira é um achado de feira? Quem diria que o ancestral da nossa identidade em Portugal é apenas uma velharia das cenas do passado arquivado em sepultura, em rotura com a ventura do regresso ao presente tendente a um futuro de sucesso a favor do cantor de um fado obediente ao mercado!

É uma ocasião de leilão sinistro (oposto ao direito), uma fantasia feia, senhor Ministro! O que se enfeixa na teia desta democracia? Será que já se fecha em copas e faz os louros do gosto com o ás de ouros?

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4 Abismo paradoxal é o cenário que se veja NO PALCO DO PORTAL INTERNACIONAL, com o tom do dualismo formal, ou seja: criticar — mas estar no mundial do Qatar; desconfiar do ideário das arábias — mas reforçar a promoção individual das lábias da hipocrisia ocidental na comunidade do egoísmo internacional; farejar Comissão em Corrupção — mas aceitar a riqueza das terras para a nobreza das guerras. O fadário é longo, com o Papa Francisco a correr risco no Congo e no Sudão, a clamar basta! aos vendilhões das atrocidades para não saquear o pão e os milhões das herdades! Basta de ser incendiários, mentirosos, mercenários, vaidosos, canalhas, que por todos os quadrantes do planeta arrogantes aproveitam os bodos das pantalhas do sofrimento e nos deitam uma careta sorridente para que a gente aguente e lhes alimente as ambições da treta! Basta! É errado dizer que há só culpado de um lado, o dos padrões loucos e criminosos a Oriente que não respeita quem quer ser independente. Há também não poucos chavões garbosos na receita de Sansões a Ocidente, com canções de mais tresloucados letais acompanhados de sonsos, os quais rapam o pelo aos tonsos da Europa sem roupa, que se destapa com a tosquia do apelo, embora fiquem de fora os privilegiados na condição de excepção, com os proclamados galões consagrados à revelia e com os resultados dos filões recolhidos pelos melhores favores servidos. Sim, sim, porque todos sabemos e vemos como reza a exemplar retórica histórica (e histérica) da ladainha feérica dos direitos humanos, com retoque da campainha recente que já vem a reboque do antigamente e menospreza os efeitos dos danos causados. E percebemos que o Fausto jamais emergiu nos tambores de certos senhores espertos da verborreia europeia, pois que o holocausto não existiu. Depois, todos sabemos mas não queremos crer que uma guerra de titãs vai sempre prevalecer até um dos clãs gigantes patrocinantes do confronto temer mais perder o conto do que crescer um ponto na bandeja da peleja. E se alguém como o Presidente Lula postula a paz prudente, zás! Cai saraivada que vem dos que enaltecem a porrada tenaz para não esmorecer, mas vai favorecer os que enriquecem com a escalada. A dura factura, essa, é uma peça que é paga pelo lixado que é sepultado e destroçado! E pagamos nós que ficamos no inflaccionado, à margem do curso do poderio, enquanto não unirmos e subirmos a voz da recusa numa eclusa para prosseguir viagem na foz a desaguar no mar de amar e demitir o rio da chantagem no discurso do desvario.

5 Só a Cultura (se resguardada do pó da censura encapotada) conhece, esclarece, exerce, faz e segura O PALCO DA PAZ!

Na via artística, aqui sim, acontece e aparece a mística da Europa que toca em sintonia no portal cultural e dá cartas capazes da verdade sem os ases da hipocrisia. Não oprime as matizes de linguagem nem lhes imprime directrizes de imagem, não sonega os valores identificadores principais, os anteriores e os demais acrescentadores, nem renega os amores diferenciais. Tem uma visão que procura a função social de uma política de miscigenação abrangente, transparente, transversal, fraternal. A arte é uma fada consagrada da Liberdade, sem idade, sem parte nem localidade preferencial, tem total imunidade. Não emite o mote vândalo de qualquer terrorismo de censura ou fractura, não permite o nepotismo de intromissão, nem admite o escândalo do torto boicote ao desporto limpo do Olimpo. Este dote honroso que a Europa segurou atrás é um património essencial para o passo da Paz universal em frente, que devasso demónio latente cheirou, não topa e não parou a tropa.

Senhoras e Senhores Presidente, Ministro, Oponente, Utente obediente ou mais ou menos dependente, de Portugal e do mundo global.

A Paz é igualmente uma arte e a cultura local e de cada qual tornado consciente é um universalismo datado e circunstanciado, o único mecanismo bem preparado na defensiva e credenciado sem cinismo para proteger a cidadania da deriva da desinformação e a reger na sinfonia de postura contra a manipulação da escalada do mal, uma armadura para expulsar o ódio do pódio e alcançar a exclusão da guerra com a reconciliação na Terra.