Cerca de 40 trabalhadores da Portway, que dão apoio no aeroporto de Lisboa, concentraram-se neste domingo junto à estação de metro do aeroporto da Portela para exigir que a empresa pague atualizações salariais e horas extraordinárias. A concentração teve início às 09h00 e terminou às 12h00, mas os trabalhadores mantêm-se em greve todo o dia.
De acordo com Nuno Santos, da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), às 11:30 estavam cerca de 40 trabalhadores concentrados junto à entrada para a estação de metro, nas chegadas do Aeroporto de Lisboa, em protesto pelo cumprimento do Instrumento de Regulamentação Coletiva de Trabalho (IRCT) por parte da empresa.
“Temos uma aplicação de tabela salarial que resultou de uma arbitragem voluntária de 2010 que a empresa não quis cumprir, têm um protocolo assinado connosco de três dias de férias ligados ao absentismo que ela também não quis cumprir e o pagamento de horas extraordinárias como está no IRCT, mas não querem cumprir também”, explicou o sindicalista. Nuno Santos considerou ainda que “há discriminação” dos trabalhadores de vários serviços da Portway, “considerados serviços secundários”.
“Os colegas desses serviços são discriminados ao nível de direitos e regalias, nomeadamente não têm direito a carreiras, nem a níveis e nem sequer a um seguro de saúde têm direito como os outros trabalhadores”, disse. Segundo o sindicalista, estão nesta última situação os trabalhadores que “dão assistência a passageiros de mobilidade reduzida, mas também os trabalhadores que recolhem carros de bagagens no aeroporto, os dos depósitos de bagagem e as pessoas que estão no ‘lounge’, a orientar os passageiros na gare do aeroporto”.